quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Biodiesel de Babaçu

O governo do Estado de Tocantins vai assinar convênio de parceria com a Tecbio com o objetivo de inserir o agricultor familiar no agronegócio através da produção integrada de biodiesel de babaçu e alimentos derivados para abastecimento do mercado local e de outros Estados.

O governo já estabeleceu como meta do projeto transformar pequenos agricultores e assentados em produtores de matéria-prima para o biodiesel em todo o Estado, a partir de coco babaçu. Com isso, o que se espera é o aumento de renda para a agricultura familiar e a melhoria da qualidade de vida das comunidades no campo.

O secretário de Indústria e Comércio Eudoro Pedroza diz que, além da produção de biodiesel e aproveitamento de subprodutos, o projeto tem uma vantagem a mais. Ele descaracteriza a concepção de que a produção de biodiesel desloca a produção de alimentos. Pelo contrário, será atividade integrada com o uso de subprodutos na alimentação animal em atividades de suinocultura, fruticultura e avicultura, para abastecimento das famílias envolvidas, podendo o excedente ser comercializado.

O projeto atende pessoas mais necessitadas e será implantado, inicialmente, na região do Bico do Papagaio, que se destaca no extrativismo do babaçu. Expedito Parente vai explicar toda a abrangência do projeto. O coco de babaçu, apesar de rico em óleo (em média 62%), não pode ser considerado uma oleaginosa, já que possui 8% de amêndoa, resultando somente em 4% de óleo. Para viabilizar seu uso como matéria-prima de biodiesel, a saída é o aproveitamento integral do coco, incluindo a casca, que pode ser utilizada como combustível para fornos e caldeiras; o mesocarpo, já consumido popularmente com fins farmacêuticos e que pode gerar álcool etílico de boa qualidade e também para fins alimentícios e de perfumaria.

O endocarpo tem poder calorífico elevado, podendo ser usado para geração de energia. As amêndoas são a parte do babaçu mais utilizadas comercialmente. Delas é extraído o óleo, valioso na fabricação de sabões e sabonetes. Também pode ser empregado na produção de biodiesel de excelente qualidade.

O projeto tem como base o uso do babaçu em energia elétrica, ração básica (milho simulado) e óleo vegetal. Com o sistema de aproveitamento integral, novos produtos com maior valor agregado poderão ser introduzidos, como carvão ativado, derivados de óleo e aglomerados celulósicos.

Todo o processo envolve o processamento do babaçu em microusinas, rede de quebradeiras de coco, usina de óleo, usina de biodiesel, usina de ração, abatedouro, central de energia, suinocultura, avicultura e fruticultura em sistema familiar. O abastecimento será feito com matérias-primas do extrativismo do babaçu.

O projeto prevê a compra de 24 mil toneladas anuais de coco; coleta em área útil equivalente a 8 mil hectares; rentabilidade estimada de 25% ao ano; envolvimento de 300 famílias na coleta do coco e geração de 60 empregos fabris.

Potencial

Expedito Parente considera que o Tocantins é um Estado promissor para novos investimentos em biodiesel. Há décadas ele luta pela consolidação dessa forma limpa de energia. Ao patentear o biodiesel, ele não teve o e reconhecimento que esperava no Brasil, mas seu trabalho teve boa receptividade em outros países, como os Estados Unidos e o Japão.

Em 1977 ele criou o processo de obtenção de um novo combustível batizado de pro-diesel, um óleo extraído de gordura vegetal e animal, que está na pauta das discussões sobre biocombustível limpo em todo o mundo. Atualmente, Expedido Parente trabalha com a produção de bioquerosene de aviação, em conjunto com a Nasa e a Boeing (EUA).

Fonte: A Noticia

2 comentários:

Anônimo disse...

você pode enviar um artigo a respeito do assunto Biodiesel de Babaçu, pois estou precisando com urgencia para monografia.
dezrongeo@yahoo.com.br

Manoel Adolpho Soares Neto disse...

Sr. Manoel Neto.

Favor informar o preço estimado do Biodiesel de babaçu, pois estamos construindo uma usina em Maues,AM.
Grato,

Manoel Adolpho Soares Neto