sexta-feira, 22 de junho de 2007

Cultivo de microalgas reduz a metade preços de combustíveis


Um conjunto de empresas portuguesas, onde se inclui a GreenCyber, que quer construir uma bio-refinaria em Sines, está a explorar o cultivo de microalgas para produzir biocombustíveis a metade do preço.

O projecto envolve um investimento inicial de 2,5 milhões de euros e está a ser desenvolvido pela Alga Fuel, uma subsidiária da Necton, à qual se juntou a Green Cyber e a Espírito Santo Ventures. Tendo em conta a construção da nova refinaria em Sines, em 2009, haverá uma necessidade de grandes volumes de oleaginosas para a produção de biocombustíveis, uma vez que das sementes se extrai em média 80% de farinha e apenas 20% de óleo. Daí, a importância das microalgas que podem ser uma solução duplamente eficaz para a produção de combustíveis.

De acordo com os especialistas, a produção de microalgas numa escala industrial poderá levar à substituição da colza e soja, duas oleaginosas usadas para criar os biocombustíveis, com grandes vantagens: por um lado, as microalgas reproduzem-se rapidamente, e por outro lado, ocupam uma área de cultivo substancialmente menor.

As microalgas têm uma produtividade 200 a 300 vezes superior às restantes oleaginosas e a área ocupada na sua produção é 100 vezes inferior à das culturas tradicionais. Ou seja, são precisos apenas 2.500 hectares para abastecer uma refinaria de 250 mil toneladas – caso da que a GreenCyber pretende construir em Sines – contra a necessidade de 500 mil hectares de soja e de 250 mil hectares de girassol para o mesmo propósito.

Por outro lado, as microalgas têm ainda a vantagem de sequestrar dióxido de carbono (C02) no seu processo de desenvolvimento, contribuído assim para a redução das emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera.

Segundo os peritos, por cada tonelada produzida de microalgas são consumidas duas toneladas de C02, ou seja, dez a vinte vezes mais do que o acontece com as restantes oleaginosas, como a colza, soja, girassol e palma.

À Agência Lusa, Pedro Sampaio Nunes, sócio da GreenCyber, considera que se o projecto da Alga Fuel resultar, será "uma revolução total que põe em causa o negócio tradicional das petrolíferas".

É que, em caso de sucesso, o recurso a microalgas permitirá produzir biodiesel a 20 cêntimos o litro, face aos actuais 40 cêntimos que custa fazê-lo nas refinarias de petróleo.

Fonte: LusoMotores

2 comentários:

algabio disse...

Gostaria de informar apenas, que em Fortaleza - Ceará, existe uma empresa, criada recente de nome ALGABIO que estará recebendo neste dia 25 a empresa OIL FOX S/A para negociar a venda de equipamentos para rompimento de parede celular de microalgas, a ser utilizada na planta desta empresa na Patagônia.
Também está em fase de negociação junto a empresa Espanhola ECOFUEL a utilização de sua biotecnologia para produzir na Espanha uma planta de capacidade para 200.000 toneladas de óleo ano,

Portanto, os brasileiros também estão na vanguarda dessa nova tecnologia, e em condições técnicas mais favoráveis que as grandes multinacionais do ramo. SANTO DE CASA, AINDA OBRA MILAGRES

Anônimo disse...

Olá,

Fomos alunos do 12º ano e a nossa Área de Projecto foi as Microalgas. Aqui fica o endereço do site que construímos:

http://microalgas.com.sapo.pt/