terça-feira, 9 de outubro de 2007

Goiás terá 84 usinas de álcool e açúcar, até 2015

Até 2015, Goiás terá 84 usinas de álcool e açúcar. A informação é de Ridoval Chiareloto, secretário da Indústria e Comércio de Goiás (SIC). Os investimentos ultrapassarão R$ 8 bilhões. Hoje, são 17 usinas em operação, 10 em construção e 20 em projetos. O setor gera 70 mil empregos diretos e indiretos. As 37 novas usinas criarão cerca de 27 mil ocupações diretas. Na safra 07/08, a previsão de área plantada de cana é de 364,24 mil hectares, o que corresponde a 0,7% do território goiano. Daqui a oito anos, esse tamanho chegará 10%, estimativa de 2,5 milhões de hectares, o que equivale a 2,5 milhões de campos de futebol. O presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha, não acredita na instalação de tantas usinas até 2015. Para ele, há muito a ser consolidado em termos logísticos para atrair empresários para o setor sucroalcooleiro.

Ridoval afirma que daqui a oito anos o setor sucroalcooleiro será o que mais gerará empregos e divisas a Goiás. “O governo estadual dará apoio para garantir a instalação dessas novas usinas”, diz. Dados do Sifaeg, com números fechados da safra 06/07 em comparação com previsões para a safra 07/08, indicam aumentos no setor goiano. Na safra anterior, a área colhida chegou a 203,73 mil hectares. Agora, a previsão é de que seja de 277,66 mil hectares, uma variação de 36,29%. Na safra 06/07 foram colhidas 16,14 milhões de toneladas de cana. Agora, a previsão é de 24 milhões de toneladas.

Segundo André Rocha, mesmo com o governo estadual trabalhando forte para a efetivação dos projetos futuros, muito fatos devem ocorrer para que a previsão se concretize. A falta de um mercado interno é um deles. Presidente do Sifaeg emenda que o mercado para as exportações não se mostra bom e os preços de comercialização têm sido baixos. “Em 2006, os EUA compraram muito o nosso álcool. A Índia, o açúcar. Em 2007 isso não ocorreu.” Ele ressalta ainda a existência de outros desafios a serem enfrentados, como a conquista da isonomia tributária.


Elisângela Santos
Fonte: Diário da Manhã - Goiânia/GO

Um comentário:

Unknown disse...

porque agora que as usinas estão em crise o governo não entra com recursos para salvar os nossos empregos