quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Biodiesel: Dos laboratórios para a fábrica
Duas unidades semi-industriais de produção de biodiesel estão em operação, desde 2006, em Guamaré do Norte, a 180 quilômetros de Natal. O objetivo é confrontar diferentes alternativas tecnológicas desenvolvidas pelo Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes, para a produção de diesel. Nas duas plantas, a tecnologia é nacional. A diferença entre elas está nos processos empregados e na capacidade de produção.
Uma utiliza tecnologia convencional e produz biodiesel a partir de óleos vegetais e de gordura animal. A capacidade de produção é de 600 litros de biodiesel por dia, mas deverá ser ampliada em breve para 20 mil litros diários.
Na outras, o biodiesel é obtido diretamente dos grãos de oleaginosas, usando etanol como reagente, e a produção diária já atingiu 5 mil litros de biodiesel. Os processos geram um subproduto, a glicerina, que é utilizada em inúmeras aplicações industriais, do setor farmacêutico e de higiene pessoal a linhas de alimentos e bebidas.
Até o momento, já são cultivados na região cerca de 3 mil hectares de mamona e 10 mil hectares de girassol. A produção de oleaginosas para as duas unidades experimentais de biodiesel já gerou oportunidade de emprego e renda para aproximadamente 2.500 famílias de agricultores. A previsão é de que as duas plantas passem a produzir em escala maior até 2008.
O maior produtor de petróleo em terra
O biodiesel reforça a atuação da companhia no Rio Grande do Norte, maior produtor de petróleo em área terrestre do País. A primeira descoberta em terra ocorreu por acaso em 1979: jorrou petróleo durante a perfuração de um poço para abastecer as piscinas de um hotel em Mossoró. Pesquisas confirmaram a existência de reservas e sua viabilidade comercial.
Desde então, foram descobertas e entraram em operação dezenas de campos. Um deles – canto do Amaro – é considerado o maior do País. No total, são cerca de 6 mil poços em terra, localizados em propriedades particulares, povoados e fazendas. Além de 25 plataformas marítimas, o que confere à Petrobras uma presença marcante no estado. Desde o início da exploração do campo de Ubarana, na costa de Guamaré, em 1976, a empresa investiu US$ 14,7 bilhões no Rio Grande do Norte. Em 2007, os recursos deverão chgar a US$ 2,6 bilhões.
O pólo de Guamaré, onde foram instaladas as duas usinas, é formado por um terminal de armazenamento e transferência de petróleo; três unidades de processamento de gás natural; uma estação de tratamento de óleo; uma planta de produção de diesel; uma unidade de produção de querosene de aviação; e três estações de tratamento de efluentes. O pólo foi construído para beneficiar o óleo e o gás natural oriundos dos campos marítimos de Ubarana e Agulha e dos campos terrestres. A Petrobras também apóia diversos projetos sociais no Rio Grande do Norte, beneficiando especificamente comunidades de pequenos agricultores. Entre os destaques, além do Molhar a Terra, está o Terra Pronta, que oferece condições para melhoria do manejo do solo.
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