Paraíba pode se destacar no biodiesel usando o pinhão-manso como matéria-prima

Na visão da Eco-Carbone, o Brasil que já é líder mundial no segmento do etanol tem condições tende a ser uma liderança no biodiesel e a Paraíba pode se destacar neste cenário, em especial usando o pinhão manso como matéria-prima.

O projeto apresentado prevê a utilização de uma área de 15 000 ha, dos quais 5 000 ha serão com irrigação e a produção será desenvolvida em três regiões: Zona da Mata, Cariri e Sertão. A estimativa é de que sejam produzidos mais de 24 milhões litros de biodiesel e obtidos mais de 49.000 toneladas de adubo orgânico. Estima-se que sejam gerados mais de 1 milhão de toneladas carbono de créditos.

O Projeto será desenvolvido sistema de parceria público-privada, há necessidade de crédito agrícola, os agricultores terão formalizados contratos de garantia de compra da produção e serão também remunerados com a venda dos créditos de carbono. Na conclusão da explanação, François Falloux disse que o projeto faz sinergia com as políticas de desenvolvimento sustentável dos governos estadual e federal, possibilitará a melhoria da renda do pequeno agricultor e vai ter uma cadeia produtiva que agregará mais valor aos derivados do pinhão manso.

Ele também apresentou o fluxo de produção do esquema industrial e o cronograma de ações para implementação do projeto na agrícola. À tarde, a mesma apresentação foi feita para representantes do Bando do Brasil, do Banco do Nordeste, Embrapa, Sindalcool, Universidades, entre outras instituições.

A empresa francesa apóia o desenvolvimento de pesquisas com o pinhão manso (cujo nome científico é Jafropha) para produção de biocombustível no Camboja, na China, no Vietnã e no Brasil. Na reunião, o empresário Pierre Landolt apresentou ao governador Cássio Cunha Lima uma garrafa com um litro do óleo processado de forma experimental mostrando o produto que é relativamente transparente, bastante viscoso, mas não tem um odor forte.

Fonte: Governo da PB