A expectativa dos produtores gaúchos de que o desenvolvimento do biodiesel pudesse aumentar a cotação da soja no mercado não deve passar de esperança. Esse foi um dos itens debatidos no seminário sobre biocombustível realizado ontem na 9ª Feira Nacional do Trigo (Fenatrigo), em Cruz Alta.
Para a pesquisadora da Embrapa Trigo Rita Maria de Moraes, o objetivo do desenvolvimento do biodiesel é a garantia de uma energia renovável, e assim diminuir a dependência brasileira na importação de diesel.
- A soja é uma commodity regulada pelo mercado externo. O biodiesel trará o grande benefício, principalmente aos agricultores familiares, de se ter um destino certo para a produção - destacou a pesquisadora Rita Maria.
Também foram discutidos os potenciais para pequenos e grandes agricultores em outras culturas utilizadas para a produção de biodiesel no Estado, com destaque para girassol, canola e mamona. De acordo com o pesquisador da Embrapa Clima Temperado Sérgio dos Anjos e Silva, a mamona pode passar de 1,2 mil para 40 mil hectares cultivados na próxima safra do Estado.
- Devido à freqüência de estiagens que estamos tendo nos últimos anos e à resistência da mamona, esta cultura deverá estar bem estabelecida no Estado - afirmou Silva.
06/10
Fonte: ZH-RS
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