A pergunta da hora é se esta nova onda do biodiesel vai de fato deslanchar. Aparentemente, desta vez deve se concretizar, embora na visão de especialistas do setor do jeito como foi concebido o Probiodiesel não possa ser considerado um programa energético, mas sim um programa social, opinião endossada pela professora Suzana K. Ribeiro, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A crítica ao Programa reside na preferência pelos produtos oriundos da agricultura familiar, em especial mamona e dendê, que são isentos de taxas tributárias, como Pis/Pasep e Cofins. Este é um fato que vai na contramão da inserção dos óleos vegetais na matriz energética brasileira, pois na Europa, onde o óleo diesel tem grande utilização, as grandes corporações têm sido importantes investidores em razão de programas públicos de biodiesel que incentivam grandes negócios e ainda concedem subsídios aos produtores de oleaginosas.(1)
E a concessão de financiamentos, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também oferece incentivos a detentores ou adquirentes de produtos com o Selo Combustível Social. Além disso, há quem considere por critérios técnicos a mamona como excelente lubrificante, mas pouco indicada para biodiesel, em decorrência de sua viscosidade. O dendê por sua vez apresenta limitações por conta da produção concentrada no Norte do país, implicando em questões de logística para sua distribuição, além do elevado custo da atividade.
Fonte: Fonte: IEA - Instituto de Economia Agrícola
Agência UDOP de Notícias
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