domingo, 29 de outubro de 2006

Programa Paranaense de Bioenergia

O governo do estado decidiu apostar na criação de tecnologia para produzir biodiesel. O governador Roberto Requião liberou R$ 1,5 milhão para a instalação de uma planta semi-industrial no Paraná. Os recursos financeiros vêm do Fundo Paraná Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que é gerido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia (SETI). A SETI e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) ficarão responsáveis pelo projeto.

“Não se trata de uma brincadeira, de experimentos para prêmio científico. Quero que o modelo paranaense seja referência nacional”, alerta o governador. Técnicos da SEAB estudarão as melhores culturas para fornecer matéria-prima para as usinas. Na outra frente, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), através da Divisão de Biocombustíveis e do CERBIO, desenvolverá a tecnologia necessária para produzir o combustível.

Atualmente os técnicos do CERBIO trabalham na definição da concepção da planta a ser instalada no campus do Tecpar. Aspectos tais como as operações unitárias e equipamentos necessárias estão sendo criteriosamente avaliados. Já estão definidas a rota tecnológica (transesterificação etílica), a capacidade de produção (500 a 1000 litros/dia), os primeiros óleos vegetais a serem testados (soja, girassol, algodão e nabo forrageiro) e algumas características importantes. A planta deverá ter a capacidade de processar diversos tipos de óleos puros (inclusive mamona) e óleos residuais. Deverá ser integralmente monitorada de modo a gerar o maior número possível de informações a respeito das variáveis do processo. Com isso pretende-se um conhecimento e domínio efetivo de todos os processos de obtenção de biodiesel executados na planta. Em adição, a unidade deverá ser modular para permitir melhoramentos ou alterações que se mostrarem necessárias no desenvolvimento do projeto.

O laboratório do CERBIO está iniciando um estudo, conforme solicitação da SEAB, sobre a avaliação da variação das características físico-químicas do diesel de petróleo, em função da adição de diferentes óleos vegetais brutos, em diversas proporções, visando o uso das misturas óleo vegetal-diesel em máquinas agrícolas. A intenção é orientar os agricultores quanto ao emprego de óleos vegetais brutos em motores do ciclo diesel de máquinas agrícolas (tratores por exemplo), prática sabidamente já empregada na zona rural do Estado, de modo a identificar os benefícios ou desvantagens resultantes do uso de óleos vegetais como combustível.

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