A Petrobras implantará duas usinas de biodiesel no Rio Grande do Sul, cada uma com capacidade para produzir 100 mil toneladas do combustível por ano - ou 110 milhões de litros. A partir do fim de 2007 ou início de 2008, as unidades processarão óleo de produtos como soja, girassol, canola, mamona, amendoim e gordura animal recebidos de 75 mil agricultores e criadores vinculados às cooperativas Cooperbio, de Palmeira das Missões, no norte do Estado, e Biopampa, de Bagé, no sul.
Cada usina receberá investimentos de R$ 100 milhões, e a Petrobras quer atrair parceiros locais para os projetos - desenvolvidos há três anos -, disse ontem o diretor de gás e energia da estatal, Ildo Sauer, em audiência com o governador Germano Rigotto. Segundo ele, a empresa também construirá, em parceria com a Cooperbio, dez micro-destilarias de álcool no noroeste do Estado para testar a produção do combustível integrada ao cultivo de alimentos por agricultores familiares. Neste caso, o aporte será de R$ 2,3 milhões.
Outras três usinas de biodiesel estão sendo implantadas no Rio Grande do Sul por empreendedores privados: Oleoplan, BSBio e Brasil Biodiesel. As unidades devem entrar em operação até março de 2007, com produção total de cerca de 265 milhões de litros por ano. No encontro com Sauer, Rigotto pediu o apoio da Petrobras para um projeto de produção de álcool no município de São Luiz Gonzaga, em estudo desde o início do ano pela paulista Globorr.
Segundo Sauer, as usinas receberão óleo de 150 municípios gaúchos e os subprodutos resultantes do esmagamento dos grãos serão reutilizados como insumos pelos produtores familiares. O mesmo vale para a planta de produção de álcool a partir de cana, batata-doce e mandioca, que será implantada com assessoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Regional Integrada (URI), de Frederico Westphalen.
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