segunda-feira, 30 de abril de 2007

Laboratórios de Biodiesel sobre rodas

Seis picapes Ford Ranger estão participando de um teste de longa duração para definir parâmetros da política nacional de uso de biodiesel. As picapes da Ford vão percorrer 100 mil quilômetros com mistura de 5% de biodiesel, dentro do conhecido Projeto B5.

O lançamento oficial deste programa de testes, liderado pela Ford, Petrobras e Unifacs, Governo da Bahia, entre outros parceiros, ocorreu no dia 9 de abril, no Farol da Barra, em Salvador.

De acordo com a previsão do Governo Federal, o percentual de 5% deste biocombustível deve se tornar obrigatório em alguns anos. O resultado desse teste prático, que será realizado em diferentes percursos na Bahia, será utilizado para verificar os efeitos nos motores atuais da mistura de 5% de biodiesel ao diesel comum.

Para que funcionem com laboratórios móveis, todas as picapes Ford Ranger serão utilizadas num mesmo percurso, obedecendo às mesmas condições de rodagem. Ao diesel comum, dois dos veículos terão acrescentados um percentual de 5% do biodiesel de soja, dois receberão a mesma quantidade de biodiesel de mamona e os outros dois utilizarão apenas o diesel comum, estes últimos servirão como referência para avaliação dos resultados do teste.

O objetivo é verificar se a quantidade de 5% de biodiesel, adicionada ao combustível tradicional, poderá ser utilizada nos motores atuais da frota de veículos a diesel do Brasil. A equipe que guiará as picapes Ranger será formada por técnicos químicos e mecânicos, que terão treinamento especial para garantir a execução do projeto de acordo com as normas técnicas exigidas pela indústria e governo.

Após o término da rodagem, todos os componentes dos veículos serão analisados. Os sistemas de injeção eletrônica, que são mais sensíveis a essa mistura, receberão atenção especial nesta análise.
“Trata-se de um teste muito importante, que influenciará as políticas governamentais para o uso dos biocombustíves.

Estamos otimistas quanto ao resultado”, antecipa o engenheiro-chefe da Ford, Diógenes de Oliveira. Segundo Oliveira, a pesquisa em novos combustíveis que acrescentem mais flexibilidade para a indústria e para o consumidor final, com ganhos para o ecossistema, é uma constante na Ford. “A Ford se preocupa em buscar e incentivar o uso de combustíveis renováveis e fomentadores do desenvolvimento sócio-econômico”, afirma.

Fonte: ComuniWEB

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