A maior metrópole brasileira, São Paulo, desde a segunda metade de outubro iniciou um programa para amenizar um de seus aspectos nefastos, a poluição ambiental. A Viação Itaim Paulista (VIP) está utilizando o B30 - um combustível que leva 30% de biodiesel, 62% de diesel convencional e 8% de álcool anidro.
A experiência apressa o que já se vê normalmente - a utilização de 2% de biodiesel. Segundo Paulo Mendes, diretor da B100 Participações - empresa que junto com a BR Distribuidora desenvolveu a tecnologia- garante que o B30 "reduz em 40% o material particulado e a fumaça preta".
A B100, do grupo Carlos de Abreu é dona da VIP. "Nos últimos três anos investimos R$ 2 milhões no desenvolvimento do B30", diz Mendes. "Criamos uma fórmula ternária, já patenteada, que leva um estabilizador que torna estável a mistura", acrescenta.
A frota da VIP, com 1,88 mil ônibus no total, consome cerca de 65 milhões de litros de diesel por ano. Quando o B30 estiver totalmente incorporado - o que se prevê para breve - o grupo utilizará por ano em torno de 19,5 milhões de litros de óleo vegetal.
O combustível é fornecido pela BR Distribuidora, que faz a mistura no Terminal de São Paulo (Tespa), da Petrobras. O óleo vegetal é comprado em leilões promovidos pela Agencia Nacional de Petróleo (ANP). É obrigatório que tenha o selo social - que prova sua origem na agricultura familiar.
Um dos produtores do biodiesel é a Granol, que está iniciando nessa semana a produção do combustível na segunda unidade, em Anápolis (GO). "Vendemos em 2005 um total de 56 milhões de litros em leilões da ANP. Com a nova unidade - a outra é em Campinas (SP), poderemos fornecer 180 milhões de litros por ano", disse a este jornal Diego Ferrés, diretor industrial da Granol.
Ariverson Feltrin
Fonte: Gazeta Mercantil
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