US$ 7 trilhões ou 20% do PIB de todos os países serão necessários para aplacar os efeitos do aquecimento global, caso as nações não tomem providências para combater a emissão de poluentes causadores do efeito estufa.
Esse é o resultado do relatório de Sir Nicholas Stern, assessor econômico e ex-economista-chefe do Banco Mundial, encomendado pelo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair. Segundo ele, no ritmo atual de aumento das emissões de gás carbônico (CO2), as temperaturas globais deverão subir até 5 graus Celsius em menos de 50 anos, que acarretará desastres ambientais em todo mundo, tais como secas, enchentes, escassez de alimentos e pandemias como a malária.
Iniciativas e alternativas economicamente viáveis ao uso indiscriminado de derivados fósseis já existem e o Brasil tem uma parcela importante de contribuição neste sentido, principalmente no que tange a agroenergia, com o Programa do Álcool e, mais recentemente, o biodiesel. Mas, a retórica de que é melhor prevenir do que remediar parece não sensibilizar as principais lideranças mundiais, que mais parecem devotas de São Tomé: “só acredito vendo”. Falta vontade política na definição de uma matriz energética mundial mais limpa e renovável, investimentos maciços na redução de emissões e do desmatamento, implementação de conceitos como eficiência energética e de respeito ao próximo. Vendo por este lado, o que serão US$ 7 trilhões, se o que está em discussão é a sobrevivência da nossa próxima geração? Mas a conta poderá ser bem menor se agirmos já! É o que proponho.
Dep. Arnaldo Jardim
Fonte: da Agência de Notícia UDOP
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