Alvo fácil para campanhas politicamente corretas, o Brasil entrou na mira, mais uma vez, do famigerado Greenpeace, desta vez por causa da produção de soja na Amazônia. Induzidas por essa ONG, redes varejistas e empresas produtoras de alimentos da Europa anunciaram restrições à compra de soja brasileira. Só aceitarão, segundo informações publicadas em Londres na segunda-feira, produto cultivado sem devastação da floresta amazônica.
Essa ignorância é o maior perigo e o governo brasileiro não deve desprezá-lo. É fácil converter campanhas politicamente corretas em boicotes orientados segundo os interesses de concorrentes. Bandeiras politicamente corretas nem sempre servem a finalidades honestas.
Tudo contribui, portanto, para tornar o Brasil especialmente vulnerável a pressões de entidades ambientalistas, locais ou estrangeiras, honestas ou não, interessadas no bem público ou empenhadas em atender a interesses econômicos na concorrência internacional.
Não é o caso de questionar os propósitos do Greenpeace. Podem ser os melhores. Mas as pessoas de boa-fé ainda esperam que essa ONG mobilize consumidores e empresas para boicotar produtos fabricados no país produtor de 25% das emissões globais de dióxido de carbono. Os Estados Unidos são esse país - a maior fonte de poluição atmosférica - e seu governo rejeitou o Protocolo de Kyoto. Ainda não houve notícia de boicote comercial.
Leia mais em: Soja, Amazônia e Biocombustíveis
Um comentário:
Oi Manoel ...
Conheci teu blog, navegando pela internet em busca de informações sobre o biocombustível.
Para matar minha ignorância sobre o assunto, irei "visitá-lo" sempre...risos...
Adorei. Prazerem "conhecê-lo"!
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