Em uma decisão inédita, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio da Instrução Normativa nº 4, de 14/01/2008, autorizou a inscrição do Pinhão Manso (Jatropha Curcas L.) no Registro Nacional de Cultivares (RNC). Editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a instrução, na prática, permite o cultivo da espécie em grande escala em todo o território Nacional.
O Pinhão Manso é uma planta oleaginosa, originária da América do Sul. A variedade é da mesma família que a mamona e tem ciclo de vida superior a 40 anos. A espécie ainda apresenta um bom comportamento em condições de seca e em caso de ataque de pragas. O Pinhão ainda pode desempenhar um importante papel na conservação dos solos, além de produzir diversas colheitas anuais.
A produção das sementes varia de duas e quatro toneladas de óleo por hectare/ano. Por meio de um processo químico de transesterificação, o óleo extraído é transformado em Biodiesel. Além disso, sua biomassa tem um teor de proteínas acima de 50%, podendo ser usada para ração animal.
A proibição de cultivo da espécie decorria, sobretudo, da ausência de pesquisas sobre o comportamento das diversas cultivares, e de avaliações de um sistema de produção que incluísse, entre outros, estudos agronômicos.
Ao autorizar o cultivo, a Embrapa poderá reduzir o tempo de avaliação, que levaria entre sete a 10 anos, com base nas informações relativas a outros estudos e publicações científicas decorrentes. No 2º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, ocorrido em novembro de 2007, em Brasília, 51% dos trabalhos científicos de quase todas as universidades trataram, fundamentalmente, das características físico-químicas, biológicas e agronômicas do Pinhão Manso.
Apesar disso, ainda não se pode prever, hoje, os riscos agrícolas, que vão desde uma simples doença até a possibilidade de perda do plantio, o que, em grandes áreas, pode acarretar em prejuízos da ordem de milhões de reais.
A Empresa de Pesquisas Agropecuárias de Minas Gerais (Epamig) foi pioneira e estuda a oleaginosa desde o início dos anos 1980. No Rio de Janeiro, os estudos realizados com o óleo do Pinhão Manso revelaram um Biodiesel de excelente qualidade. Resultados inéditos das análises e procedimentos foram publicados na "Cartilha do Pinhão Manso – da Semente ao Biodiesel", distribuída a todas as instituições afins brasileiras e recebendo o apoio da Coordenação Nacional do Programa de Biocombustíveis, de deputados e senadores, da Secretaria Federal de Agricultura – SFA/RJ e de órgãos representativos de classe, como a União Brasileira de Biodiesel (Ubrabio).
Essa contribuição, que ajudou a colocar o Pinhão Manso na mesa de discussão, faz parte de um convênio firmado entre o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT) e a Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EQ/UFRJ) Prêmio Finep de Inovação Tecnológica em Biodiesel, que também contou com a colaboração do Programa Rio Biodiesel, da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT) do Rio de Janeiro.
Com informações da Assessoria de Imprensa do CBPF
Fonte: Embrapa
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O Pinhão Manso é uma planta oleaginosa, originária da América do Sul. A variedade é da mesma família que a mamona e tem ciclo de vida superior a 40 anos. A espécie ainda apresenta um bom comportamento em condições de seca e em caso de ataque de pragas. O Pinhão ainda pode desempenhar um importante papel na conservação dos solos, além de produzir diversas colheitas anuais.
A produção das sementes varia de duas e quatro toneladas de óleo por hectare/ano. Por meio de um processo químico de transesterificação, o óleo extraído é transformado em Biodiesel. Além disso, sua biomassa tem um teor de proteínas acima de 50%, podendo ser usada para ração animal.
A proibição de cultivo da espécie decorria, sobretudo, da ausência de pesquisas sobre o comportamento das diversas cultivares, e de avaliações de um sistema de produção que incluísse, entre outros, estudos agronômicos.
Ao autorizar o cultivo, a Embrapa poderá reduzir o tempo de avaliação, que levaria entre sete a 10 anos, com base nas informações relativas a outros estudos e publicações científicas decorrentes. No 2º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, ocorrido em novembro de 2007, em Brasília, 51% dos trabalhos científicos de quase todas as universidades trataram, fundamentalmente, das características físico-químicas, biológicas e agronômicas do Pinhão Manso.
Apesar disso, ainda não se pode prever, hoje, os riscos agrícolas, que vão desde uma simples doença até a possibilidade de perda do plantio, o que, em grandes áreas, pode acarretar em prejuízos da ordem de milhões de reais.
A Empresa de Pesquisas Agropecuárias de Minas Gerais (Epamig) foi pioneira e estuda a oleaginosa desde o início dos anos 1980. No Rio de Janeiro, os estudos realizados com o óleo do Pinhão Manso revelaram um Biodiesel de excelente qualidade. Resultados inéditos das análises e procedimentos foram publicados na "Cartilha do Pinhão Manso – da Semente ao Biodiesel", distribuída a todas as instituições afins brasileiras e recebendo o apoio da Coordenação Nacional do Programa de Biocombustíveis, de deputados e senadores, da Secretaria Federal de Agricultura – SFA/RJ e de órgãos representativos de classe, como a União Brasileira de Biodiesel (Ubrabio).
Essa contribuição, que ajudou a colocar o Pinhão Manso na mesa de discussão, faz parte de um convênio firmado entre o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT) e a Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EQ/UFRJ) Prêmio Finep de Inovação Tecnológica em Biodiesel, que também contou com a colaboração do Programa Rio Biodiesel, da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT) do Rio de Janeiro.
Com informações da Assessoria de Imprensa do CBPF
Fonte: Embrapa
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