segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Começa a produção de mamona no Vale


Cinqüenta agricultores de Araranguá já ingressaram no cultivo de sementes destinadas a produção de biodiesel. No mês passado, as primeiras sementes de mamona foram plantadas no município. Até dezembro, o plantio de 60 hectares deve ser concluído. Em agosto, os produtores firmaram uma parceria com a fabricante de biodiesel Vinema, de Camacuã, Rio Grande do Sul, para o fornecimento de mamona.

Ao contrário do que ocorrerá com os parceiros da Brasil Ecodiesel, que faz esta semana uma série de seminários no Sul do Estado, os agricultores de Araranguá compraram as sementes da empresa e venderão a produção sem descontos. Os agricultores que cultivam a mamona participam do Projeto Microbacias, da Epagri. Christianne Pelinzoni, engenheira agrônoma do Microbacias, afirma que a tonelada da semente da mamona pode chegar a R$ 500. No entanto, ainda não há previsão de rendimento para os agricultores de Araranguá, já que o plantio ainda está em caráter experimental.

A colheita da mamona pode ser feita durante nove meses, já que a planta produz cachos a cada três meses. Como o girassol, a plantação da mamona é indicada após a colheita do fumo. "Aqui, 90% dos agricultores que estão plantando mamona são fumicultores", afirma Christianne. Ela explica que a semente plantada aproveita a adubação que fica no solo após a colheita do fumo.

Segundo a agrônoma, os agricultores podem optar por plantar a mamona no mesmo terreno que o fumo ou em áreas separadas. Caso seja no mesmo terreno, a mamona pode ser incorporada no solo como adubação verde ao fim da colheita. Em área separada, o agricultor pode ficar colhendo a baga (fruto) durante três anos, período de sobrevivência do pé de mamona.

Fonte: A Tribuna de Criciúma

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