quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Biodiesel: Subsídios garantem competitividade

01/11/06 - Os preços do biodiesel vão cair quando os governos europeus tornarem obrigatórias as misturas dos combustíveis e à medida que a produção quadruplicar nos próximos quatro anos, segundo o Goldman Sachs Group Inc., a mais lucrativa corretora mundial. O combustível produzido a partir de óleos vegetais alcançou a média de € 780 (US$ 982) a tonelada esse ano e vai cair 18%, para €640 a tonelada, quando os governos tornarem obrigatória a adoção de proporções determinadas para a mistura do combustível com o diesel convencional.

A produção européia de biodiesel deverá se multiplicar quase por quatro, para 12 milhões de toneladas, até 2010, puxada por investimentos estimados em US$ 3,8 bilhões, disse o Goldman Sachs. ``A capacidade de produção deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos devido às baixas barreiras ao ingresso'''' do biocombustível, disseram os analistas Mariano Alarco, Jason Channell e Stephen Benson, que trabalham em Londres, em relatório divulgado no último dia 23 de outubro. ``As prováveis empresas mais bem-sucedidas serão processadoras de óleos vegetais grandes, de baixo custo e capazes de operar com várias matérias-primas vegetais, situadas em localizações privilegiadas do ponto de vista da logística."

O interesse dos consumidores e dos governos pelos biocombustíveis é puxado pelo desejo de substituir os combustíveis fósseis devido à disparada dos preços do petróleo, e de restringir a emissão de gases de estufa responsabilizados pelo aquecimento global. Os programas de apoio dos governos são o principal impulsionador da expansão do setor, disseram analistas do Goldman.

O biodiesel não se torna competitivo na ausência de subsídios, disseram analistas. Sem qualquer ajuda do governo, o preço do petróleo teria de alcançar US$ 110 o barril para torná-lo atraente.

Fonte: Gazeta Mercantil

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