O governo federal instituiu por meio de decreto, em 2003, um Grupo de Trabalho Interministerial encarregado de viabilizar a utilização de biodiesel como fonte alternativa de energia. Três anos depois, o mercado ainda é incipiente e o futuro incerto, pelo menos em Minas Gerais. No Estado, a produção de mamona, um dos principais insumos, está sendo destinada a outros setores muito mais rentáveis, como o de cosméticos, farmacêutico, químico e de alimentos.
"Os produtores mineiros de mamona não vão fazer nunca biodiesel porque não é economicamente viável", ponderou o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Pierre Santos Vilela. É em razão da rentabilidade, que as duas únicas empresas fabricantes de biodiesel em Minas (uma em Cássia e outra em Araxá) produzem o combustível a partir de óleo de soja, onde o único setor concorrente é o de alimentos.
De acordo com levantamento da Faemg, a produção mineira de mamona, restrita ao Norte de Minas, deve ficar em 3,6 mil toneladas em 2006, uma retração de 38% em comparação com o ano passado. "A queda se deve ao mercado. O preço baixo em 2005 desestimulou o plantio neste ano. O programa do biodiesel, até agora, não interferiu em nada na atividade", destacou Vilela.
30/10/06
Fonte: Diário do Comércio
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