Blairo Maggi diz que o mato grosso deve ser tratado de maneira "diferente" do que o resto da Amazônia
Em 1969, a família Maggi, vinda do Paraná, desembarcou em Mato Grosso embalada pelo lema do regime militar para seus projetos de colonização do Brasil e expansão da fronteira agrícola: “Integrar para não entregar”. Partindo do princípio de que a região amazônica sempre seria vulnerável enquanto fosse inexplorada e desabitada, esses projetos levaram para lá pessoas do Sul do País, filhos de imigrantes europeus que tinham o germe da agricultura nas veias. Entre eles estava o descendente de italianos André Maggi, pai do atual governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que chegaria a ser o maior plantador de soja do Brasil. “Viemos para cá de forma legal, incentivados pelo governo. Temos orgulho de sermos agricultores. Nossa contribuição para o mundo é a produção de alimentos”, diz Maggi. Ele entende que a realidade de Mato Grosso não é a mesma do que a do resto da Amazônia e, por isso, defende um tratamento diferenciado para seu Estado, quando se trata de preservação da floresta. “Os povos do Amazonas ou do Acre, como a ex-ministra Marina Silva, podem ter outra relação com a floresta, de manejo ecológico. Mas é impossível querer que pensemos da mesma forma, e isso precisa ser levado em conta”, diz Maggi.
Blairo Maggi, governador do Mato Grosso, em entrevista ao New York Times:
“Para mim, um aumento de 40% no desmatamento não significa nada; não sinto a menor culpa pelo que estamos fazendo aqui. Estamos falando de uma área maior que a Europa toda e que foi muito pouco explorada. Não há razão para se preocupar."
"O Blairo é o maior produtor de soja do mundo!"
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