terça-feira, 3 de junho de 2008

SP começa a produzir sementes de Pinhão-manso

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo começa a disponibilizar sementes de pinhão-manso.



“A Secretaria está dando a sua contribuição para que melhor se conheça essa planta e que a sua propagação seja feita com segurança e dentro da legislação de sementes”, afirma o engenheiro agrônomo, diretor do DSMM, Armando Portas.

Também conhecido como pinhão-paraguaio ou pinhão-de-purga, o manso é uma planta nativa da América do Sul que produz óleo não-comestível, cujo diferencial é não emitir fumaça durante a combustão. No Brasil, ele sempre esteve associado à produção de sabões, ao uso como purgante para animais, cerca viva e, ocasionalmente, como fonte de energia luminosa. Agora, é uma das oleaginosas que estão sendo avaliadas para a produção de biodiesel.

“Nos tempos atuais, em que a toda a bioenergia é bem-vinda, o pinhão-manso pode passar a ter papel de destaque na composição das matérias-primas para a obtenção do biodiesel”, afirma o engenheiro agrônomo Dilson Rodrigues Cáceres, do DSMM, autor da publicação "Cati Responde 59: Pinhão-Manso", com informações sucintas sobre essa antiga planta que vem se transformando em uma nova cultura.

Há alguns anos os técnicos do DSMM têm coletado sementes dessa espécie e formado bancos de plantas em diversas das suas unidades produtoras. Os plantios, hoje, estão em regiões bem distintas – Tietê, São Bento do Sapucaí, Marília e, em uma área maior na unidade de Águas de Santa Bárbara, onde estão sendo colhidas sementes que poderão ser comercializadas, com a autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Elas podem ser consideradas sementes na acepção da palavra: têm origem, qualidade fisiológica determinada e são multiplicadas por produtor de sementes credenciado (o DSMM)”, complementa o agrônomo. As sementes têm 99,9% de pureza (colhidas e escolhidas à mão); 80% de germinação; 5,8% de umidade e o peso de mil delas é de 670,85 gramas. A colheita foi feita em janeiro e fevereiro deste ano.

As sementes foram embaladas e estão armazenadas no Núcleo de Produção de Sementes "Ataliba Leonel", do DSMM, em Manduri. Estão à venda em sacos de quatro quilos, por R$ 160. As encomendas podem ser feitas nas diversas unidades do DSMM (endereços no site da Cati - www.cati.sp.gov.br/Cati/_produtos/SementesMudas/sementes_venda.php)

Mais informações podem ser obtidas no Núcleo de Produção de Sementes de Águas de Santa Bárbara (14 3765-1158/1060 ou email npsas@cati.sp.gov.br).

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