Viabilizar a produção do biodiesel a partir do aproveitamento de um de seus subprodutos, a glicerina, para a fabricação de biogás. É essa a principal conquista da pesquisa "Desenvolver biodigestores para a produção do biogás utilizando a glicerina como matéria-prima", coordenada, desde abril de 2007, por professores do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da UFPE.
Por possuir um processo de formação caro, a utilização do biodiesel tem dificuldade em superar o uso das fontes não-renováveis de energia (as derivadas do petróleo). O interesse dos pesquisadores em obter gás metano a partir do excedente de glicerina vindo da produção de biocombustível é manter uma auto-sustentação entre ambas as fontes energéticas. Com o custo de produção reduzido, o preço de compra também estaria mais acessível, evitando a necessidade de importação do produto.
O processo de obtenção do biogás é bem delicado e exige monitoração contínua. Na formação do biodiesel, reação de óleo vegetal (derivado da mamona, da soja, do sebo) com um álcool (etanol ou metanol), uma grande quantidade de glicerina é eliminada. Os microrganismos, por meio da fermentação, dividem a glicerina excedente em partículas menores, liberando alguns gases. O metano é um deles.
"Se todo biodiesel que se planeja produzir for realmente obtido, teremos um excedente de glicerina e, se não dermos um destino, ela pode até ser um sério poluente. Uma forma mais barata e econômica é usá-la para produzir o biogás, que também é uma fonte de energia", afirma a professora Angeles Palha, coordenadora do projeto.
Fonte: UFPE
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