A Petrobras começou a assinar, na manhã de ontem, em Montes Claros, contratos de garantia de compra da produção de mamona, amendoim e girassol de produtores rurais da agricultura familiar. Além disso, a Emater firmou convênio com os municípios do Norte de Minas para assegurar assistência ao setor. A solenidade foi realizada no auditório da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
O gerente executivo da Petrobras, Mozart Schmitt de Queiroz, e o gerente da Usina de Biodiesel de Montes Claros, Júlio César Monteiro Lopes, assinaram contratos simbólicos com três pequenos produtores, como Noêmia das Graças Araújo Brito, da comunidade de Calhau, na zona rural de Montes Claros. Ela representou 15 famílias, que plantaram 14 hectares de mamona. A colheita deverá ocorrer em julho, e a empresa se comprometeu a pagar o preço de mercado.
O cronograma prevê o plantio de 35.600 hectares de oleaginosas no Norte de Minas, por 14.500 famílias de pequenos produtores rurais, que receberão sementes selecionadas e assistência técnica da Emater. A Petrobras repassou R$ 11 milhões para o órgão desempenhar esse serviço.
O prefeito Athos Avelino afirmou que a Usina de Biodiesel deverá começar a operar em maio, em caráter experimental, e atingirá sua capacidade máxima de produção de óleo em julho, quando chegará a 57 mil toneladas, 30% com matéria prima da AGRICULTURA familiar. Segundo ele, o Norte de Minas terá que atender essa demanda, para que a matéria prima não seja buscada em outras regiões.
O gerente executivo da Diretoria de Gás e Energia da Petrobras, Mozart Schmitt de Queiroz, afirmou que será priorizada a produção de mamona, por meio da agricultura familiar, e a empresa está assinando contrato de garantia de compra com os produtores. Segundo ele, apesar da espécie pinhão manso ter sido registrada pelo Ministério da Agricultura, a cultura somente será incentivada depois de concluída pesquisa sobre a sua viabilidade econômica. Como a mamona tem ciclo de sete meses, a expectativa é a de que a colheita comece no início de agosto. No entanto, a usina começará a operar com matéria prima adquirida de grandes produtores rurais.
A produtora Noêmia das Graças Araújo Brito, que assinou contrato de garantia de compra, afirmou que, no início do mês, na comunidade de Calhau, foram plantados 14 hectares de mamona, depois que receberam as sementes. Ela disse que no local há 15 famílias produtoras, em áreas isoladas, mas não sabe qual será a produtividade nem o preço de venda da mamona. No entanto, está otimista com a nova perspectiva de negócios e de assistência técnica.
Fonte: Hoje em Dia
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