A quebra do contrato de exclusividade de negociação com o grupo francês Louis Dreyfus Commodities, abriu espaço para a entrada de dois outros interessados na compra da Agrenco.
Na quinta-feira passada, a Noble, de Hong Kong, tornou pública sua proposta pela companhia.
A terceira, e mais nova, oferta recebida, desde que as conversas com a Dreyfus se tornaram públicas, em função da prisão de três dos sócios controladores e executivos da Agrenco, teria vindo da multinacional suíça Glencore, segundo fontes ligadas à negociação. A Agrenco não confima o nome, só disse que é um grupo estrangeiro que atua no ramo.
Em função do surgimento de mais interessados e também, de um desentendimento quanto à urgência da conclusão da transação, a Agrenco renegociou as condições preliminares com a Dreyfus para eliminar a cláusula de exclusividade. Além disso, decidiu formar um comitê de assessoramento para a venda dos ativos. Esse colegiado será formado por um banco de investimentos, um escritório de advocacia e uma empresa de auditoria e contabilidade.
A empresa tem pressa em vender o controle. Ela precisa de US$ 100 milhões para capital de giro e acumula uma dívida de US$ 600 milhões. Até a semana passada, a Agrenco acreditava que a Dreyfus terminaria a due diligence (análise detalhada dos números) em dois dias, prazo que acabou não sendo cumprido. A negociação entre as duas começou no dia 24 de junho.
"A questão do tempo é muito importante para nós", disse Marco Antonio Modesti, gerente de relações com investidores da Agrenco, explicando porque quer abrir a possibilidade de diálogo com mais interessados. De acordo com pessoa próxima à administração atual, desde a prisão dos sócios, a empresa não conseguiu mais dinheiro junto aos bancos. Assim, a situação financeira, que já era difícil, está ainda mais delicada. Em março, a companhia tinha R$ 52 milhões em caixa para uma dívida de curto prazo de R$ 1 bilhão.
Vale lembrar que as ações da companhia, quem tem sede em Bermudas, quase viraram pó depois que os controladores foram presos em operação da Polícia Federal (PF) realizada em junho.
O bookbuilding da oferta de BDRs da trading de commodities agrícolas Agrenco, realizado no dia 23/10/2007, fixou o preço em R$ 10,40 por BDR. Os pedidos de reserva de investidores de varejo foram atendidos integralmente. As “Pessoas Vinculadas” foram incluídas na oferta. A liquidação ocorrerá no dia 29/10/2007.
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Com informações do ___e do
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