terça-feira, 28 de agosto de 2007
Usina de biodiesel de sebo bovino é inaugurada em São Paulo
O Grupo Bertin, holding que atua nos segmentos de agroindústria, infra-estrutura e energia, iniciou na semana passada as operações de sua primeira usina de biodiesel a base de sebo bovino - tem a maior capacidade já instalada no mundo para a fabricação do biocombustível. Com investimento total de R$ 42 milhões, a unidade comporta um processamento anual de 110 milhões de litros de biodiesel, produzido dentro dos padrões de qualidade que atende às exigências nacionais e internacionais. “A meta é abastecer o mercado interno e, posteriormente, o externo, contribuindo com o avanço das matrizes energéticas limpas e renováveis”, ressalta Rogério Barros, diretor comercial da Bertin Biodiesel.
A usina, localizada no km 179 da Rodovia BR 153, em Lins, interior de São Paulo, também está preparada para operar com óleos vegetais. “Embora nosso foco esteja no sebo, pela tradição da companhia na verticalização da cadeia bovina, não descartamos o uso de outras matérias-primas”, afirma César Abreu, diretor industrial da Bertin Biodiesel.
O processo de produção utilizado é o da transesterificação - reação da gordura animal e/ou óleo vegetal com um álcool (no caso do Bertin, o metanol), impulsionada pela presença de um catalisador. Como resultado obtém-se biodiesel e glicerina, co-produto destinado aos segmentos farmacêutico, cosmético e químico.
Informatizada, a unidade conta com o que há de mais moderno em equipamentos e possui um laboratório de análises altamente tecnológico apto para certificar o produto de acordo com as especificações técnicas nacionais e internacionais. Instalada dentro de um complexo industrial de 500 mil m2, que engloba outras atividades do Grupo, a usina ocupa 30 mil m2 de área construída.
Ao todo serão gerados mais 200 empregos diretos e indiretos. Hoje, o Bertin é o maior empregador da região de Lins, com 11 mil funcionários diretos.
Teste de performance
Após a inauguração da usina, seis caminhões, modelo VW 19.320E, percorrerão 100 mil quilômetros. Três estarão abastecidos com a mistura B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel comum) e os demais atuarão como “sombras”, veículos abastecidos com diesel comum para avaliação comparativa. O desempenho será medido em diversas condições de severidade e uso. Os parceiros neste projeto do Grupo Bertin são Volkswagen, Cummins, Bosch e BR Petrobrás.
“A projeção é de crescimento para este mercado. Em 2008, torna-se obrigatória a utilização de 2% de biodiesel no diesel e é aguardado que se torne facultativa a adição de 5%, neste mesmo ano. Em termos de volume, 2% significam uma demanda de aproximadamente 840 milhões de litros/ano de biodiesel e 5% representará 2,1 bilhões de litros/ano”, diz Barros.
Ganhos ambientais
O biodiesel é produzido por meio de fontes renováveis e, por substituir o consumo de um combustível fóssil, apresenta grande vantagem ambiental. É biodegradável, reduz a emissão de poluentes na atmosfera, não contém enxofre, traz ganhos em crédito de carbono e ainda melhora a lubrificação do motor movido a diesel. “É mais um importante passo da empresa na busca pela sustentabilidade sócio-econômico-ambiental”, destaca Abreu.
CarbonoBrasil com informações da Ascom do Grupo Bertin
(Envolverde/Carbono Brasil)
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