sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Projeto incentivará produtor a cultivar mamona no Agreste do Pernambuco


Quinze mil agricultores serão beneficiados pelo Programa de Produção de Biodiesel do Agreste de Pernambuco. A minuta do projeto que tem como meta difundir o plantio da mamona em 13 municípios da região foi apresentada, ontem, ao Ministério de Ciência e Tecnologia, em Brasília, pela coordenadora de Inovação Tecnológica da Agência para a Energia - Adene, Maria Helena Silva, e pelo idealizador da ação, Dom Mauro Morelli, do Instituto Harpia Harpyia. Em Pernambuco, o projeto será coordenado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico.

A apresentação do projeto definitivo está prevista para 24 de agosto, na unidade industrial de Pesqueira, e o início das atividades deve ocorrer no último trimestre de 2007. O programa de Arranjo Produtivo Local para a Produção de Biodiesel no Agreste, que leva em conta inclusão social e geração de renda, consiste no plantio de mamona para produção de óleo empregado na fabricação do combustível, associado à produção de outras frentes, como apicultura, caprinocultura, vinicultura, horticultura, entre outras, mas especialmente a cultura do feijão. “Estimamos o plantio de 15 mil hectares de mamona consorciados com o plantio de feijão. Daí se inicia a sustentabilidade alimentar”, disse o coordenador da APL estadual, João Luis Coutinho.

Recursos de R$ 5,8 milhões, financiados pelos governos federal, estadual e municipal, serão utilizados na implementação do programa. Em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo governador Eduardo Campos, o Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar, do Ministério de Desenvolvimento Agrário, será viabilizado com financiamento para os agricultores, por intermédio do Banco do Brasil e Banco do Nordeste do Brasil. "A proposta é chegar a um padrão de desenvolvimento sustentável para os agricultores e suas famílias, tendo em vista de aumento da diversificação da produção, com o conseqüente crescimento dos níveis de emprego e renda”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho.

Produção - O plantio dos 15 mil hectares no agreste central representará uma produção de 12 mil toneladas/ano de mamona, que representarão produção de dez mil litros biodiesel/dia e três milhões de litros por ano. A mamona cultivada será repassada à Usina de Produção de Biodiesel Governador Miguel Arraes de Alencar, que será inaugurada em setembro próximo, na cidade de Pesqueira. Do lucro da usina, 50% serão rateados com os agricultores participantes do arranjo produtivo. O excedente do consumo do feijão será comercializado pela Companhia Nacional de Abastecimento - Conab.

Fonte: FISEPE

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