As duas fábricas de biodiesel a operar em Portugal, a Torrejana (Torres Novas) e a Iberol (Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira), já produziram 67.822 toneladas deste combustível para o mercado nacional, afirmaram à Lusa os responsáveis pelas unidades fabris. No primeiro semestre deste ano a Torrejana produziu 22.822 toneladas de biodiesel, das 45.900 atribuídas por quota anual a esta unidade fabril pelo Estado, disse à Lusa o empresário João Cardoso. A Iberol produziu 45 mil toneladas no primeiro semestre, tendo como objectivo as 100 mil até ao final deste ano, afirmou o administrador da empresa João Rodrigues.
O principal cliente de ambas as fábricas e que adquire a totalidade do combustível produzido é a Galp. João Cardoso, responsável da Torrejana, o primeiro operador a produzir "energia verde" defende que "o governo devia obrigar as petrolíferas a introduzir uma percentagem maior de biodiesel nos combustíveis distribuídos".A totalidade da matéria-prima da Torrejana, óleos vegetais, é adquirida em Portugal, estando em experimentação uma nova planta brasileira.
O administrador da Iberol esclarece que "as políticas anunciadas pelo primeiro-ministro são favoráveis à utilização do biodiesel" no entanto alerta para o modo como essas políticas são aplicadas, nomeadamente pela "Direcção-Geral de Energia e Direcção-Geral das Alfândegas," discordando do modo como as entidades operam. O biodiesel é obtido a partir da refinação de óleos extraídos de plantas como o girassol, a palma, a soja e a colza, sendo utilizado sobretudo em frotas de veículos de transporte público.
As previsões de produção de biodiesel em Portugal para o final de 2010 são de 300 mil toneladas por ano, entre as cinco empresas que obtiveram licença de produção. A Galp já "incorpora nos combustíveis cerca de 2 a 3 por cento de biodiesel de primeira geração" de acordo com a directiva europeia 2003/30/CE, publicada em 2003, prevendo o aumento de incorporação no diesel até 10 por cento, para 2010, explicou fonte da empresa à Lusa. O objectivo é a utilização de 25 por cento de biodiesel incorporado nos combustíveis até 2030, sendo para isso necessário "entrar na produção de biocombustíveis de segunda geração nas refinarias do Porto e Sines", refere a Galp.
Fonte: O Mirante On Line
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