segunda-feira, 4 de agosto de 2008

PINGA FOGO DE DOMINGO

Domingo é dia de descanso para muitos, de plantão para seguranças, médicos e jornalistas, e de serviço normal para quem vive da lavoura - afinal, terra e clima não tiram folga! Mesmo assim, é um dia com cara de descanso, que a gente tira para dar uma olhada com mais calma nos jornais, terminar aquele livro que já virou objeto de decoração ao lado da cama e de ir ao cinema. A partir de hoje, aqui no blog, também é dia de PINGA FOGO. A idéia é apresentar uma breve entrevista com autoridades, lideranças ou profissionais de destaque do setor sobre o assunto do momento.

A estréia é com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Eu conversei rapidamente com ele sobre o o impasse da mamona. Grande aposta do presidente Lula para alavancar a economia da agricultura familiar do Nordeste, o produto foi considerado inadequad o para o biodiesel pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). E agora? O ministro, porém, garante que a Petrobras Biocombustível vai alavancar a economia da agricultura familiar no Norte e Nordeste. Dá uma olhada:

- A utilização da mamona era a grande aposta do governo para o biodiesel. Haverá mudança de planos?

Cassel - Estamos desenvolvendo mais estudos sobre a mamona. Mas também há uma questão de mercado: não se está usando a mamona apenas para o biodiesel porque é um produto usado pela indústria de cosméticos. Mas a mamona não é o único produto que poderá ser desenvolvido pelos agricultores. Há também aposta em alternativas como pinhão manso e palma.

- Esse anúncio da ANP não atrapalha os planos da nova subsidiária da Petrobras, a Petrobras Biocombustível?

Cassel - Não. A empresa ainda está em fase de implantação. Mas estamos muito focados no desenvolvimento da agricultura familiar das regiões Norte e Nordeste, em especial do semi-árido. As três usinas - Candeias (BA), Montes Claros (MG) e Quixadá (CE) - terão o objetivo de ajudar a desenvolver a produção nessas regiões.

- Nesta semana, haverá reunião do conselho da empresa aqui em Brasília. Haverá mudança de estratégia em função do fracasso das negociações de abertura de mercado em Doha?

Cassel - Não. Será uma reunião de trabalho para acertar questões pendentes. Há uma previsão de estar trabalhando a pleno em 60 dias, com tecnologia moderna, com ganho em competitividade.

Fonte: Blod da Carolina Bahia

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