As perspectivas para o mercado de combustíveis, se tudo continuar como está, não são positivas. O petróleo e demais fontes fósseis de energia estão com os dias contados. Segundo especialistas, as reservas atuais darão conta do abastecimento mundial por mais apenas 40 anos...
Por conta deste panorama, o mundo todo começa a investir seriamente em outras fontes prováveis de energia que já vinham sendo estudadas no passado, sejam as opções a produção de biocombustíveis, o melhor aproveitamento de gás natural ou qualquer outro combustível renovável e não-poluente. Tudo isso ficou ainda mais urgente após a discussão do Protocolo de Quioto, através do qual os países devem diminuir sua cota de emissão de gás carbônico (C02), principal causador do efeito estufa. Portanto, o momento é de escolha de tecnologia a ser adotada e de qual matéria-prima utilizar para geração de energia.
No Brasil, de tradição agrícola, a pesquisa do biodiesel tem se mostrado a opção número um. Com grande extensão territorial para plantação, o combustível obtido através de óleos vegetais pode ser o diferencial. Neste contexto, o insumo número um é a soja, já que o país é um dos maiores produtores mundiais do grão.
O Pólo Nacional de Biocombustíveis, na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) é responsável por centralizar as pesquisas feitas no país em relação ao biodiesel e desenvolver outras com cana-de-açúcar e derivados, além de insumos como madeira, milho, amendoim, soja e girassol. tem sido também papel dele contribuir na definição de estratégias no campo da energia baseada em fontes alternativas e conta com a participação dos ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia e Minas e Energia.
No entanto, substituir o óleo diesel pelo vegetal não será tarefa fácil, já que o tradicional continua sendo mais barato. O Brasil importa mais de 18% do óleo diesel que consome e, para fazer a troca, será necessária uma grande produção de matéria-prima vegetal, seja ela a soja, o dendê, a mamona, o girassol ou outro insumo. A utilização de uma gama de vegetais tem sido uma oportunidade para o aproveitamento do potencial de diferentes estados brasileiros. Só para atingir o objetivo de substituir 5% do diesel importado pelo de óleos vegetais deverão ser produzidos aproximadamente 3 bilhões de litros de biodiesel anualmente.
O interesse pelo desenvolvimento no país de novas fontes combustíveis vai além das fronteiras brasileiras. Para o governo americano o potencial do Brasil quanto ao biodiesel não é nada desprezível. Segundo estudos do NBB (National Biodiesel Board), órgão americano de implementação de biodiesel nos Estados Unidos, o Brasil tem todas as condições para ser líder na produção mundial deste tipo de combustível, promovendo a substituição de 60% da demanda mundial do óleo diesel.
Fonte: Agronegociar.com
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