14/08/08 - A Biotins Companhia Produtora de Biodiesel do Tocantins planeja exportar o biocombustível fabricado atualmente a partir de óelo de soja degomado, óleo de cozinha reciclado, sebo bovino e óleo de girassol. A partir de meados de dezembro, a previsão é de que passe a usar o pinhão manso como matéria-prima. Até o final de setembro, a fábrica atende a Petrobrás com a disponibilização de 1,6 milhão de litros.
A empresa trabalha para importar fertilizantes, já produz com padrão europeu de qualidade, tem capacidade para produzir 8 milhões de litros por ano e usa equipamentos de fabricação oriundos da Eslováquia, com tecnologia austríaca. Tem 32 funcionários na área industrial.
O plano agrícola, segundo a assessoria de imprensa da Biotins, conta com 4 mil hectares de área plantada com pinhão no municípios de Paraíso e Caseara, ambos em Tocantins, e dos quais 1 mil hectares são oriundos da agricultura familiar.
Fonte: Agroind
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Biodiesel usara energia solar no RN
12/08/08 - O Rio Grande do Norte vai abrigar a maior usina fotovoltaica (energia solar) do País. Ela será instalada no pólo industrial de Guamaré, a 165 quilômetros de Natal; e tem expectativa de gerar 80 megawatts de energia elétrica. Toda essa energia será usada para alimentar a Unidade Experimental de Biodiesel que também está instalada no pólo de Guamaré. O investimento, de acordo com a Unidade de Negócios para o Rio Grande do Norte e Ceará (UN-RNCE) é de R$ 710.400,00. Ao todo serão instalados 956 placas para absorver a luz do sol.
De acordo com a Petrobras, a instalação dos painéis solares deve estar concluída até o final deste ano. Essa iniciativa será desenvolvida como projeto do Núcleo de Energias Renováveis da Petrobras, cujo coordenador é Henrique Landa. Ele explicou que a quantidade de painéis que compõem a usina são o destaque do projeto. E que futuramente a energia gerada será usada em outros projetos da Petrobras no Estado. “”Em uma fase seguinte, vamos utilizar também a energia térmica para aquecer o fluido utilizado na produção da Unidade de Tratamento e Processamento de Fluídos (UTPF) economizando o gás que hoje é queimado”.
A energia fotovoltaica tem sido utilizada cada vez mais pela Petrobras em diversas unidades pelo Brasil. Em algumas plataformas desabitadas, a energia solar substituiu o diesel na alimentação dos dispositivos de medição e monitoramento. No RN, um exemplo está em Mossoró, onde a unidade de bombeamento do primeiro poço produtor do Estado (dentro do hotel Thermas) funciona movida a energia solar.
Henrique landa explicou que por se tratarem de painéis solares de alta capacidade, a temperatura nas placas pode chegar a até 200 graus (quando estiverem funcionando com todo potencial). Atualmente, os painéis estão armazenados no pólo de Guamaré, prontos para começar a serem montados. Esse projeto de exploração de energia solar contempla ainda a possibilidade de parte dessa potência ser disponibilizada para as indústrias potiguares interessadas na produção de energia elétrica a partir do calor do sol. “Visamos, em uma fase seguinte, o uso dessa tecnologia para a indústria. É a possibilidade de produzir energia elétrica sem queimar um combustível fóssil”, disse.
De acordo com o gerente de executivo de Desenvolvimento Energético da Petrobras (em nível nacional), Mozart Schmitt, o interesse da empresa em desenvolver esse tipo de energia ocorre por conta do alto potencial que o país, e principalmente o Nordeste, possuem. “Nós temos olhado com atenção os potenciais da energia solar, a gente sabe que temos altos índices de insolação. A gente tem estudado alguns projetos para termossolares, isso é viável hoje economicamente, porém a competitividade de projetos de geração de energia elétrica a partir do aquecimento solar, hoje ainda não existe por aqui”, explicou.
A exemplo da energia eólica, o Rio Grande do Norte também é muito bem servido de energia solar. O Estado tem cerca de 300 dias (ou mais) de sol, cada um deles com aproximadamente 10 horas de sol visível. Apesar da abundância, este tipo de energia não é explorada em larga escala no Estado (nem no Brasil). No Rio Grande do Norte, o uso mais comum ainda é por hotéis e pousadas como forma de reduzir os custos relativos a energia elétrica.
Em geral, as placas são usadas para aquecimento da água usada pelos hospedes. A economia gira em torno de 30%. O sistema de captação de energia solar é composto por painéis que captam a luz e transferem seu calor para a água armazenada num reservatório chamado “boiler”. E época de chuva, esse tipo de aquecimento tem de ser auxiliado com energia elétrica. Para aquecer água usada numa residência com quatro moradores, são necessários cerca de 4 metros quadrados de painéis.
Fonte: Tribuna do Norte - Natal/RN
De acordo com a Petrobras, a instalação dos painéis solares deve estar concluída até o final deste ano. Essa iniciativa será desenvolvida como projeto do Núcleo de Energias Renováveis da Petrobras, cujo coordenador é Henrique Landa. Ele explicou que a quantidade de painéis que compõem a usina são o destaque do projeto. E que futuramente a energia gerada será usada em outros projetos da Petrobras no Estado. “”Em uma fase seguinte, vamos utilizar também a energia térmica para aquecer o fluido utilizado na produção da Unidade de Tratamento e Processamento de Fluídos (UTPF) economizando o gás que hoje é queimado”.
A energia fotovoltaica tem sido utilizada cada vez mais pela Petrobras em diversas unidades pelo Brasil. Em algumas plataformas desabitadas, a energia solar substituiu o diesel na alimentação dos dispositivos de medição e monitoramento. No RN, um exemplo está em Mossoró, onde a unidade de bombeamento do primeiro poço produtor do Estado (dentro do hotel Thermas) funciona movida a energia solar.
Henrique landa explicou que por se tratarem de painéis solares de alta capacidade, a temperatura nas placas pode chegar a até 200 graus (quando estiverem funcionando com todo potencial). Atualmente, os painéis estão armazenados no pólo de Guamaré, prontos para começar a serem montados. Esse projeto de exploração de energia solar contempla ainda a possibilidade de parte dessa potência ser disponibilizada para as indústrias potiguares interessadas na produção de energia elétrica a partir do calor do sol. “Visamos, em uma fase seguinte, o uso dessa tecnologia para a indústria. É a possibilidade de produzir energia elétrica sem queimar um combustível fóssil”, disse.
De acordo com o gerente de executivo de Desenvolvimento Energético da Petrobras (em nível nacional), Mozart Schmitt, o interesse da empresa em desenvolver esse tipo de energia ocorre por conta do alto potencial que o país, e principalmente o Nordeste, possuem. “Nós temos olhado com atenção os potenciais da energia solar, a gente sabe que temos altos índices de insolação. A gente tem estudado alguns projetos para termossolares, isso é viável hoje economicamente, porém a competitividade de projetos de geração de energia elétrica a partir do aquecimento solar, hoje ainda não existe por aqui”, explicou.
A exemplo da energia eólica, o Rio Grande do Norte também é muito bem servido de energia solar. O Estado tem cerca de 300 dias (ou mais) de sol, cada um deles com aproximadamente 10 horas de sol visível. Apesar da abundância, este tipo de energia não é explorada em larga escala no Estado (nem no Brasil). No Rio Grande do Norte, o uso mais comum ainda é por hotéis e pousadas como forma de reduzir os custos relativos a energia elétrica.
Em geral, as placas são usadas para aquecimento da água usada pelos hospedes. A economia gira em torno de 30%. O sistema de captação de energia solar é composto por painéis que captam a luz e transferem seu calor para a água armazenada num reservatório chamado “boiler”. E época de chuva, esse tipo de aquecimento tem de ser auxiliado com energia elétrica. Para aquecer água usada numa residência com quatro moradores, são necessários cerca de 4 metros quadrados de painéis.
Fonte: Tribuna do Norte - Natal/RN
BBE receberá $128 milhões do BNDES para biodiesel
SAFRAS (11) - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um financiamento de R$ 128 milhões para a BBE Brasil Bioenergia S.A.
Segundo comunicado, os recursos serão utilizados na implantação de uma unidade integrada para extração de óleo vegetal e produção de biodiesel em Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul. O projeto está avaliado em R$ 160 milhões e o investimento do BNDES corresponde a 80% do total.
Veja a Matéria aqui
Segundo comunicado, os recursos serão utilizados na implantação de uma unidade integrada para extração de óleo vegetal e produção de biodiesel em Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul. O projeto está avaliado em R$ 160 milhões e o investimento do BNDES corresponde a 80% do total.
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A ADM vai duplicar a capacidade de produção de biodiesel da usina em Rondonópolis
A Archer Daniels Midland Company, a ADM, vai duplicar a capacidade de produção da usina de biocombustível instalada em Rondonópolis/MT. Com isso, a produção vai saltar dos atuais 500 mil litros (l) por dia para 1 milhão de l/dia. A previsão é que a ampliação comece a ser executada no próximo ano, possivelmente ainda no primeiro semestre. O projeto de aumentar a produção surge menos de um ano depois que a indústria iniciou oficialmente a fabricação do combustível vegetal na cidade. As informações são do secretário de Desenvolvimento Econômico do Município, Elio Rasia.
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ANP faz leilões de biodiesel hoje e amanhã
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza hoje e amanhã o 10º e o 11º Leilão de Biodiesel, com a oferta de 330 milhões de litros do produto. O objetivo é atender à demanda gerada pela adição obrigatória de 3% de biodiesel ao óleo diesel vendido no Brasil. A mistura B3 entrou em vigor em 1ºde julho de 2008. Estão habilitadas para participar 57 empresas.
O 10º Leilão, que tem por objetivo a venda de 264 milhões de litros de biodiesel, é aberto somente para produtores detentores do selo "Combustível Social", e o 11º Leilão, com oferta de 66 milhões de litros, para todas as empresas que cumpram as exigências da ANP.
O preço máximo de referência será de R$ 2.620/m3.
Para participar dos leilões da ANP, os produtores precisam ter autorização da ANP para exercer a atividade de produção de biodiesel, contar com o Registro Especial da Secretaria da Receita Federal, cadastro no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e Selo Combustível Social, que é uma exigência para alguns leilões.
Fonte:
O 10º Leilão, que tem por objetivo a venda de 264 milhões de litros de biodiesel, é aberto somente para produtores detentores do selo "Combustível Social", e o 11º Leilão, com oferta de 66 milhões de litros, para todas as empresas que cumpram as exigências da ANP.
O preço máximo de referência será de R$ 2.620/m3.
Para participar dos leilões da ANP, os produtores precisam ter autorização da ANP para exercer a atividade de produção de biodiesel, contar com o Registro Especial da Secretaria da Receita Federal, cadastro no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e Selo Combustível Social, que é uma exigência para alguns leilões.
Fonte:

Brasil já é o terceiro maior produtor mundial de Biodiesel
A cadeia produtiva do biodiesel no Brasil se estruturou rapidamente e, apenas sete meses após a entrada em vigor da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, o País se destaca como terceiro maior produtor e consumidor desse combustível alternativo no mundo, atrás da Alemanha e dos Estados Unidos. A série “Brasil de Todas as Fontes” do Em Questão apresenta nesta edição os avanços obtidos com o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), lançado em 2004 pelo governo federal. O programa se baseia em três pilares: econômico (criação de uma nova indústria), social (inserção da agricultura familiar) e ambiental (captura de gases de efeito estufa).
Por meio de um marco regulatório estável e uma série de leilões de compra, a cadeia produtiva foi estruturada e o abastecimento do mercado, garantido. O Brasil conta hoje com 57 usinas com autorização de funcionamento e outras 26 unidades estão em processo de regularização na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A capacidade autorizada da indústria é de 2,93 bilhões de litros — volume bem superior aos 1,25 bilhão de litros exigidos pela mistura de 3% de biodiesel ao diesel comercializado em todo o País. Mais de 65% das usinas detêm o Selo Combustível Social, as quais representam 95% da capacidade instalada. Concedido pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), o selo assegura benefícios fiscais para as unidades produtoras que compram matéria-prima da agricultura familiar.
Combinada com a agricultura empresarial (agronegócio), a participação da agricultura familiar é cada vez mais organizada e aproximadamente 100 mil famílias já produzem cerca de 20% de toda a matéria-prima entregue às usinas.
Hoje, a cultura mais utilizada na produção de biodiesel no Brasil é a soja (+ 80%), o sebo é a segunda (10%).
No aspecto ambiental, a mistura de 2%, ampliada para 3% em julho, garante um balanço muito mais sustentável na produção de combustíveis veiculares por conta da absorção de gases de efeito estufa na etapa agrícola, o que não ocorre com derivados de petróleo. Ou seja: o que o veículo emite na queima do combustível é anulado na fase do crescimento da planta quando ocorre a captura de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono.
Como forma de organizar a produção e garantir o abastecimento gradativo do mercado, o governo promoveu nove leilões nos últimos dois anos e meio. A partir de janeiro de 2008, todo o diesel comercializado no Brasil passou a ter, obrigatoriamente, 2% de biodiesel. Esse percentual foi ampliado para 3% em julho, o que reforçou ainda mais a participação de fontes limpas e renováveis na matriz brasileira de combustíveis. O programa prevê a ampliação da mistura para 5%, em 2013.
Fonte:
Por meio de um marco regulatório estável e uma série de leilões de compra, a cadeia produtiva foi estruturada e o abastecimento do mercado, garantido. O Brasil conta hoje com 57 usinas com autorização de funcionamento e outras 26 unidades estão em processo de regularização na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A capacidade autorizada da indústria é de 2,93 bilhões de litros — volume bem superior aos 1,25 bilhão de litros exigidos pela mistura de 3% de biodiesel ao diesel comercializado em todo o País. Mais de 65% das usinas detêm o Selo Combustível Social, as quais representam 95% da capacidade instalada. Concedido pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), o selo assegura benefícios fiscais para as unidades produtoras que compram matéria-prima da agricultura familiar.
Combinada com a agricultura empresarial (agronegócio), a participação da agricultura familiar é cada vez mais organizada e aproximadamente 100 mil famílias já produzem cerca de 20% de toda a matéria-prima entregue às usinas.
Hoje, a cultura mais utilizada na produção de biodiesel no Brasil é a soja (+ 80%), o sebo é a segunda (10%).
No aspecto ambiental, a mistura de 2%, ampliada para 3% em julho, garante um balanço muito mais sustentável na produção de combustíveis veiculares por conta da absorção de gases de efeito estufa na etapa agrícola, o que não ocorre com derivados de petróleo. Ou seja: o que o veículo emite na queima do combustível é anulado na fase do crescimento da planta quando ocorre a captura de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono.
Como forma de organizar a produção e garantir o abastecimento gradativo do mercado, o governo promoveu nove leilões nos últimos dois anos e meio. A partir de janeiro de 2008, todo o diesel comercializado no Brasil passou a ter, obrigatoriamente, 2% de biodiesel. Esse percentual foi ampliado para 3% em julho, o que reforçou ainda mais a participação de fontes limpas e renováveis na matriz brasileira de combustíveis. O programa prevê a ampliação da mistura para 5%, em 2013.
Fonte:

sexta-feira, 8 de agosto de 2008
O Brasil tem todas as condições para ser líder na produção mundial de Biodiesel
As perspectivas para o mercado de combustíveis, se tudo continuar como está, não são positivas. O petróleo e demais fontes fósseis de energia estão com os dias contados. Segundo especialistas, as reservas atuais darão conta do abastecimento mundial por mais apenas 40 anos...
Por conta deste panorama, o mundo todo começa a investir seriamente em outras fontes prováveis de energia que já vinham sendo estudadas no passado, sejam as opções a produção de biocombustíveis, o melhor aproveitamento de gás natural ou qualquer outro combustível renovável e não-poluente. Tudo isso ficou ainda mais urgente após a discussão do Protocolo de Quioto, através do qual os países devem diminuir sua cota de emissão de gás carbônico (C02), principal causador do efeito estufa. Portanto, o momento é de escolha de tecnologia a ser adotada e de qual matéria-prima utilizar para geração de energia.
No Brasil, de tradição agrícola, a pesquisa do biodiesel tem se mostrado a opção número um. Com grande extensão territorial para plantação, o combustível obtido através de óleos vegetais pode ser o diferencial. Neste contexto, o insumo número um é a soja, já que o país é um dos maiores produtores mundiais do grão.
O Pólo Nacional de Biocombustíveis, na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) é responsável por centralizar as pesquisas feitas no país em relação ao biodiesel e desenvolver outras com cana-de-açúcar e derivados, além de insumos como madeira, milho, amendoim, soja e girassol. tem sido também papel dele contribuir na definição de estratégias no campo da energia baseada em fontes alternativas e conta com a participação dos ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia e Minas e Energia.
No entanto, substituir o óleo diesel pelo vegetal não será tarefa fácil, já que o tradicional continua sendo mais barato. O Brasil importa mais de 18% do óleo diesel que consome e, para fazer a troca, será necessária uma grande produção de matéria-prima vegetal, seja ela a soja, o dendê, a mamona, o girassol ou outro insumo. A utilização de uma gama de vegetais tem sido uma oportunidade para o aproveitamento do potencial de diferentes estados brasileiros. Só para atingir o objetivo de substituir 5% do diesel importado pelo de óleos vegetais deverão ser produzidos aproximadamente 3 bilhões de litros de biodiesel anualmente.
O interesse pelo desenvolvimento no país de novas fontes combustíveis vai além das fronteiras brasileiras. Para o governo americano o potencial do Brasil quanto ao biodiesel não é nada desprezível. Segundo estudos do NBB (National Biodiesel Board), órgão americano de implementação de biodiesel nos Estados Unidos, o Brasil tem todas as condições para ser líder na produção mundial deste tipo de combustível, promovendo a substituição de 60% da demanda mundial do óleo diesel.
Fonte: Agronegociar.com
Por conta deste panorama, o mundo todo começa a investir seriamente em outras fontes prováveis de energia que já vinham sendo estudadas no passado, sejam as opções a produção de biocombustíveis, o melhor aproveitamento de gás natural ou qualquer outro combustível renovável e não-poluente. Tudo isso ficou ainda mais urgente após a discussão do Protocolo de Quioto, através do qual os países devem diminuir sua cota de emissão de gás carbônico (C02), principal causador do efeito estufa. Portanto, o momento é de escolha de tecnologia a ser adotada e de qual matéria-prima utilizar para geração de energia.
No Brasil, de tradição agrícola, a pesquisa do biodiesel tem se mostrado a opção número um. Com grande extensão territorial para plantação, o combustível obtido através de óleos vegetais pode ser o diferencial. Neste contexto, o insumo número um é a soja, já que o país é um dos maiores produtores mundiais do grão.
O Pólo Nacional de Biocombustíveis, na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) é responsável por centralizar as pesquisas feitas no país em relação ao biodiesel e desenvolver outras com cana-de-açúcar e derivados, além de insumos como madeira, milho, amendoim, soja e girassol. tem sido também papel dele contribuir na definição de estratégias no campo da energia baseada em fontes alternativas e conta com a participação dos ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia e Minas e Energia.
No entanto, substituir o óleo diesel pelo vegetal não será tarefa fácil, já que o tradicional continua sendo mais barato. O Brasil importa mais de 18% do óleo diesel que consome e, para fazer a troca, será necessária uma grande produção de matéria-prima vegetal, seja ela a soja, o dendê, a mamona, o girassol ou outro insumo. A utilização de uma gama de vegetais tem sido uma oportunidade para o aproveitamento do potencial de diferentes estados brasileiros. Só para atingir o objetivo de substituir 5% do diesel importado pelo de óleos vegetais deverão ser produzidos aproximadamente 3 bilhões de litros de biodiesel anualmente.
O interesse pelo desenvolvimento no país de novas fontes combustíveis vai além das fronteiras brasileiras. Para o governo americano o potencial do Brasil quanto ao biodiesel não é nada desprezível. Segundo estudos do NBB (National Biodiesel Board), órgão americano de implementação de biodiesel nos Estados Unidos, o Brasil tem todas as condições para ser líder na produção mundial deste tipo de combustível, promovendo a substituição de 60% da demanda mundial do óleo diesel.
Fonte: Agronegociar.com
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Petrobras e o Biodiesel
A Petrobras inaugurou em Candeias (BA), a primeira das três fábricas de biodiesel com as quais a empresa pretende, até 2012, produzir 40% da demanda nacional do combustível alternativo — a meta são 940 milhões de litros por ano, frente a uma necessidade de 2,4 bilhões de litros quando a mistura for de 5%. As próximas usinas, previstas para inauguração em agosto, serão em Montes Claros/MG e Quixadá/CE . Todas serão controladas por uma nova subsidiária da estatal, a Petrobras Biocombustível, que vai reunir ainda os negócios de etanol voltados à exportação.
A inauguração em Candeias e a nomeação dos diretores da Petrobras Biocombustível se deram em clima defensivo, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e dirigentes da Petrobras rebatendo as críticas dos que acusam os biocombustíveis de provocar inflação nos preços dos alimentos. “Enquanto eu for Presidente, se alguém provar que o aumento dos biocombustíveis tem impacto nos preços dos alimentos, eu não seria louco de deixar de encher o tanque de um brasileiro para encher o tanque de um automóvel, até porque o meu tanque precisa estar cheio para apertar o pé do acelerador”, discursou Lula. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, emendou: “No momento em que internacionalmente sofremos ataques equivocados , querem atribuir ao programa do biodiesel brasileiro responsabilidades que não são dele.”
A usina de biodiesel de Montes Claros/MG ocupa uma área de 103 mil metros quadrados no Distrito Industrial de Montes Claros e teve a pedra fundamental lançada em 22 de dezembro de 2005 (com a presença de Lula). Ela é considerada estratégica por ser a única entre as três unidades produtoras do chamado combustível verde situada na Região Sudeste. O empreendimento recebeu investimentos de R$ 73,4 milhões e terá capacidade para produzir 57 milhões de biocombustível por ano, a partir do aproveitamento de oleaginosas como mamona, algodão, amendoim e outras. A sua capacidade de produção será a mesma das outras duas usinas. Assim, com as três unidades em funcionamento, a Petrobras vai produzir 171 milhões de litros de biodiesel por ano. A meta da Petrobras Biocombustível é produzir 1 bilhão de litros de biodiesel por ano.
Fonte: Em cima da notícia
A inauguração em Candeias e a nomeação dos diretores da Petrobras Biocombustível se deram em clima defensivo, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e dirigentes da Petrobras rebatendo as críticas dos que acusam os biocombustíveis de provocar inflação nos preços dos alimentos. “Enquanto eu for Presidente, se alguém provar que o aumento dos biocombustíveis tem impacto nos preços dos alimentos, eu não seria louco de deixar de encher o tanque de um brasileiro para encher o tanque de um automóvel, até porque o meu tanque precisa estar cheio para apertar o pé do acelerador”, discursou Lula. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, emendou: “No momento em que internacionalmente sofremos ataques equivocados , querem atribuir ao programa do biodiesel brasileiro responsabilidades que não são dele.”
A usina de biodiesel de Montes Claros/MG ocupa uma área de 103 mil metros quadrados no Distrito Industrial de Montes Claros e teve a pedra fundamental lançada em 22 de dezembro de 2005 (com a presença de Lula). Ela é considerada estratégica por ser a única entre as três unidades produtoras do chamado combustível verde situada na Região Sudeste. O empreendimento recebeu investimentos de R$ 73,4 milhões e terá capacidade para produzir 57 milhões de biocombustível por ano, a partir do aproveitamento de oleaginosas como mamona, algodão, amendoim e outras. A sua capacidade de produção será a mesma das outras duas usinas. Assim, com as três unidades em funcionamento, a Petrobras vai produzir 171 milhões de litros de biodiesel por ano. A meta da Petrobras Biocombustível é produzir 1 bilhão de litros de biodiesel por ano.
Fonte: Em cima da notícia
Distância entre insumo e usina afeta biodiesel
Da forma que está estruturada a cadeia produtiva dos biocombustíveis, com as usinas estando distante das regiões produtoras de matéria-prima, o Brasil corre o risco de gastar uma imensa quantidade de óleo diesel para produzir biodiesel, o que seria um contrasenso econômico e ambiental.
A avaliação é de Décio Gazzonni, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e um dos palestrantes do III Congresso Brasileiro de Mamona (CBM), que está acontecendo em Salvador desde segunda e será encerrado amanhã.
“Na Bahia, a usina inaugurada pela Petrobras em Candeias, na semana passada, está numa área onde não se plantam as principais matérias-primas, como mamona, algodão e soja, cujas produções estão na região de Irecê e no oeste. Tal situação demanda o transporte desse material por caminhões à base de óleo diesel”, destacou Gazzonni, salientando que o problema seria o mesmo caso a usina fosse implantada nessas regiões. “Como o mercado consumidor está no litoral, o biodiesel também teria que ser transportado para cá. O problema é de logística”, disse.
Outro problema indicado pelo pesquisador refere-se à baixa produtividade da lavoura.
Segundo a Embrapa, a Bahia é o maior produtor nacional de mamona, com 141 mil hectares de área plantada dos 154 mil hectares voltados para a mamona no Brasil. “Apesar disso, hoje, a produção é de 700 quilos de mamona por hectare, quando o ideal para se garantir a rentabilidade seria de 2,0 a 3,0 toneladas por hectare. “Só assim, o pequeno produtor poderia obter vantagem com a mamona e, realmente, ter condições de se inserir na cadeia produtiva”,afirmou Gazzonni, ressaltando que o cenário derruba inclusive o alarde em torno da resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), estabelecendo que a mamona não é indicada para ser utilizada pura na fabricação de biodiesel. “Nos parâmetros da produção atual, de modo algum seria possível suprir a indústria do biodiesel apenas com mamona”, enfatizou.
Fonte:
A avaliação é de Décio Gazzonni, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e um dos palestrantes do III Congresso Brasileiro de Mamona (CBM), que está acontecendo em Salvador desde segunda e será encerrado amanhã.
“Na Bahia, a usina inaugurada pela Petrobras em Candeias, na semana passada, está numa área onde não se plantam as principais matérias-primas, como mamona, algodão e soja, cujas produções estão na região de Irecê e no oeste. Tal situação demanda o transporte desse material por caminhões à base de óleo diesel”, destacou Gazzonni, salientando que o problema seria o mesmo caso a usina fosse implantada nessas regiões. “Como o mercado consumidor está no litoral, o biodiesel também teria que ser transportado para cá. O problema é de logística”, disse.
Outro problema indicado pelo pesquisador refere-se à baixa produtividade da lavoura.
Segundo a Embrapa, a Bahia é o maior produtor nacional de mamona, com 141 mil hectares de área plantada dos 154 mil hectares voltados para a mamona no Brasil. “Apesar disso, hoje, a produção é de 700 quilos de mamona por hectare, quando o ideal para se garantir a rentabilidade seria de 2,0 a 3,0 toneladas por hectare. “Só assim, o pequeno produtor poderia obter vantagem com a mamona e, realmente, ter condições de se inserir na cadeia produtiva”,afirmou Gazzonni, ressaltando que o cenário derruba inclusive o alarde em torno da resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), estabelecendo que a mamona não é indicada para ser utilizada pura na fabricação de biodiesel. “Nos parâmetros da produção atual, de modo algum seria possível suprir a indústria do biodiesel apenas com mamona”, enfatizou.
Fonte:

Fundação Bradesco ensina a produzir biodiesel na propriedade
06/08/08 - Pequenos produtores de aves e suínos podem aproveitar um resíduo potencialmente poluente do abate, a gordura, para economizar combustível e reduzir a emissão de gases do efeito estufa, sobretudo metano. A partir da gordura suína ou avícola derretida, filtrada e misturada a soda cáustica e metanol, pode-se obter um eficiente biodiesel para movimentar tratores e outros motores a diesel da propriedade rural.
A fabricação artesanal do biodiesel foi pesquisada na escola da Fundação Bradesco Bodoquena, em Miranda (MS). O projeto, Teste para disponibilização da produção de biodiesel aos pequenos produtores de forma artesanal através de gordura animal, desenvolvido pelo aluno Flávio Araújo Marques e o professor Marcelo de Carvalho Lorenzine, foi o grande vencedor do 51º Concurso Cientistas do Amanhã, do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (Ibecc/Unesco).
A tecnologia, segundo o diretor de Ensino, Marcos de Souza Filho, servirá para reciclar o resíduo gerado na própria escola. “Temos criações de suínos e aves, abatidas aqui para alimentação própria”, conta. “Uma parte dos resíduos ia para compostagem; a outra virava lixo.” Com o biodiesel artesanal, Souza Filho diz que será possível aproveitar 100% dos resíduos e economizar combustível. “Repassaremos também a tecnologia para os pais de alunos, muitos deles pequenos produtores rurais da região.”
Fonte:
- Tânia Rabello
Do:
A fabricação artesanal do biodiesel foi pesquisada na escola da Fundação Bradesco Bodoquena, em Miranda (MS). O projeto, Teste para disponibilização da produção de biodiesel aos pequenos produtores de forma artesanal através de gordura animal, desenvolvido pelo aluno Flávio Araújo Marques e o professor Marcelo de Carvalho Lorenzine, foi o grande vencedor do 51º Concurso Cientistas do Amanhã, do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (Ibecc/Unesco).
A tecnologia, segundo o diretor de Ensino, Marcos de Souza Filho, servirá para reciclar o resíduo gerado na própria escola. “Temos criações de suínos e aves, abatidas aqui para alimentação própria”, conta. “Uma parte dos resíduos ia para compostagem; a outra virava lixo.” Com o biodiesel artesanal, Souza Filho diz que será possível aproveitar 100% dos resíduos e economizar combustível. “Repassaremos também a tecnologia para os pais de alunos, muitos deles pequenos produtores rurais da região.”
Fonte:

Do:

Colômbia quer usar biodiesel de palma como alternativa à coca
País é o maior produtor de óleo de Palma/Dendê (Elaeis guineensis, Jacq.) - base para o biodiesel - das Américas e o quinto maior do mundo (atrás de Malásia, Indonésia, Nigéria e Tailândia)
Com a experiência de quem já é um dos maiores produtores mundiais de óleo de palma, a Colômbia está começando a ingressar no circuito de produção de biodiesel. A matéria-prima principal é a mesma dos óleos comestíveis: a palma, também chamada de dendê.
O país tem 357 mil hectares já cultivados e planeja chegar a 500 mil hectares até 2010. Para 2020, a meta é que 2 milhões de hectares de terras estejam destinadas à palma - com parte disso sendo usado para a fabricação de óleo e outra parte como fonte de energia.
Como acontece no Brasil em relação ao etanol, produtores e governo colombianos defendem seu combustível alternativo como uma matriz sustentável mais limpa e mais barata de energia em relação aos combustíveis fósseis. Mas na Colômbia há outro e muito peculiar argumento: o de que a cadeia de produção do biodiesel no país, uma vez fortalecida, servirá como fonte de emprego e renda aos camponeses que hoje cultivam a folha de coca - base para produção da cocaína - e àqueles forçados a migrar fugindo de grupos armados ou do narcotráfico e que tentam se estabelecer em outras áreas do país.
"A motivação do governo ao estimular a produção de biocombustíveis não é apenas energética nem apenas ambiental. Isso tudo é importante, mas o que é decisivamente importante para nós é que os biocombustíveis nos ajudem a criar uma solução para o pós-conflito", disse ao Valor, em seu escritório em Bogotá, Arturo Infante Villarreal, coordenador nacional para o desenvolvimento de biocombustíveis do Departamento Nacional de Planejamento.
Segundo ele, hoje existem algo em torno de 20 mil colombianos trabalhando com a cultura da coca no país - aproximadamente um trabalhador por hectare. No caso da palma, cada dez hectares geram um emprego direto e dois indiretos, diz. "Se chegarmos aos 2 milhões de hectares, um total de 600 mil empregos serão criados."
Em algumas regiões do país, acrescenta o diretor de desenvolvimento tecnológico e proteção sanitária do Ministério da Agricultura colombiano, José Leonias Tobón, as plantações de palma já são alternativa aos cultivos ilícitos de coca. É o que já ocorre, diz ele, nos Departamentos de Meta, Caquetá e Nariño.
Especialista em biodiesel no ministério, Tobón, que já atuou em áreas de plantios ilícitos elaborando projetos alternativos para os agricultores, faz as contas: diz que, para o produtor, dois hectares de palma rendem anualmente algo em torno de 7 milhões de pesos colombianos (uns US$ 4 mil). E que um produtor de coca fatura 2 milhões de pesos a cada dois meses - mas, considerando os descontos aplicados pelos traficantes com os custos de insumos, transporte e outros, o camponês chega a receber algo em torno de 500 mil pesos por bimestre.
Muitos trabalhadores rurais colombianos vinculados ao plantio de coca atuam como temporários nas plantações de palma. Depois da safra, voltam para os plantios ilícitos. O desafio do governo é tentar fazer com que a indústria do biodiesel ofereça oportunidades para que os camponeses tenham trabalho o ano todo no campo.
O plano de expansão da palma também interessa às Forças Armadas. Isso porque, num país tão militarizado (com um contingente aproximado de 400 mil homens), o novo segmento de energia poderá significar alternativas econômicas para milhares de soldados que deixam o serviço militar todo ano e que muitas vezes acabam sem uma perspectiva de emprego clara.
Somente no Exército, são 100 mil soldados que dão baixa todos os anos. A taxa de desemprego na Colômbia era em maio de 10,7%. No quarto trimestre de 2007, o país era o líder em desemprego numa comparação com mais sete países latino-americanos.
Mas a Colômbia ainda tem pouca experiência com o biodiesel. Os primeiros litros começaram a ser produzidos em dezembro. O país tem duas usinas privadas em atividade e uma terceira, pequena, estatal. A produção total é de 300 mil litros diários. Mas, segundo Tobón, até o ano que vem um total de nove usinas estarão em funcionamento, elevando a produção diária para 2,4 milhões de litros.
A produção tem mercado certo. O governo estabeleceu, ainda no ano passado, que 5% do combustível comercializado na costa atlântica deve ter uma mistura de 5% de biocombustível. Este ano, a regra já vale para todo o país. Em 2010, a mistura será de 10% e, em 2012, de 20%. A Colômbia também tem investido na produção de etanol, cuja mistura também segue, desde 2005, uma progressão escalonada até os 20% em 2012.
Embora seja produtora de petróleo, a Colômbia passou a se preocupar com seu abastecimento no início da década, quando estimativas apontaram que o equilíbrio entre oferta e demanda por petróleo no mercado interno duraria até no máximo 2009. A partir de então, a oferta passaria a ser insuficiente. Essa margem foi revista e agora a expectativa é de que a data limite seja 2014.
Em parte porque durante anos as atividades de prospecção foram interrompidas por causa da falta de segurança no interior do país, a Colômbia está há anos sem descobrir um campo de petróleo significativo. A aposta nos biocombustíveis pareceu então uma alternativa a uma possível demanda que não atendida pelo petróleo do país.
O governo colombiano passou a subsidiar 20% dos custos de uma nova plantação, além de conferir outros incentivos, como isenção de imposto de renda por certos períodos e a possibilidade de usinas de biocombustível obter, sob algumas condições, o status de zona franca uniempresarial.
A produção de biocombustível colombiana, diz Arturo Infante Villarreal, servirá para abastecer o mercado interno, mas os olhos do país estão voltados também para as exportações. Os EUA, principal parceiro comercial colombiano e com quem Bogotá espera ver ratificado um acordo de livre comércio, seriam um mercado potencial. A palma, assim como a cana, possuem uma densidade energética superior ao etanol de milho, comum nos EUA. Enquanto, segundo dados de Infante, a palma produz 148 milhões de BTU por hectare ao ano e a cana 135 milhões, o etanol de milho produz 63,3 milhões e o biodiesel de soja, 23,14 milhões. "Imagine quantos hectares de terra os EUA precisam para produção de energia com uma planta com essa densidade energética tão baixa", diz Villarreal.
No país, a palma cresce nos mesmos terrenos onde cresce a coca. E isso cria dores de cabeça para as autoridades. "Os narcotraficantes descobriram que se plantassem coca entre linhas de palma conseguiam evitar as fumigações [feitas pelo governo com substâncias químicas para destruir os plantios ilícitos]", diz Villarreal. Como é mais alta, a palma encobre e esconde a coca. "Esse é um assunto para o qual estamos muito atentos."
Outra dor de cabeça é o fato de grupos armados tentarem às vezes se aventurar pelo mercado da palma. O objetivo é lavar dinheiro. Há pouco tempo, houve um caso de plantações de palma em Urabá, região de fronteira com o Panamá onde não apenas guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) estavam presentes, mas principalmente os paramilitares. Entraram num plantio de 10 mil hectares e expulsaram os trabalhadores para assumir a produção e lavar dinheiro. A ação foi descoberta, e o grupo se tornou alvo das forças armadas colombianas.
Essas incursões - combatidas pelo Exército, segundo o governo - de grupos armados no setor ajudam a dar asas a críticas feitas no exterior em relação à indústria do biocombustível no país andino.
"O lobby da soja nos EUA fez uma campanha contra a palma plantada na Ásia alegando primeiro que podia ser cancerígena e, depois - e com certa razão -, que a expansão das plantações estava destruindo as florestas. Aqui, também nos acusam de estarmos destruindo a mata, como dizem do Brasil, nos criticam pelas fumigações e fazem associações com a droga", critica Villarreal, dizendo que as críticas são injustificadas.
A Colômbia, juntamente com o Brasil e outros países produtores de biocombustíveis, está discutindo a elaboração de um selo de qualidade para garantir ao mercado que o produto foi fabricado de acordo com critérios sociais e ambientais. "Entramos tarde nesse setor, mas estamos unindo forças com o Brasil nos fóruns internacionais contra os ataques voltados ao biocombustível", afirma Villarreal.
Fonte:

Do: Jornal da ciências
terça-feira, 5 de agosto de 2008
CORA fecha parceria com Bioauto para Biodiesel
Em reunião realizada nesta quarta-feira, 30, a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Arujá, Cora, fechou parceria com a empresa Bioauto para comercializar o óleo vegetal usado coletado no município. Com isso, a cooperativa deixa de vender para atravessadores e passa a comercializar o material diretamente com a indústria, o que aumentará em cerca de R$ 15,00 a renda de cada catador.
A Cora já realiza no município a coleta de óleo no condomínio Arujá 5 e em alguns bares e restaurantes. Segundo o presidente da Associação, Carlos Henrique Nicolau, por mês os catadores já contabilizam 300 litros de óleo com a coleta, mas com novas parceria a meta é ampliar ainda mais esse número. "Já estamos colocando em prática a implantação da coleta seletiva e de óleo no Condomínio Hills III e no Arujá IV, onde iniciamos recentemente a coleta seletiva em agosto e a coleta do óleo também", adianta Carlos.
Na parceria com a Bioauto a Cora se responsabiliza por realizar a coleta do material no município enquanto a empresa vai ceder à associação as bombas para armazenamento do óleo. Juntos, eles planejam realizar na cidade uma campanha educacional em agosto voltada para proprietários de bares e restaurantes. "A Bioauto vai disponibilizar para nós um material de divulgação para sensibilizarmos a população e principalmente os donos de bares e restaurantes para que juntos possamos aumentar a coleta do óleo, evitando assim a poluição do meio ambiente", explica o presidente da associação.
Parceria trará benefícios ao município
Além de possuir o título de "Cidade Natureza", Arujá ainda tem 52% de seu território considerado como área de proteção de mananciais, ou seja, próxima a nascentes. Por isso, o cuidado com a preservação do meio ambiente deve ser constante e nesse quesito a parceria entre a Cora e a Bioauto só vem a contribuir. É o que afirma a representante da empresa, Maria Aparecida. "Existem pesquisas que apontam que um litro de óleo vegetal despejado em ralos, pias ou bueiros pode contaminar até um milhão de litros de água e, sabendo que a cidade possui grande parte de seu território em área de manancial, percebemos ainda mais a necessidade de realização de iniciativas como essa", disse Maria Aparecida.
A profissional ainda destaca a relevância da negociação com associação de Arujá. "A parceria com a Cora é importante tanto para a empresa, já que nos abastecerá da nossa matéria-prima, quanto para diminuir a poluição desse recurso natural essencial que é a água. Além disso, vimos o trabalho sério que a cooperativa desenvolve na questão de inclusão social dos catadores e sabemos que trabalhando com eles vamos agregar valor aos projetos da Cora e incentivar que eles se desenvolvam cada vez mais", afirma.
Maria Aparecida também adiantou que está organizando junto à associação uma visita de crianças do município à empresa para participarem do programa de educação ambiental que desenvolvem. "Temos duas educadoras ambientais aqui na empresa que realizam um trabalho muito bom com o público infantil e estamos agendando com a Cora uma visita das crianças de Arujá para que elas possam participar e conscientizar quanto à importância da reciclagem", explica Maria.
A Cora já realiza no município a coleta de óleo no condomínio Arujá 5 e em alguns bares e restaurantes. Segundo o presidente da Associação, Carlos Henrique Nicolau, por mês os catadores já contabilizam 300 litros de óleo com a coleta, mas com novas parceria a meta é ampliar ainda mais esse número. "Já estamos colocando em prática a implantação da coleta seletiva e de óleo no Condomínio Hills III e no Arujá IV, onde iniciamos recentemente a coleta seletiva em agosto e a coleta do óleo também", adianta Carlos.
Na parceria com a Bioauto a Cora se responsabiliza por realizar a coleta do material no município enquanto a empresa vai ceder à associação as bombas para armazenamento do óleo. Juntos, eles planejam realizar na cidade uma campanha educacional em agosto voltada para proprietários de bares e restaurantes. "A Bioauto vai disponibilizar para nós um material de divulgação para sensibilizarmos a população e principalmente os donos de bares e restaurantes para que juntos possamos aumentar a coleta do óleo, evitando assim a poluição do meio ambiente", explica o presidente da associação.
Parceria trará benefícios ao município
Além de possuir o título de "Cidade Natureza", Arujá ainda tem 52% de seu território considerado como área de proteção de mananciais, ou seja, próxima a nascentes. Por isso, o cuidado com a preservação do meio ambiente deve ser constante e nesse quesito a parceria entre a Cora e a Bioauto só vem a contribuir. É o que afirma a representante da empresa, Maria Aparecida. "Existem pesquisas que apontam que um litro de óleo vegetal despejado em ralos, pias ou bueiros pode contaminar até um milhão de litros de água e, sabendo que a cidade possui grande parte de seu território em área de manancial, percebemos ainda mais a necessidade de realização de iniciativas como essa", disse Maria Aparecida.
A profissional ainda destaca a relevância da negociação com associação de Arujá. "A parceria com a Cora é importante tanto para a empresa, já que nos abastecerá da nossa matéria-prima, quanto para diminuir a poluição desse recurso natural essencial que é a água. Além disso, vimos o trabalho sério que a cooperativa desenvolve na questão de inclusão social dos catadores e sabemos que trabalhando com eles vamos agregar valor aos projetos da Cora e incentivar que eles se desenvolvam cada vez mais", afirma.
Maria Aparecida também adiantou que está organizando junto à associação uma visita de crianças do município à empresa para participarem do programa de educação ambiental que desenvolvem. "Temos duas educadoras ambientais aqui na empresa que realizam um trabalho muito bom com o público infantil e estamos agendando com a Cora uma visita das crianças de Arujá para que elas possam participar e conscientizar quanto à importância da reciclagem", explica Maria.
Curitiba terá ônibus movidos a biodiesel de óleo de fritura
No próximo mês chegam a Curitiba (PR) doze ônibus articulados (veículos duplos com estruturas unidas por uma “sanfona”) que marcam o início de mais uma experiência da administração municipal no sentido de implantar no transporte urbano combustíveis alternativos ao diesel.
Esses ônibus – seis da Volvo, seis da Scania – vão rodar movidos a biodiesel feito com óleo de fritura usado. O processo de beneficiamento do produto – resumidamente, filtragem e esterificação - terá de observar especificações européias, uma exigência das montadoras para garantir que não haja prejuízo aos componentes do motor.
Essa iniciativa foi o tema da segunda Reunião do Grupo de Trabalho de Avaliação das Mudanças Climáticas, formado em maio passado no âmbito do Conselho Municipal de Meio Ambiente.
No encontro, realizado na sexta-feira passada na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smma), Élcio Luiz Karas, da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs (Urbanização de Curitiba), fez uma apresentação sobre ações do órgão dentro do Programa de Utilização de Combustíveis Alternativos, posto em prática desde 1995, quando cinco ônibus começaram a circular abastecidos com uma mistura de álcool hidratado e aditivo, na proporção de 95% e 5% respectivamente.
Agora, esses doze veículos movidos a B100 – tecnicamente, como se denomina o combustível – vão demandar por dia dois mil litros de óleo de fritura, pelos cálculos da Urbs. A oferta deste, a princípio um resíduo de alto potencial poluente, é estimada em 800 mil litros/mês, portanto suficiente para essa investida inicial.
A proposta é que uma empresa já em operação na cidade faça a coleta, numa logística que incluirá condomínios, restaurantes e comunidades. “Isso está sendo desenhado e estamos cientes de que precisaremos do apoio de grande parte da população”, disse Élcio, lembrando que a experiência contribui para resolver – ou ao menos minimizar - um passivo ambiental.
Os doze ônibus compõem dois terços da frota inicial a circular pela chamada Linha Verde, o sexto corredor de transporte urbano de Curitiba, cuja primeira etapa está prevista para entrega em outubro próximo, num investimento de R$ 121 milhões.
Maior obra de infra-estrutura viária em andamento no Paraná, esse primeiro trecho tem 9,4 quilômetros de extensão e corta dez bairros, no leito da antiga rodovia BR-116.
Operam hoje em Curitiba 28 empresas de ônibus – urbanas e metropolitanas -, que disponibilizam à população 2.690 veículos, cujas emissões são verificadas periodicamente. Na mais recente verificação, a Urbs constatou que, comparativamente à anterior, seis meses antes, houve redução de 11% no índice de fumaça emitida (opacidade, no jargão técnico). A amostra foi de 680 ônibus, o equivalente a 36% da frota.
Fonte:
Esses ônibus – seis da Volvo, seis da Scania – vão rodar movidos a biodiesel feito com óleo de fritura usado. O processo de beneficiamento do produto – resumidamente, filtragem e esterificação - terá de observar especificações européias, uma exigência das montadoras para garantir que não haja prejuízo aos componentes do motor.
Essa iniciativa foi o tema da segunda Reunião do Grupo de Trabalho de Avaliação das Mudanças Climáticas, formado em maio passado no âmbito do Conselho Municipal de Meio Ambiente.
No encontro, realizado na sexta-feira passada na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smma), Élcio Luiz Karas, da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs (Urbanização de Curitiba), fez uma apresentação sobre ações do órgão dentro do Programa de Utilização de Combustíveis Alternativos, posto em prática desde 1995, quando cinco ônibus começaram a circular abastecidos com uma mistura de álcool hidratado e aditivo, na proporção de 95% e 5% respectivamente.
Agora, esses doze veículos movidos a B100 – tecnicamente, como se denomina o combustível – vão demandar por dia dois mil litros de óleo de fritura, pelos cálculos da Urbs. A oferta deste, a princípio um resíduo de alto potencial poluente, é estimada em 800 mil litros/mês, portanto suficiente para essa investida inicial.
A proposta é que uma empresa já em operação na cidade faça a coleta, numa logística que incluirá condomínios, restaurantes e comunidades. “Isso está sendo desenhado e estamos cientes de que precisaremos do apoio de grande parte da população”, disse Élcio, lembrando que a experiência contribui para resolver – ou ao menos minimizar - um passivo ambiental.
Os doze ônibus compõem dois terços da frota inicial a circular pela chamada Linha Verde, o sexto corredor de transporte urbano de Curitiba, cuja primeira etapa está prevista para entrega em outubro próximo, num investimento de R$ 121 milhões.
Maior obra de infra-estrutura viária em andamento no Paraná, esse primeiro trecho tem 9,4 quilômetros de extensão e corta dez bairros, no leito da antiga rodovia BR-116.
Operam hoje em Curitiba 28 empresas de ônibus – urbanas e metropolitanas -, que disponibilizam à população 2.690 veículos, cujas emissões são verificadas periodicamente. Na mais recente verificação, a Urbs constatou que, comparativamente à anterior, seis meses antes, houve redução de 11% no índice de fumaça emitida (opacidade, no jargão técnico). A amostra foi de 680 ônibus, o equivalente a 36% da frota.
Fonte:

segunda-feira, 4 de agosto de 2008
PINGA FOGO DE DOMINGO
Domingo é dia de descanso para muitos, de plantão para seguranças, médicos e jornalistas, e de serviço normal para quem vive da lavoura - afinal, terra e clima não tiram folga! Mesmo assim, é um dia com cara de descanso, que a gente tira para dar uma olhada com mais calma nos jornais, terminar aquele livro que já virou objeto de decoração ao lado da cama e de ir ao cinema. A partir de hoje, aqui no blog, também é dia de PINGA FOGO. A idéia é apresentar uma breve entrevista com autoridades, lideranças ou profissionais de destaque do setor sobre o assunto do momento.
A estréia é com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Eu conversei rapidamente com ele sobre o o impasse da mamona. Grande aposta do presidente Lula para alavancar a economia da agricultura familiar do Nordeste, o produto foi considerado inadequad o para o biodiesel pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). E agora? O ministro, porém, garante que a Petrobras Biocombustível vai alavancar a economia da agricultura familiar no Norte e Nordeste. Dá uma olhada:
- A utilização da mamona era a grande aposta do governo para o biodiesel. Haverá mudança de planos?
Cassel - Estamos desenvolvendo mais estudos sobre a mamona. Mas também há uma questão de mercado: não se está usando a mamona apenas para o biodiesel porque é um produto usado pela indústria de cosméticos. Mas a mamona não é o único produto que poderá ser desenvolvido pelos agricultores. Há também aposta em alternativas como pinhão manso e palma.
- Esse anúncio da ANP não atrapalha os planos da nova subsidiária da Petrobras, a Petrobras Biocombustível?
Cassel - Não. A empresa ainda está em fase de implantação. Mas estamos muito focados no desenvolvimento da agricultura familiar das regiões Norte e Nordeste, em especial do semi-árido. As três usinas - Candeias (BA), Montes Claros (MG) e Quixadá (CE) - terão o objetivo de ajudar a desenvolver a produção nessas regiões.
- Nesta semana, haverá reunião do conselho da empresa aqui em Brasília. Haverá mudança de estratégia em função do fracasso das negociações de abertura de mercado em Doha?
Cassel - Não. Será uma reunião de trabalho para acertar questões pendentes. Há uma previsão de estar trabalhando a pleno em 60 dias, com tecnologia moderna, com ganho em competitividade.
Fonte: Blod da Carolina Bahia
A estréia é com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Eu conversei rapidamente com ele sobre o o impasse da mamona. Grande aposta do presidente Lula para alavancar a economia da agricultura familiar do Nordeste, o produto foi considerado inadequad o para o biodiesel pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). E agora? O ministro, porém, garante que a Petrobras Biocombustível vai alavancar a economia da agricultura familiar no Norte e Nordeste. Dá uma olhada:
- A utilização da mamona era a grande aposta do governo para o biodiesel. Haverá mudança de planos?
Cassel - Estamos desenvolvendo mais estudos sobre a mamona. Mas também há uma questão de mercado: não se está usando a mamona apenas para o biodiesel porque é um produto usado pela indústria de cosméticos. Mas a mamona não é o único produto que poderá ser desenvolvido pelos agricultores. Há também aposta em alternativas como pinhão manso e palma.
- Esse anúncio da ANP não atrapalha os planos da nova subsidiária da Petrobras, a Petrobras Biocombustível?
Cassel - Não. A empresa ainda está em fase de implantação. Mas estamos muito focados no desenvolvimento da agricultura familiar das regiões Norte e Nordeste, em especial do semi-árido. As três usinas - Candeias (BA), Montes Claros (MG) e Quixadá (CE) - terão o objetivo de ajudar a desenvolver a produção nessas regiões.
- Nesta semana, haverá reunião do conselho da empresa aqui em Brasília. Haverá mudança de estratégia em função do fracasso das negociações de abertura de mercado em Doha?
Cassel - Não. Será uma reunião de trabalho para acertar questões pendentes. Há uma previsão de estar trabalhando a pleno em 60 dias, com tecnologia moderna, com ganho em competitividade.
Fonte: Blod da Carolina Bahia
Sonho da ''revolução'' do biodiesel de mamona chega ao fim no Piauí
Com a frustração da experiência, agricultores abandonam as terras e sobrevivem da doação de cestas básicas
Depois de três anos, o sonho do presidente Lula de produzir biodiesel de mamona parece ter chegado ao fim. Ao colherem este ano uma safra irrisória, os pequenos agricultores do projeto Santa Clara, localizado entre as cidades de Canto do Buriti e Eliseu Martins, no sul do Piauí, sobrevivem de favores, de cestas básicas, e estão convencidos de que plantar mamona não é um bom negócio.
A própria empresa Brasil Ecodiesel, encarregada do empreendimento, já procura alternativas à mamona e passou a fazer experimentos na região com outras plantas, como o girassol e o pinhão manso. Mas as iniciativas são preliminares, pois ainda faltam conhecimentos técnicos mais profundos sobre as culturas alternativas.
Como resultado do fracasso do empreendimento, a usina de produção de biodiesel mantida pela empresa em Floriano, a 260 quilômetros de Teresina, capital do Piauí, está em ritmo lento e vem utilizando basicamente a soja como matéria-prima, na ausência da mamona. No projeto Santa Clara, a imagem é de abandono, com muitas famílias deixando a área e as casas, construídas no início do projeto, desocupadas e destelhadas.
Veja a Matéria aqui
Fonte:
Depois de três anos, o sonho do presidente Lula de produzir biodiesel de mamona parece ter chegado ao fim. Ao colherem este ano uma safra irrisória, os pequenos agricultores do projeto Santa Clara, localizado entre as cidades de Canto do Buriti e Eliseu Martins, no sul do Piauí, sobrevivem de favores, de cestas básicas, e estão convencidos de que plantar mamona não é um bom negócio.
A própria empresa Brasil Ecodiesel, encarregada do empreendimento, já procura alternativas à mamona e passou a fazer experimentos na região com outras plantas, como o girassol e o pinhão manso. Mas as iniciativas são preliminares, pois ainda faltam conhecimentos técnicos mais profundos sobre as culturas alternativas.
Como resultado do fracasso do empreendimento, a usina de produção de biodiesel mantida pela empresa em Floriano, a 260 quilômetros de Teresina, capital do Piauí, está em ritmo lento e vem utilizando basicamente a soja como matéria-prima, na ausência da mamona. No projeto Santa Clara, a imagem é de abandono, com muitas famílias deixando a área e as casas, construídas no início do projeto, desocupadas e destelhadas.
Veja a Matéria aqui
Fonte:

domingo, 3 de agosto de 2008
Óleo e mamona atinge especificação, diz MME
O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou, por meio de sua assessoria, que o processo industrial de fabricação de biodiesel consegue trazer ao óleo de mamona a viscosidade exigida pela lei. Mas, para Miguel Biegai Júnior, analista da Safras & Mercado, ainda que se consiga atingir o mesmo nível de viscosidade, esse processo é muito mais trabalhoso - e mais caro - do que para outros óleos.
Além disso, segundo ele, o preço desse óleo vale, em média, o dobro do valor do óleo de soja. A tonelada do óleo de mamona custa em torno de R$ 5 mil, enquanto que, o de soja, próximo de R$ 2,6 mil. O analista acrescenta ainda que o plantio de mamona precisa ser muito incentivado para se tornar uma cultura de grande escala. "O custo de produção é muito alto e o produtor que cultiva não tem garantia de venda, o que não ocorre com soja e milho, que têm muito mais liquidez", diz Biegai.
Publicado em: 14/07/08 às 14:03
Fonte:
Além disso, segundo ele, o preço desse óleo vale, em média, o dobro do valor do óleo de soja. A tonelada do óleo de mamona custa em torno de R$ 5 mil, enquanto que, o de soja, próximo de R$ 2,6 mil. O analista acrescenta ainda que o plantio de mamona precisa ser muito incentivado para se tornar uma cultura de grande escala. "O custo de produção é muito alto e o produtor que cultiva não tem garantia de venda, o que não ocorre com soja e milho, que têm muito mais liquidez", diz Biegai.
Publicado em: 14/07/08 às 14:03
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sábado, 2 de agosto de 2008
ANP divulga edital dos leilões dos dias 14 e 15
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou os editais para os leilões para compra de biodiesel para garantir a adição de 3% no óleo diesel. Serão duas operações.
A primeira, no dia 14 de agosto, para a compra de 264 mil metros cúbicos, com a participação das empresas que têm o selo social. No dia 15, serão adquiridos mais 66 mil metros cúbicos para empresas com ou sem selo social.
Fonte:
A primeira, no dia 14 de agosto, para a compra de 264 mil metros cúbicos, com a participação das empresas que têm o selo social. No dia 15, serão adquiridos mais 66 mil metros cúbicos para empresas com ou sem selo social.
Fonte:

sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Agosto será mês-chave para setor de biodiesel no Brasil
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já definiu para os próximos dias 14 e 15 de agosto as datas para a realização dos leilões de biodiesel que irão abastecer o mercado nos próximos meses. Apesar de não ser a única forma de comercialização do produto no País, ainda é a mais utiliza, gera uma grande expectativa no setor por serem os primeiros eventos após as gigantes do setor, Petrobras e Brasil Ecodiesel, terem se acionado judicialmente e também do anúncio de venda da Agrenco. As demais empresas do setor tentam ainda assimilar a entrada da Petrobras no setor de produção.
A unidade inaugurada esta semana em Candeias, na Bahia, tem capacidade para produzir 57 milhões de litros por ano. A maior preocupação dos executivos que estão à frente das usinas é o fato de o novo concorrente deter, à exceção da produção de matéria-prima, todos os pontos da cadeia. "Com a entrada da Petrobras surge um novo concorrente poderoso no mercado, e um concorrente que atua em todas as pontas, incluindo a distribuição", ressalta Irineu Boff, presidente da Oleoplan. Para Alexandre Pereira da Silva, diretor comercial da Bioverde (antiga Petrosul) a entrada de mais uma gigante no mercado dificulta a atuação das empresas que estão brigando por um lugar ao sol. "É uma concorrente que já detém a compra e a venda do produto", diz. "É difícil lutar com forças que você não sabe onde podem chegar".
Ambas as empresas estão obtendo resultados positivos este ano. A Oleoplan, que entrou em operação em julho de 2007, produziu 7,7 mil m³ de biodiesel no ano passado e em 2008 já ultrapassava, até maio, uma produção de 22 mil m³. A Bioverde, por sua vez, foi a empresa que registrou os melhores preços no repasse da Petrobras para as distribuidoras. A ascensão dessas companhias vão na contramão da atual situação da Brasil Ecodiesel que apresentou prejuízo de R$ 14,9 milhões no primeiro trimestre. O próximo balanço da Brasil Ecodiesel também será divulgado em 14 de agosto. Na avaliação de Silva, o que aconteceu com a Ecodiesel já era previsto pelo setor.
"Durante um grande período eles ficaram baixando os preços, assumindo prejuízos, e todo mundo previa que uma hora isso ia acontecer", diz. Para Boff, o poder da indústria está ligado a suas fontes de suprimentos. "A Ecodiesel tem um volume enorme de processamento, mas não tem uma fonte de suprimento adequada", avalia. "Só quando a maioria das empresas tiver uma fonte própria de originação de matéria-prima vamos ter um mercado sólido", destaca. Mesmo com o resultado do último balanço a Brasil Ecodiesel continua sendo a maior empresa do setor enquanto a usina da Petrobras não estiver em pleno funcionamento. Antes da disputa atingir o mercado as duas gigantes já brigam na Justiça.
A Petrobras cobra na Justiça, junto a Ecodiesel, as multas contratuais referentes aos meses de abril, maio e junho deste ano. A Ecodiesel, por sua vez, também entrou na Justiça pedindo a cobrança de multas contra a Petrobras pelo não recolhimento de volumes de biodiesel vendidos em dois leilões da ANP. Mamona Entre os dias 4 e 7 de agosto, acontece o 3º Congresso Brasileiro de Mamona, na Bahia. O evento ocorre num momento em que a sustentabilidade da oleaginosa para a produção de biodiesel está sendo colocada em xeque.
Com uma área plantada de 154 mil hectares, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial, atrás de Índia e China, mas não consegue gerar escala suficiente para a demanda da indústria. Sem conseguir diversificar a produção e participação da soja como matéria-prima, aumentou 77,35% desde o início do ano. A alta do óleo do soja já resultou no aumento de 2,1% do preço do diesel na bomba dos postos só em julho, quando iniciou o B3.
Para Napoleão Beltrão, chefe-geral da Embrapa Algodão o grande desafio para a viabilidade da mamona é organizar a cadeia produtiva. "Será preciso uma mudança cultural. Estamos falando de cerca de 120 mil produtores familiares que precisam aprender a atuar na economia de mercado."
Fonte:
Do:
A unidade inaugurada esta semana em Candeias, na Bahia, tem capacidade para produzir 57 milhões de litros por ano. A maior preocupação dos executivos que estão à frente das usinas é o fato de o novo concorrente deter, à exceção da produção de matéria-prima, todos os pontos da cadeia. "Com a entrada da Petrobras surge um novo concorrente poderoso no mercado, e um concorrente que atua em todas as pontas, incluindo a distribuição", ressalta Irineu Boff, presidente da Oleoplan. Para Alexandre Pereira da Silva, diretor comercial da Bioverde (antiga Petrosul) a entrada de mais uma gigante no mercado dificulta a atuação das empresas que estão brigando por um lugar ao sol. "É uma concorrente que já detém a compra e a venda do produto", diz. "É difícil lutar com forças que você não sabe onde podem chegar".
Ambas as empresas estão obtendo resultados positivos este ano. A Oleoplan, que entrou em operação em julho de 2007, produziu 7,7 mil m³ de biodiesel no ano passado e em 2008 já ultrapassava, até maio, uma produção de 22 mil m³. A Bioverde, por sua vez, foi a empresa que registrou os melhores preços no repasse da Petrobras para as distribuidoras. A ascensão dessas companhias vão na contramão da atual situação da Brasil Ecodiesel que apresentou prejuízo de R$ 14,9 milhões no primeiro trimestre. O próximo balanço da Brasil Ecodiesel também será divulgado em 14 de agosto. Na avaliação de Silva, o que aconteceu com a Ecodiesel já era previsto pelo setor.
"Durante um grande período eles ficaram baixando os preços, assumindo prejuízos, e todo mundo previa que uma hora isso ia acontecer", diz. Para Boff, o poder da indústria está ligado a suas fontes de suprimentos. "A Ecodiesel tem um volume enorme de processamento, mas não tem uma fonte de suprimento adequada", avalia. "Só quando a maioria das empresas tiver uma fonte própria de originação de matéria-prima vamos ter um mercado sólido", destaca. Mesmo com o resultado do último balanço a Brasil Ecodiesel continua sendo a maior empresa do setor enquanto a usina da Petrobras não estiver em pleno funcionamento. Antes da disputa atingir o mercado as duas gigantes já brigam na Justiça.
A Petrobras cobra na Justiça, junto a Ecodiesel, as multas contratuais referentes aos meses de abril, maio e junho deste ano. A Ecodiesel, por sua vez, também entrou na Justiça pedindo a cobrança de multas contra a Petrobras pelo não recolhimento de volumes de biodiesel vendidos em dois leilões da ANP. Mamona Entre os dias 4 e 7 de agosto, acontece o 3º Congresso Brasileiro de Mamona, na Bahia. O evento ocorre num momento em que a sustentabilidade da oleaginosa para a produção de biodiesel está sendo colocada em xeque.
Com uma área plantada de 154 mil hectares, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial, atrás de Índia e China, mas não consegue gerar escala suficiente para a demanda da indústria. Sem conseguir diversificar a produção e participação da soja como matéria-prima, aumentou 77,35% desde o início do ano. A alta do óleo do soja já resultou no aumento de 2,1% do preço do diesel na bomba dos postos só em julho, quando iniciou o B3.
Para Napoleão Beltrão, chefe-geral da Embrapa Algodão o grande desafio para a viabilidade da mamona é organizar a cadeia produtiva. "Será preciso uma mudança cultural. Estamos falando de cerca de 120 mil produtores familiares que precisam aprender a atuar na economia de mercado."
Fonte:

Do:

MAMONA PERMANECE COMO OPÇÃO PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
A Resolução n° 7/2008 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabeleceu a nova especificação do biodiesel para comercialização no país. Ao longo de 2007, foram realizadas diversas reuniões com os agentes do setor, incluindo produtores de biodiesel e de diesel, distribuidores e indústria automobilística. A proposta apresentada pela ANP considerou, principalmente, os dados de qualidade declarados pelos produtores de biodiesel ao longo de 2006 e 2007, de forma a evitar que a nova especificação restringisse as opções de matérias-primas disponíveis no território nacional.
Considerando que uma das premissas do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) sempre foi a de viabilizar o maior número de opções de matérias-primas, optou-se por deixar uma série de características em aberto, apenas com a indicação de que fossem analisadas pelos produtores de biodiesel e anotadas no Certificado da Qualidade.
A mamona permanece como opção energética, para a produção de biodiesel. Contudo, o biodiesel produzido a partir desta oleaginosa deverá conter, também, em sua composição outro material graxo que permita o enquadramento de duas propriedades: a massa específica e a viscosidade. São propriedades muito importantes para a aplicação no motor e, portanto, refletem no uso final do produto.
As especificações do óleo diesel, com a mistura de 3% de biodiesel, são determinadas em função do desempenho dos motores e das condições ambientais e, portanto, visam à proteção dos consumidores. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estabelece quais as condições para a garantia dos motores e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para as emissões dos motores. Caso as especificações não sejam atendidas, é possível que o motor produza fumaça devido à queima incompleta do combustível.
Fonte:Assessoria de Imprensa/Superintendência de Divulgação e Comunicação Institucional (SCI)
(21) 2112-8333
imprensa@anp.gov.br
Considerando que uma das premissas do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) sempre foi a de viabilizar o maior número de opções de matérias-primas, optou-se por deixar uma série de características em aberto, apenas com a indicação de que fossem analisadas pelos produtores de biodiesel e anotadas no Certificado da Qualidade.
A mamona permanece como opção energética, para a produção de biodiesel. Contudo, o biodiesel produzido a partir desta oleaginosa deverá conter, também, em sua composição outro material graxo que permita o enquadramento de duas propriedades: a massa específica e a viscosidade. São propriedades muito importantes para a aplicação no motor e, portanto, refletem no uso final do produto.
As especificações do óleo diesel, com a mistura de 3% de biodiesel, são determinadas em função do desempenho dos motores e das condições ambientais e, portanto, visam à proteção dos consumidores. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estabelece quais as condições para a garantia dos motores e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para as emissões dos motores. Caso as especificações não sejam atendidas, é possível que o motor produza fumaça devido à queima incompleta do combustível.
Fonte:Assessoria de Imprensa/Superintendência de Divulgação e Comunicação Institucional (SCI)
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Iberol acusa a Galp de boicotar metas do Governo Portugues para o Biodiesel
A meta do Governo Portugues é, em 2010, ter uma mistura de dez por cento de biocombustíveis
O presidente da Iberol, o maior produtor nacional de biodiesel, acusou hoje a Galp de estar a boicotar a introdução destes biocombustíveis em Portugal e as metas do Governo, noticia a rádio TSF.
Em declarações à rádio, João Rodrigues acusou que os projectos de fábricas de biocombustíveis anunciados pela Galp apenas servem para desviar as atenções.
A meta do Governo é que em 2010 o gasóleo e a gasolina tenham uma mistura de dez por cento de biocombustíveis. Para atingir esta meta, o ministro da Agricultura admite que é necessário recorrer à importação de cereais e oleaginosas.
Mas esta meta nunca será atingida, prevê João Rodrigues, porque a Galp não quer. ”Quem manda neste país é a Galp”, disse João Rodrigues à TSF. ”Eles [Galp] compram-me o biodiesel ao preço que comprariam gasóleo, mas é uma chatice porque têm que ter depósitos e têm que fazer misturas”.
A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, considera que o Governo deve repensar a meta dos dez por cento e defende uma moratória para a introdução dos biocombustíveis em Portugal.
A TSF pediu esclarecimentos à Galp e ao Ministério da Economia mas não obteve resposta.
Fonte: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1337169
Ler também:
Galp está a boicotar introdução de biocombustíveis em Portugal, acusa Iberol
Presidente da Iberol diz que GALP está a ser favorecida
Galp nega acusações do presidente da Iberol
O presidente da Iberol, o maior produtor nacional de biodiesel, acusou hoje a Galp de estar a boicotar a introdução destes biocombustíveis em Portugal e as metas do Governo, noticia a rádio TSF.
Em declarações à rádio, João Rodrigues acusou que os projectos de fábricas de biocombustíveis anunciados pela Galp apenas servem para desviar as atenções.
A meta do Governo é que em 2010 o gasóleo e a gasolina tenham uma mistura de dez por cento de biocombustíveis. Para atingir esta meta, o ministro da Agricultura admite que é necessário recorrer à importação de cereais e oleaginosas.
Mas esta meta nunca será atingida, prevê João Rodrigues, porque a Galp não quer. ”Quem manda neste país é a Galp”, disse João Rodrigues à TSF. ”Eles [Galp] compram-me o biodiesel ao preço que comprariam gasóleo, mas é uma chatice porque têm que ter depósitos e têm que fazer misturas”.
A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, considera que o Governo deve repensar a meta dos dez por cento e defende uma moratória para a introdução dos biocombustíveis em Portugal.
A TSF pediu esclarecimentos à Galp e ao Ministério da Economia mas não obteve resposta.
Fonte: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1337169
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