terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Biodiesel: use sem medo

Mistura de 2% ao diesel não mexe com motor e reduz nível de poluentes

Desde o primeiro dia do ano, o óleo diesel vendido no Brasil deve contar, obrigatoriamente, com o mínimo de 2% até 5% de biodiesel em sua mistura. E se você tem um veículo movido a esse combustível, fique tranqüilo, pois só há vantagens na novidade.

Antes de mais nada, qualquer motor pode rodar com o 'coquetel' de óleos nessa proporção. 'Não é preciso mudar nada na mecânica', diz o gerente de Participações da Petrobrás Distribuidora, José Alcides Santoro Martins.

Até quantidades maiores de biodiesel são aceitas pelos motores sem problemas. 'Desde outubro de 2007, dois mil ônibus estão rodando em São Paulo com 30% de biodiesel e 2% de álcool, sem alterações, com desempenho igual ao dos veículos com diesel tradicional', declara Martins.

Ar mais limpo

De acordo com o diretor do Núcleo de Combustíveis e Lubrificantes do Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais (Ipei), da FEI, Eduardo Polati, o maior benefício do biodiesel é reduzir o nível de poluentes, uma vez que seu consumo é menor. 'São reduções em patamares bem pequenos', esclarece o especialista. Mas que podem gerar bons resultados em grande escala.

'O biodiesel também tende a reduzir o teor de enxofre', comenta Polati. Esse componente é responsável direto pelas emissões de matéria particulada, a fumaça preta que sai dos veículos a diesel.

Outra vantagem é que o combustível tem propriedades lubrificantes, dispensando o uso de aditivo nas refinarias. 'O biodiesel ajuda a proteger a bomba e os bicos injetores', afirma Polati.

Quanto à sua origem, o biodiesel pode ser animal, feito a partir do dejeto de carnes de corte, ou vegetal, com base em óleos de soja, milho, algodão, dendê e mamona, entre outros.

Mas quem acha que basta jogar óleo de cozinha no tanque e rodar está muito enganado. 'Além de não queimar direito, ele deixa muitos resíduos no motor, como a glicerina, causando danos irreversíveis, e ainda polui mais que o diesel', explica Martins.

Fonte:

Nenhum comentário: