A aposta no uso de microrganismos para melhorar a produção de biocombustíveis está em alta. Frequentemente surgem estudos com esse tema. O último reuniu pesquisadores de um ramo acadêmico inusitado para a área energética, como o
Centro de Doenças Infecciosas e Vacinologia do Instituto de Biodesign da Universidade do Estado do Arizona. Eles desenvolveram uma
cepa de cianobactéria, que possui cor azulada e capacidade de fazer fotossíntese, do
gênero Synechocystis, para produzir
ácidos graxos, substâncias gordurosas presentes em óleos, de soja, amendoim, dendê, que são a principal matéria-prima na produção de biodiesel. Os pesquisadores conseguiram retirar esses ácidos sem destruir a bactéria por meio da introdução de genes no DNA desses microrganismos para a produção de uma
enzima chamada tioesterase. Ela facilita a secreção dos ácidos pela bactéria através da membrana celular. Os pesquisadores liderados pelo professor Xinyao Liu também introduziram modificações genéticas, ao longo de sucessivas gerações de cianobactérias, com adição de novos genes para provocar uma superprodução de ácidos graxos, além de eliminar estruturas celulares que não são essenciais para a sobrevivência da bactéria. O trabalho foi publicado na revista científica
Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e os pesquisadores acreditam que as cianobactérias geneticamente modificadas são uma tecnologia promissora para a produção de biodiesel porque podem ser bem competitivas. Atualmente para produzir biodiesel é necessário cultivar plantas oleaginosas e depois fazer a extração do óleo por meio de solventes, além do alto gasto de energia elétrica.
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