quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Lula diz que irá incentivar etanol e biodiesel se reeleito
Segundo fontes que participaram do encontro com empresários, pela manhã em São Paulo, Lula evitou falar em reeleição, deixou escapar que ainda é cedo para cantar vitória, mas já apresentou linhas gerais para o setor sucroalcooleiro. Entre as estratégias, além do discurso de incentivo aos combustíveis renováveis, Lula quer ampliar parcerias com os usineiros, principalmente no setor logístico, como as que a Petrobras já faz na construção de alcooldutos para o escoamento do combustível para o porto de São Sebastião (SP).
Lula chama biocombustível de "passaporte para o desenvolvimento"
Governo não antecipará meta do biodiesel sem garantia de abastecimento
Senai apresenta fábrica piloto para produção de biodiesel
A fábrica, com capacidade para produzir 50 litros de biodiesel por dia, é economicamente viável para produtores de soja, que poderiam fabricar o combustível para uso em máquinas agrícolas. "A nova tecnologia separa o biodiesel da glicerina em apenas 15 minutos, enquanto a tecnologia usada atualmente pelas usinas leva de uma hora e meia a seis horas", compara o diretor da escola do SENAI de Jacareí, Domingos Gonçalves da Costa.
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Empresas preparam grandes aportes para a produção de biodiesel no país
Segundo a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), a compra de bens de capital, máquinas, equipamentos, peças e componentes para a instalação de usinas alcançará R$ 4 bilhões nos próximos 3 anos, caso se concretizem os projetos para a produção de 2,4 bilhões de litros de biodiesel ao ano.
José Alencar analisa conjuntura econômica nacional e defende nova gestão de Lula com foco na redução de juros
Vidigal quer desenvolver o biodiesel no Maranhão
sexta-feira, 25 de agosto de 2006
Aportes em biodiesel devem chegar a R$ 4 bi
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) calcula que a compra de bens de capital, máquinas, equipamentos, peças e componentes para a instalação de usinas alcançará R$ 4 bilhões nos próximos três anos, se os projetos anunciados para a produção de 2,4 bilhões de litros ao ano forem concretizados. "Existem grupos que já investem pensando em misturas superiores a 2%", afirma Rubens Dias de Morais, diretor de assuntos agrícolas da Abimaq.
Biodiesel chega à bolsa de valores
Biodiesel de algodão desponta na BA
São Paulo, 24 de Agosto de 2006 - Oeste do estado atrai investimentos por grande oferta de matéria-prima e mercado consumidor. A americana Crow West Company pretende instalar usina de biodiesel de óleo de algodão em Luís Eduardo Magalhães (BA), com previsão de início de funcionamento em agosto de 2007.
Governo vai lançar programa do Biodiesel
Biodiesel é discutido em Congresso
Para discutir temas relacionados ao desenvolvimento, produção, investimentos e comercialização, investidores e produtores rurais de vários Estados brasileiros, além da França, EUA, Alemanha, Índia e África do Sul, estiveram reunidos no 2º Congresso de Biodiesel.
Deputado reivindica escritório da Embrapa em MT
Pró-Cuiabá incentiva indústrias de biodiesel
Novos parceiros apoiam a usina biodiesel
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Ouvidor geral agrário faz vistoria
Projeto de César Borges apressa mistura de diesel com biodiesel
AGRONEGÓCIO: Fiagril investe para produzir biodiesel no MT
Segundo Miguel Vaz Ribeiro, metade do volume é vendido no mercado interno e o restante exportado.
Grupo deve investir R$ 20 milhões em fábrica de biodiesel em Sinop
Mato Grosso terá Centro de Excelência em pesquisa de biocombustíveis
Projeto Biodiesel Guariba amplia parcerias
GAZETA: Biodiesel, um dos bons frutos em energia
Marco regulatório
O presidente da EPE do Ministério de Minas e Energia diz que o governo Luiz Inácio Lula da Silva implementou um marco regulatório que trouxe segurança a investidores e consumidores.
Dourados realiza ShowAgri em setembro
Indústria de biodiesel investe R$ 31 milhões em Lucas R. Verde
Biodiesel tem produtividade e distribuição como desafios, diz Diretor de Combustíveis do MME
Secretário do MCT conhece bases do CIEB em MT
Usina de biodiesel será construída no município - 19/08/2006
O arranque notável do biodiesel
Os novos negócios do biodiesel na região
PRODUÇÃO DE BIODIESEL É INCENTIVADA
Para essa iniciativa a instituição vai disponibilizar R$ 800 mil, não-reembolsáveis, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), administrado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do BNB. O valor individual das propostas de projeto não pode superar R$ 100 mil.
Pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior, institutos e centros de pesquisa e desenvolvimento públicos ou privados, todos sem fins lucrativos, poderão apresentar propostas, desde que instalados na área de atuação do banco (nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo). A divulgação do resultado da pré-seleção está prevista para 29 de setembro.
ANP DEVE REALIZAR LEILÃO DE COMPRA DE BIODIESEL ATÉ INÍCIO DE 2007
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
Biodiesel na região de Ribeirão
Feira de Inovação e Pesquisa recebe público acima do esperado
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ANP deve realizar leilão de compra de biodiesel até início de 2007
Petrobras inicia em setembro testes com H-Bio na refinaria do Rio Grande do Sul
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Europa quer seguir modelo brasileiro de biocombustíveis
Missão vai à África do Sul incentivar a produção de álcool e Biodiesel
Ameaçado pelo narcotráfico, juiz federal vive confinado em fórum
Odilon de Oliveira, de 56 anos, estende o colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados. Oliveira é juiz federal em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai e, jurado de morte pelo crime organizado, está morando no fórum da cidade. Só sai quando extremamente necessário, sob forte escolta.
Empresários vão definir local para produção de biodiesel
Vale e Petrobras puxam queda do Ibovespa
CARTA ABERTA AO BRADESCO
Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante. Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade.
Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima.
Que tal?
Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade.
Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço. Além disso, me impõe taxas. Uma "taxa de acesso ao pãozinho", outra "taxa por guardar pão quentinho" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.
Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho.
Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri.
Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pãozinho", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco. Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de conta".
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria.
Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para liberar o "papagaio", alguns gerentes inescrupulosos cobravam um "por fora", que era devidamente embolsado. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos. Agora ao invés de um "por fora" temos muitos "por dentro".
- Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.
- Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 "para a manutenção da conta", semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".
- A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quentinho".
- Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.
Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central.
Sei disso.
Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.
Sei que são legais.
Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, tais taxas são uma imoralidade.Brasilia, 30 de maio de 2006.
Delman Ferreira
Granol recebe Selo Combustível Social para a produção de biodiesel
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) informa que concedeu o Selo Combustível Social à empresa beneficiadora de soja Granol, considerada a quinta maior do País no setor de soja, na última semana. A empresa teve arrematados em leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) um volume de 20,1 milhões de litros de biodiesel a ser produzido em sua unidade de beneficiamento de Campinas (SP) e um volume de 36 milhões de litros para fabricação em Anápolis (GO).
Empresários vão definir local para produção de biodiesel
Alagoas deve receber missão da França em setembro
Até o fim de setembro, Alagoas deve receber a visita da primeira missão da região de D’Aquitaine, na França. Pelo menos foi o que ficou decidido na manhã desta quarta-feira, em reunião de trabalho realizado pelo governador Luis Abílio e o vice-presidente daquela região, Jean Guerard, encarregado das Relações Internacionais Européias. A primeira missão deve trazer técnicos para discutir a possibilidade de instalação de um parque natural em Alagoas, em uma fazenda localizada no município de Santana do Ipanema, bem como estudar a possibilidade de firmar parcerias no campo das alternativas energéticas.
terça-feira, 15 de agosto de 2006
1º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel
14/08/2006 Agência FAPESP - A primeira edição do Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel será realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Brasília, promovidos pela Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti) e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O evento reunirá pesquisadores, estudantes e técnicos dos setores público e privado, atuantes nas entidades e empresas envolvidas com pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia de produção e uso do biodiesel.
Serão abordadas as cinco áreas temáticas que dão conformidade à Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel: agricultura, armazenamento, caracterização e controle da qualidade, co-produtos e produção.
Plantação de mamona pode ser uma alternativa para a geração de renda dos produtores rurais de Santa Maria
Segunda-Feira - 14/08/2006
Plantação de mamona pode ser uma alternativa para a geração de renda dos produtores rurais de Santa Maria
Tiago Guedes
Coordenadores técnicos da empresa Brasil EcoDiesel discutiram com os produtores rurais de Santa Maria uma alternativa para a geração de trabalho e renda. Os empresários apresentaram um contrato para o cultivo da mamona para a produção de biodiesel. O incentivo faz parte do Programa Nacional de Biodiesel, do Governo Federal, que tem o objetivo de produzir 2% do combustível até 2008 e 5% até 2013.
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
Europeus querem recuperar tempo perdido em bioetanol
Monika Lohmüller (rr) www.DW-Word.de - DEUTSCHE WELLE - Economia - 02.08.2006
Alemanha passa a taxar biodiesel
Uma nova legislação tributária entrou em vigor na terça-feira (01/08), eliminando a isenção concedida aos combustíveis alternativos. Em conseqüência, o preço do litro do biodiesel vai aumentar nove centavos de euro. Posteriormente, aumentos de seis centavos por ano a partir de 2008 vão fazer com que os preços do biodiesel e do diesel convencional estejam equiparados em 2012.
Taxação do biodiesel vai arrecadar 1,6 bilhão de euros.
www.DW-Word.de - DEUTSCHE WELLE - Sean Sinico (bt)
Venezuela importará tecnologia brasileira do biodiesel
Adriana Chiarini
RIO - A estatal do petróleo da Venezuela, PDVSA, pretende passar a produzir etanol a partir do ano que vem e importar tecnologia de biodiesel do Brasil. A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo diretor de refino da empresa, Igor Martinez. A empresa importa etanol da Petrobras desde o ano passado. Usa o álcool como componente da mistura de gasolina, com 3% de participação.
Em relação ao biodiesel, ainda não há um cronograma oficial. "Penso que em dois ou três anos estaremos produzindo", arriscou Martinez, em entrevista na Hart World Refining & Fuels Conference no Rio. Na palestra que deu, em substituição ao vice-presidente de refino da empresa, Alejandro Granado, Martinez lembrou que a PDVSA até está em processo de certificação de reservas da faixa do Orinoco que, se confirmadas, transformarão o país no campeão de reservas do óleo.
Lembrou também que o Mercosul, já com a nova sócia Venezuela, tem mais de 50% da capacidade de refino da América Latina já que o Brasil tem 26%, a Venezuela, 17% e Argentina 8%.
No mesmo local, o diretor de Operações da Ipiranga, José Luiz Orlandi, afirmou que a empresa pretende vender biodiesel nos seus postos ainda este ano, possivelmente a partir de setembro ou outubro. A empresa encomendou sete milhões de litros do combustível à BR Distribuidora para receber de setembro até o ano que vem.
Segundo Orlandi, a Ipiranga quer se antecipar à obrigatoriedade de vender biodiesel a partir de 2008 e tem muito interesse no novo combustível, mas não tem planos de produzi-lo. O biodiesel está sendo introduzido no Brasil como componente do óleo diesel entrando com 2% na mistura do diesel.
Orlandi observou que na Alemanha há venda de 100% do produto para abastecimento de automóveis, mas considera que isso ainda é muito caro, mesmo em relação ao atual preço do petróleo. Um dos fatores de sucesso do álcool combustível foi a elevação dos preços do petróleo, observou.
Respondendo a jornalistas, o diretor negou que a Ipiranga esteja sendo vendida. "É a empresa que mais está crescendo no setor e segunda no mercado", disse. A refinaria da Ipiranga está parada "há uns dois meses", de acordo com ele. "A Ipiranga está fazendo todo esforço para preservar sua estrutura. Tomara que a gente descubra uma saída (para a refinaria)", disse.
De acordo com ele, a empresa está aberta a investidores estrangeiros "mas não para comprar (a Ipiranga), mas para se associar, fazer joint venture", disse.
Ipiranga oferecerá biodiesel nos postos ainda neste ano
Maracuju News (www.maracaju.news.com.br) - Quinta-feira, 03 de Agosto de 2006 14:24
Petrobras deve monopolizar produção de biodiesel no país
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Biodiesel
Sendo perfeitamente miscível e físico quimicamente semelhante ao óleo diesel mineral, pode ser usado puro ou em quaisquer concentrações de mistura com o diesel, sem a necessidade de significantes ou onerosas adaptações dos motores. E, por ser biodegradável, não tóxico e essencialmente livre de compostos sulfurados e aromáticos, produz uma “queima limpa”, o que resulta, quando comparado com a queima do diesel mineral, numa redução substancial de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos não queimados.
É um combustível composto de mono-alquilésteres de ácidos graxos de cadeia longa, obtido por diferentes processos de reação química de óleos vegetais ou de gorduras (Trigídios[4]) animais com o álcool comum (etanol) ou o metanol, estimuladas por um catalisador[5], tais como o craqueamento[6], a esterificação ou pela transesterificação[7]. Não contém petróleo.
A produção de Biodiesel segue especificações industriais restritas, a nível internacional tem-se a ASTM D6751. Nos EUA, é o único combustível alternativo a obter completa aprovação no Clean Air Act de 1990 e autorizado pela Agência Ambiental Americana (EPA) para venda e distribuição. Os óleos vegetais puros não estão autorizados a serem utilizados como óleo combustível.
A nomenclatura adotada a nível mundial para a identificação da concentração do Biodiesel na mistura, é a seguinte: BXX, onde B significa Biodiesel e o XX representa a percentagem em volume do Biodiesel à mistura. Por exemplo, o B2, B5, B20 e B100 são combustíveis com uma concentração de 2%, 5%, 20% e 100% (puro) de Biodiesel, respectivamente.
A utilização do Biodiesel no mercado mundial de combustíveis, baseadas em experiências bem sucedidas, tem se dado em quatro níveis de concentração em relação ao volume total no óleo diesel de petróleo:
- Puro (B100)
- Misturas (B20 – B30)
- Aditivo (B5)
- Aditivo de lubricidade (B2)
As informações de toda a cadeia (extração, produção, comercialização) do petróleo, seus derivados e do gás natural; e produção e comercialização do álcool combustível são passadas à ANP através de um código e nome do produto cadastrado na Agência. A SQP é responsável pela classificação dos produtos, respeitando a Portaria 54/01, disponível na página da ANP.
Atualmente existem cerca de 1.000 produtos cadastrados. Os agentes solicitam à ANP a inserção de novos produtos que são avaliados e classificados, respeitando a legislação de produtos especificados, combustíveis ou não, evitando a duplicação de produtos com a mesma finalidade na indústria do petróleo, do gás natural e do álcool combustível.
Também os óleos lubrificantes, graxas lubrificantes e aditivos em frasco para óleos lubrificantes de aplicação automotiva comercializados no País são obrigados a ter registro prévio da Agência Nacional do Petróleo. Os produtores ou importadores encaminham o pedido de registro à ANP. O Laboratório de Referência da ANP, em Brasília, avalia a solicitação, que após análise autoriza ou não a sua comercialização do produto de origem mineral, vegetal ou sintética, em todo o território nacional (Portaria 131/99).
[1] Óleos vegetais de dezenas de espécies vegetais no Brasil, tais como amendoim, babaçu, dendê (palma), girassol, mamona, pinhão manso, soja e demais oleaginosas, gorduras animais (aves, suínos, bovinos, ovinos, entre outros), resíduos industriais e esgoto sanitário.
[2] Alguns destes insumos são triglicerídeos e outros são ácidos graxos.
[3] Motores a diesel.
[4] A molécula de óleo vegetal e animal é formada por três ésteres ligados a uma molécula de glicerina, o que faz dele um triglicídio.
[5] Pode ser o hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio.
[6] Quebra as moléculas do óleo formando uma mistura semelhante ao diesel de petróleo.
[7] Combina o óleo vegetal com álcool para a remoção da glicerina do óleo, deixando o óleo mais fino e reduzindo a sua viscosidade. O processo gera dois produtos, ésteres (o nome químico do biodiesel) e glicerina. A glicerina (produto valorizado no mercado de sabões) extraída pode ser utilizada na fabricação de sabonetes e diversos outros cosméticos, com também, na composição do material utilizado como lubrificante nas pontas das perfuratrizes de petróleo. Cerca de 20% de uma molécula de óleo vegetal é formada por glicerina. A glicerina torna o óleo mais denso e viscoso.
Materias Relacionadas:
Biodiesel - A lavoura é a salvação
Motivações para o uso de biodiesel
H-Bio
O processo de HDT (Hydrotreating ou Hidrotratamento) de Diesel (H-Bio), consiste fundamentalmente em uma reação catalítica entre o hidrogênio (produzido nas refinarias nas unidades de reforma à vapor) e frações de diesel geradas nas colunas de destilação, no coqueamento retardado e no craqueamento catalítico do gasóleo. Estas frações de diesel contêm em sua estrutura teores excessivos de enxofre, nitrogênio, oxigênio e aromáticos. Esses elementos são removidos no processo de H.
ü O processo de remoção de enxofre é chamado de HDS (Hydrodesulfurization).
ü O processo de remoção de nitrogênio é chamado de HDN (Hydrodenitrogenation).
ü O processo de remoção de aromáticos é chamado de HDA (Hydrodearomatization).
ü O processo de remoção de oxigênio é chamado de HDO (Hydrodeoxygenation).
O novo combustível H-BIO é gerado num processo de HDO.
Os óleos vegetais não possuem nitrogênio, enxofre, nem aromáticos. Todavia possuem 6 átomos de oxigênio em cada molécula. A alimentação dos óleos vegetais em contato com hidrogênio na presença de um catalisador em um reator com pressão de 70 atm e temperatura superior a 300ºC “arranca” os átomos e oxigênio sob a forma de água, gerando hidrocarbonetos na faixa do diesel (hexadecano e octadecano) além de propano gerado a partir da glicerina dos óleos vegetais. Para cada tonelada de óleo vegetal, obtém-se no máximo, 850 kg de H-BIO (rendimento de 85%). Para cada tonelada de H-BIO consome-se cerca de 27 kg de Hidrogênio. (Preço do Hidrogênio: US$ 2.500/tonelada).
A Petrobrás inaugurou sua primeira unidade de HDT em 1998, na Refinaria Presidente Bernardes, Cubatão-SP. Atualmente, existem unidades de HDT na REDUC-RJ, REPLAN-SP, REVAP-SP, REPAR-PR, REFAP-RS e REGAP-MG. A atual capacidade instalada de HDT no Brasil corresponde a 36% do diesel consumido no Brasil, ou seja, cerca de 64% do diesel produzido no Brasil não passa pelo processo de HDT. Como o HDT é extremamente eficiente, um produto de HDT bastante puro é misturado com diesel que não passa pelo HDT. Desse modo, gera-se o diesel que se consome hoje no país.
Obviamente, não se processa todo o diesel no HDT por uma questão econômica (investimento e custos operacionais). Mesmo nos EUA não se processa todo o diesel no HDT (73% processados por HDT). Uma unidade completa de HDT custa entre US$ 200 e 250 milhões produzindo entre 3 e 5 milhões de litros de diesel/dia. Algumas unidades de HDT desse porte são oferecidas a US$ 100 milhões. Porém, trata-se de preço ISBL (Inside Battery Limits), ou seja, sem utilidades, estrutura, unidades de apoio, geração de hidrogênio, etc.
A tecnologia implica acrescentar, em princípio, 10%, podendo chegar até 18%, do produto verde ao material fóssil para a obtenção de um combustível com as mesmas especificações do diesel comercializado hoje.
A empresa apresentou um organograma de criação dividido em duas etapas:
I. Curto prazo (2007): Uso de 10% de óleo vegetal em duas refinarias, o que equivalente a 256 mil metros cúbicos por ano (9,4% do óleo de soja exportado); a chegada do produto de origem vegetal possibilitará a redução de 15% do diesel importado pela Petrobrás, trazendo uma economia de US$ 145 milhões por ano aos cofres da companhia.
II. Médio prazo (2008/2009): uso de 5% de óleo vegetal em cinco refinarias, o equivalente a 425 mil metros cúbicos por ano (15,5% do óleo de soja exportado) óleo diesel, segundo cálculos.
Pontos Positivos:
· Pouca influência da qualidade e procedência do óleo vegetal no processo;
· Não geração de resíduos a serem descartados;
· Melhoria na qualidade do óleo diesel;
· Complementa o programa de utilização de biomassa gerando benefícios ambientais e de inclusão social;
· Perspectiva de minimização de testes veiculares, sem impacto na carga laboratorial;
· Requisitos normais de manuseio e estocagem;
· Flexibilidade na composição da carga do HDT e otimização do pool de diesel;
· Melhora a qualidade do diesel com a redução de poluentes dos veículos a diesel;
· Reduz a dependência energética externa do País;
· Tem um custo de produção menor, por não utilizar diesel importado, hoje cotado a US$ 90 o barril;
· Permite o óleo vegetal de diversas origens;
· Cria empregos no campo e na indústria de oleaginosas (O Estado de S.Paulo, 20/5/06).
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Em termos ambientais, apesar da utilização de fontes renováveis (óleo vegetal), o H-BIO não é capaz de reduzir as emissões de monóxido de carbono (CO) e material particulado. Esses compostos constituem a chamada “fumaça negra” dos veículos diesel. O biodiesel promove a redução dessas emissões por conter oxigênio em sua estrutura (éster). Esse oxigênio intramolecular promove a combustão completa. Tanto CO quanto os particulados são gerados por combustão incompleta (falta de oxigênio). Isso não ocorre com o H-BIO que não possui oxigênio na estrutura (hidrocarboneto), não podendo assim promover uma combustão mais completa.
Do ponto de vista mecânico, os átomos de oxigênio do biodiesel promovem um aumento de lubricidade, e conseqüentemente da vida útil de peças do motor diesel. Dados dos fabricantes de auto peças atestam que 2% de biodiesel adicionados ao diesel aumentam em cerca de 50% a lubricidade do combustível. Já o H-BIO não possui enxofre (como o biodiesel) nem oxigênio. Esse déficit dos elementos enxofre + oxigênio faz com que o H-BIO tenha lubricidade menor que o diesel.
Como conclusão, podemos dizer que o H-BIO só é viável para grandes refinarias de petróleo que já possuem unidades de HDT com capacidade ociosa e que processem óleos e gorduras mais baratas que o petróleo. Para produtores de óleos vegetais é inviável a instalação de plantas de HDT para produção de H-BIO.
Apesar de, no modelo de negócio do H-BIO, o produtor de grãos e óleos vegetais limitar-se a ser apenas um fornecedor de matéria-prima, sem possibilidades de agregar valor a seu produto. No agronegócio, a tecnologia cria um novo mercado para a soja. Embora outras oleaginosas como girassol, dendê e mamona possam ser utilizadas no H-Bio. Porém, o processo demanda uma escala que, por enquanto, só a soja atende à demanda inicial da Petrobrás de 256 mil metros cúbicos de óleo vegetal, representando um consumo de cerca de 2% da área plantada de soja do Brasil para viabilizar o H-Bio. Hoje, o País exporta mais da metade da produção nacional, na casa dos 53 milhões de toneladas, de acordo com a última estimativa da Conab. Logo, a expectativa é que essa nova demanda interna acabe por desviar uma parcela do grão que seria exportado para ser consumido em forma de óleo. Tornando-se uma opção local para fortalecer a industrialização de soja, melhorando a renda do produtor agrícola.
Já no caso do biodiesel a proposta é o “upgrade” dos óleos e gorduras para a indústria oleoquímica através de um metil éster (biodiesel, propriamente dito) com valor de mercado de US$ 850/t, produto que, opcionalmente, é precursor de vários outros compostos como o metil éster sulfonado (US$ 1.500/t), álcoois graxos (US$ 2.500/t), entre outros produtos com valor de mercado bem superior ao óleo vegetal.
A Ministra Dilma Rousseff, em palestra proferida no auditório da Fecomércio no bairro do Flamengo no Rio de Janeiro, o H-Bio não fará concorrência com o programa do Biodiesel: “H-bio vai transformar a escala do biodiesel em um horizonte muito curto de tempo, na medida em que o pólo biocombustível vai ter um reforço bastante grande no uso do óleo vegetal. O H-bio será complementar ao biodiesel. O H-bio diminui o teor de enxofre. Aumenta o nível de catano. Porém, não altera a emissão de monóxido de carbono. Assim sendo a necessidade da mistura de H-bio com biodiesel, do ponto de vista ecológico, de controle de emissão de gases, permanece".
José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, em entrevista na revista DINHEIRO RURAL Edição nº 21: “A tecnologia do H-Bio, complementar ao biodiesel, permite um avanço na independência energética do País”.O fato é que com o H-Bio a Petrobrás adota de vez a bioenergia em sua matriz energética. “Agora, o Brasil terá duas rotas tecnológicas. E, quanto mais produzirmos H-Bio e biodiesel, menor será a importação do combustível derivado de petróleo”, diz Gabrielli. Pelas contas do presidente da Petrobrás, somando a produção de H-Bio e a adição obrigatória de 5% de biodiesel ao combustível tradicional a partir de 2013, o Brasil deverá reduzir em 50% as importações de diesel estrangeiro. “Esse não é um número nada desprezível”, diz Gabrielli. Ainda restam algumas pendências jurídicas em relação à novidade. A estatal vai discutir com a Agência Nacional de Petróleo se há a necessidade de o H-Bio receber o acréscimo compulsório de biodiesel – porcentagem que inicialmente será de 2% a partir de 2008 e só cinco anos depois chegará a 5%. Embora tecnicamente viável (a mistura de biodiesel e H-Bio seria feita na distribuidora), a medida se tornaria redundante. “Não faz sentido trazer biodiesel do Nordeste, juntar com o H-Bio e devolver o combustível para o Nordeste”, diz Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento. Na prática, as duas rotas tecnológicas vão acabar dividindo o País da agroenergia. No Norte e Nordeste, haverá o biodiesel da agricultura familiar. No Sul e Sudeste, haverá o H-Bio do agronegócio. Graças à Petrobrás.”