quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MDA lança cartilha apresentando panorama do Programa Brasileiro de Biodiesel

"Dentro do próposito de dar cada vez mais transparência e promovendo as ações, a Agricultura Familiar e o Desenvolvimento Regional, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) apresenta uma cartilha sobre o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) com informações compiladas até 2010. A publicação traz uma série de dados que demonstram tanto a eficácia das ações quanto as necessidades de ajustes e avanços. O objetivo da divulgação é ampliar ainda mais o acesso a esta política de inclusão social e de geração de renda no campo.

O programa existe desde 2004 e vem registrando importantes avanços no que diz respeito à inclusão social, geração de emprego e distribuição de renda. O valor de aquisições da Agricultura familiar de 2010, por exemplo, representam aproximadamente 26% de todo montante de matéria prima adquirido por empresas detentoras do Selo Combustivel Social, ou seja, R$ 4,043 bilhões.

A participação da agricultura familiar no PNPB praticamente dobrou de 2009 para o ano seguinte, quando ultrapassou a faixa de 100 mil famílias participantes. O saldo também foi positivo no número de cooperativas da agricultura familiar e na quantidade depolosde Biodiesel.

Além dos números, a cartilha contextualiza oque é o programa, suas vantagens, suas diretrizes trabalho, formas de participação das Famílias do campo e das Cooperativas, as vantagens do Selo Combustível Social, as obrigações do produtor de biodiesel,fomento a produção e diversificação das oleaginosas, bem como a evolução da produção comercializada pela Agricultura Familiar. O MDA também disponibilizou uma seção em seu sítio na WEB onde são publicados informações atualizadas sobre a execução e a evolução do PNPB, confira no endereço: www.mda.gov.br. Essa transparência é um exemplo a ser seguido."

ou na figura.


Comunicação Social Ubrabio

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Biodiesel: Uso da Glicerina

Tecnologia desenvolvida em Minas Gerais usa a sobra de uma substânica gerada no processo de fabricação do etanol para conter poeira produzida no transporte do minério de ferro

Belo Horizonte — Com aplicações variadas, entre as quais cobrir vagões de trem e caminhões que transportam minério de ferro, um produto tem chamado a atenção no poderoso mercado de mineração. Trata-se de um líquido feito a partir da glicerina impura descartada do biodiesel, que é despejado nos vagões carregados. Em contato com a água, o produto cria uma fina camada sobre o minério. “Assim, ele evita que o material particulado durante a armazenagem e o transporte se espalhe e cause um outro problema ambiental, a poeira”, explica Rochel Lopes, professor da Universidade Federal de Minas Gerais e um dos pesquisadores à frente de projetos de tecnologia limpa.

O supressor de poeira já gerou duas patentes para Minas Gerais, uma da UFMG e a outra da Verti. Como Rochel Lopes destaca, o produto também minimiza um contrassenso presente na cadeia de biodiesel. É que, embora seja uma das tecnologias verdes mais usadas no Brasil, a produção do biodiesel gera, inevitavelmente, o rejeito da glicerina. Para cada 100 litros de óleo, são extraídos 10 litros de glicerina, normalmente descartados. Como o aumento da produção desse tipo de combustível é uma das metas estratégicas para o Brasil — e, portanto, a produção tende a aumentar —, a quantidade de rejeitos deve subir. Surge, assim, um outro problema ambiental: o que fazer com a glicerina que sobra do biodiesel?

De acordo com Euler Santos, diretor executivo da Verti, o uso dos supressores de poeira é comum entre as mineradoras. Atualmente, porém, as soluções usadas no país são importadas da China. Segundo ele, o desenvolvimento industrial dos supressores em território nacional pode gerar uma economia de até 50% no valor final. “É um produto verde, feito de matéria-prima renovável; tem potencial para ser mais barato e dá destino final e sustentável para um problema estratégico do Brasil, que é o biodiesel”, diz. O uso da glicerina para a produção de supressores de poeira garantiu à Verti, em 2009, um prêmio nacional entregue pela Associação Brasileira da Indústria Química.

Referência internacional como estado minerador, com o crescimento das chamadas tecnologias verdes, Minas Gerais quer trocar definitivamente a má fama do passado, de extrator poluente, para se transformar em potência em relação à pesquisa e ao uso de tecnologias limpas. Entre 30 de agosto e 1º de setembro, a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (Sectes), em parceria com o Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), a Federação das Indústrias de Minas Gerais e o Centro Universitário Una, realizará o I Workshop Internacional em Tecnologias Limpas. Em outubro, será a vez de o tema energias limpas ganhar destaque durante a Feira de Inovação Tecnológica, a Inovatec.


“Minas Gerais quer ser um estado com vocação para as tecnologias verdes. Temos tido várias reuniões com a Secretaria, a Fundação Dom Cabral, a Fapemig e outras instituições. A ideia é pensar o estado estrategicamente, para que ele seja uma potência nesta área”, conta Rochel Lopes.

No campo

Além do uso da glicerina na fabricação dos supressores de poeira, o rejeito descartado depois da produção de biodiesel pode ser usado na agricultura. Uma nova pesquisa desenvolvida pela Verti, em fase inicial de aplicação pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), no Sul de Minas, testa o uso da substância para a produção de encapsulantes de fertilizantes. “Os micro e os macronutrientes ficam encapsulados e são liberados de maneira gradual, à medida que a cápsula se degrada”, detalha Euler Santos. Segundo ele, os encapsulantes de fertilizantes existem no mercado internacional, mas, devido ao alto custo, ainda não são usados em larga escala pelos agricultores brasileiros.

Produção limpa

O chuveiro que esquenta com a luz solar ou o carro abastecido com etanol são alguns exemplos da mudança constante que vem ocorrendo na indústria devido a tecnologias que buscam poluir menos o meio ambiente. “Quando usamos o termo ‘tecnologias limpas’, nos referimos a qualquer tipo de técnica que, no fim das contas, terá um efeito benéfico para o meio ambiente, seja no sentido de gerar menos perdas ou no de transformar substâncias poluentes”, define o doutor em química e professor da Universidade Federal de Minas Gerais Rochel Lopes.

Fonte:

Carolina Braga

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 17/12/07

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tecpar e UFPR desenvolvem novo método para controle de mistura em combustíveis

Um método que permite verificar qual a percentagem da mistura de biodiesel em óleo diesel, desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e dois professores do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), está em processo de reconhecimento de patente nacional e internacional e poderá ser referência para o controle do combustível.

A principal vantagem desse método, que basicamente consiste na análise das variações decorrentes da emissão de radiação infravermelha no combustível, é que ele é bastante simples e pode ser utilizado em equipamentos portáteis, facilitando o trabalho de fiscalização nos postos de combustíveis. A partir do momento em que a pesquisa foi publicada no exterior, posteriormente aos pedidos de patente no Brasil e nos Estados Unidos, o método ganhou visibilidade internacional.

O processo da patente WO/2009/009843, publicada pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês) no início de 2009, ainda não foi concluído. No Brasil há um pedido de prioridade para agilizar o trâmite.

Essa tecnologia, desenvolvida pelo pesquisador do Tecpar Bill Jorge Costa e pelo colaborador Marcelo Aliske, com os professores da UFPR Wanderley Veiga e Cyro Ketzer Saul, ganha cada vez mais relevância no Brasil – especialmente a partir da aprovação da lei federal 11.097, que obriga a adição de 5% de biodiesel no óleo diesel puro até 2013. O físico Marcelo Aliske foi aluno do curso de especialização em sensores do Departamento de Física da UFPR, realizado com apoio do Tecpar, entre 2005 e 2006, período do desenvolvimento da pesquisa.

O trabalho foi apresentado ao diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, em uma reunião que contou com a participação dos pesquisadores das duas instituições que desenvolveram o método, além do diretor técnico do instituto, Guilherme Zemke, e assessores. Felix manifestou satisfação em ter mais uma tecnologia do Tecpar como referência. “É um método comprovadamente eficaz que pode simplificar e unificar o trabalho de identificação do percentual de mistura do biodiesel no Brasil”, afirmou ele.

Também foi discutida a possibilidade de ser desenvolvido um equipamento portátil de medição de mistura de biodiesel utilizando esse método, e o projeto foi apresentado para a Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), que é vinculada ao Tecpar.

Fonte: Agência de Noticias

Pinhão-manso na alimentação animal

A Embrapa Agroenergia de Brasília identifica variedade de Pinhão-manso (Jatropha curcas) atóxica que pode ser utilizada na alimentação animal.

A pesquisa com os testes da variedade de pinhão-manso começa no campo experimental, passa pelo laboratório e termina na fazenda da Universidade de Brasília.

A torta produzida a partir da variedade atóxica foi usada na preparação de rações em substituição ao farelo de soja e os animais apresentaram ganhos de peso e qualidade de carcaça.

Os projetos da Embrapa Agroenergia seguem duas linhas para viabilizar o uso da torta de pinhão-manso: encontrar materiais genéticos em que a toxina não esteja presente e usar processos industriais na destoxificação da torta.

O pinhão-manso é uma espécie bastante pesquisada em todo o mundo pelo que apresenta como alternativa na produção de biodiesel.

A torta, que é o resíduo da extração do óleo (62% do peso ), não podia ser usada na alimentação de animais devido à presença de substancia tóxicas. Com este novo processo industrial a torta dessa oleaginosa pode ser utilizada em rações, o que aumenta o potencial da cultura. Para a cadeia do biodiesel ser sustentável é preciso utilizar todas as partes da planta, tanto o óleo quanto os subprodutos gerados.

Segundo o diretor da Nòvabra Energia, Pedro C. Burnier, com a destoxificação da torta a empresa poderá no futuro próximo aumentar significativamente o preço do grão pago ao produtor uma vez que este subproduto passa a ter um grande valor agregado. O processo de destoxificacao esta em fase de finalização .

Vale destacar que aqui no Espírito Santo, 480 produtores participam de programa de fomento do pinhão-manso e a meta da empresa é que esse número chegue a 5.000 participantes em 25 municípios da região norte e noroeste do Espírito Santo além do Leste de Minas.

Além disso, no Polo do Pinhão-manso, localizado em Colatina, onde será construída a indústria de extração do óleo da semente do pinhão, a indústrira terá capacidade de produzir 50 mil toneladas de óleo por ano, processando 150 mil toneladas de grãos de pinhão.

Fonte: Aqui

Veja ainda:


  1. Materias-Primas para a fabricação de Biodiesel, no Brasil e no Mundo


  2. Outras Potenciais Matérias-Primas

Biodiesel de Camelina sativa nas alturas

Cargueiro faz primeiro voo transatlântico com biocombustível de óleo de Camelina sativa. A Aeronave é uma das estrelas do Salão da Aeronáutica Le Bourget, que começou nesta segunda-feira com negociações bilionárias.


Em tempos de subida do preço do petróleo, as atenções viram-se para os combustíveis alternativos, no Paris Air Show 2011.

A Boeing afirmou nesta segunda-feira (20) que seu cargueiro 747-8 fez o primeiro voo transatlântico de uma aeronave comercial de grande porte com biocombustível. O avião, na viagem entre Seattle e Le Bourget, teve suas quatro turbinas movidas por uma mistura de 15% de óleo feito a base de Camelina (Camelina sativa) e 85% de querosene para aviação.

De acordo com a fabricante, este óleo pode ser usado como um substituto para o querosene para aviação, sem que sejam necessárias modificações do motor. Nenhuma modificação foi feita nas turbinas para a viagem com biocombustível. O cargueiro chegou ao aeroporto de Le Bourget às 17h35 (horário local), nas proximidades de Paris, onde participa de uma feira de aviação junto a outros modelos da marca e de outros gigantes da aviação mundial.

Outros combustíveis alternativos utilizam algas e até mesmo resíduos industrais, como explica Robert Sturtz, representante das companhias aéreas americanas. “A beleza dos combustíveis renováveis é que é uma oportunidade para usar resíduos, até mesmo os industriais. O dióxido de carbono emitido por um grande número de fábricas siderúrgicas pode muito bem ser uma fonte de combustível para aviões”.

A versão de carga do 747-8 é o quarto de cinco modelos comerciais da Boeing que ficarão no evento para visitação. Na quarta-feira, o avião voará para a sede da Cardolux, em Luxemburgo. A empresa receberá o primeiro modelo do tipo no segundo semestre.

O avião “Solar Impulse” chegou a Paris apenas com energia solar. O aparelho de Bertrand Piccard e André Borschberg está a preparar-se para dar a volta ao mundo em 2014.

Mas será que está destinado a ficar na lista das grandes experiências ou será que a tecnologia vai mesmo ser utilizada no setor dos transportes? “Penso que todas as tecnologias usadas no “Solar Impulse” poderão ser rapidamente utilizadas nas viaturas, nas casas, nos aquecedores, nas iluminações, se houver uma vontade política de o fazer. Será necessário mais tempo para que isso possa permitir aos aviões transportar passageiros”, responde Piccard.

Portugal apresentou uma proposta para o futuro da aviação executiva, numa simbiose entre natureza e tecnologia. No interior do aparelho são usados a cortiça e o couro, uma iluminação intuitiva, fibras óticas e LED, ecrãs táteis e um conceito de tecnologia invisível.

Fonte: Fontes Diversas

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Unidades produtivas de biodiesel recebem Selo Combustível Social

O Selo Combustível Social é atribuído a empresas de biocombustíveis que promovem a inclusão social da agricultura familiar na cadeia produtiva.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), através da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), concede o Selo Combustível Social à Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais de Feliz Natal (Cooperfeliz), do município de Feliz Natal (MT), e à Empresa Bio Óleo Indústria e Comércio de Biocombustíveis Ltda, da cidade de Cuiabá (MT). A concessão foi publicada no Diário Oficial da União, nesta segunda, dia 16.

Com isso, já são 36 indústrias que possuem o Selo, concedido pelo Ministério às empresas de biocombustíveis que promovem a inclusão social da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel. Somente neste ano, o MDA já concedeu o Selo Combustível Social a cinco novas empresas.

Para o coordenador de biocombustíveis da SAF/MDA, Marco Antônio Leite, o Selo garante a participação dos representantes da agricultura familiar em todas as negociações de preços, condições de entrega, assistência técnica, bonificações, entre outras. Segundo o coordenador, o selo cria melhores condições de comercialização e, por consequência, de renda para os agricultores familiares.

Perfil

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a unidade industrial da Cooperfeliz possui uma capacidade de produção de 2,4 milhões de litros de biodiesel por ano e a empresa Bio Óleo possui uma capacidade de produção de 3,6 milhões. As principais fontes de matéria prima para a produção de biodiesel são o óleo de soja, o óleo de algodão e a gordura animal (sebo bovino).

A Cooperfeliz e a Bio Óleo estabeleceram arranjos produtivos com agricultores familiares, nos municípios mato-grossenses de Vera e Feliz Natal. Além disso, as duas garantiram assistência técnica aos agricultores inseridos em seus arranjos produtivos.

Fonte:

Empresas Detentoras do Selo Combustível Social

Brasil aposta na produção de biocombustíveis através de cana de açúcar

Depois da soja, mamona e amendoim, o Brasil aposta agora na produção de biodiesel através de cana de açúcar. Testes realizados pela Universidade de São Paulo concluíram que a cana-de-açúcar pode alcançar uma produtividade de 4 000 litros de biodiesel por hectare, um número exponencialmente maior do que os 300 litros por hectares conseguidos através da soja, por exemplo.

A cana-de-açúcar é plantada em vários estados brasileiros, estimando-se em 5,5 milhões de hectares a área colhida em 2004 . São Paulo é o maior produtor nacional, com cerca de 60 por cento do total.

Durante quase meio século, o Brasil desenvolveu pesquisas sobre biocombustível, promoveu iniciativas para usos em testes e foi um dos pioneiros ao registar a primeira patente sobre o processo de produção de combustível, em 1980.

Em 2004, o Presidente Lula da Silva lançou oficialmente o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), que veio organizar a cadeia produtiva, definir as linhas de financiamento, estruturar a base tecnológica e criar a regulação.

Para estimular o processo, o executivo lançou o Selo Combustível Social, um conjunto de medidas cujo objectivo é estimular a inclusão social da agricultura na cadeia produtiva , através do acesso a melhores condições de financiamento.

Só em 2004/2005 foram gastos 16 milhões de reais (cerca de 7 milhões de euros) dos fundos sectoriais geridos pelo Ministério de Ciência e Tecnologia no desenvolvimento de pesquisas na área do biocombustível e os processo de produção industrial. Deste esforço nasceu a Rede
Brasileira de Tecnologia de Biodiesel , constituída por 23 universidades do País, instituições como o Centro de Pesquisas da Petrobras, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o Pólo Nacional de Biocombustíveis.

Fonte:

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Biodiesel não é determinate para aumento no peço do Diesel

O aumento do preço do biodiesel tem sido apontado como provocador da alta dos preços do diesel, que neste mês está, no mínimo, 2% mais caro para os consumidores.

A elevação, contudo, não deve continuar, segundo avalia o presidente da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes), Paulo Soares. “Os preços do óleo devem ficar estáveis este ano”, afirma. Embora o aumento da mistura de 4% para 5% de biodiesel no diesel contribua para esse aumento, ele não é determinante.

Ou seja, apesar de apontado como o fator decisivo, o aumento do preço do biocombustível, não pode ser apontado como unico fator para esse aumento, diga-se de passagem, exagerado.

A elevação, para Soares, não deveria ser repassada. Isso porque, no primeiro leilão de biodiesel da ANP (Agência Nacional de Petróleo), ocorrido em janeiro do ano passado, o combustível foi vendido a R$ 2,32 o litro. No leilão de agosto, houve queda no preço, para R$ 1,70. “Quando o preço caiu, o correto seria as distribuidoras repassarem essa queda aos postos, mas elas absorveram essa redução”, afirma Soares.

No último leilão da ANP do ano passado, contudo, o preço do litro do biodiesel voltou a R$ 2,30. Quando as distribuidoras recebem o combustível, elas misturam ao diesel, na proporção de 5%. Dessa vez, porém, elas repassaram o aumento aos postos, que agora vendem diesel aos consumidores ao menos 2% mais caro.

Vemos, portanto, que o aumento do preço do Diesel esta muito mais relacionado a margem de lucro das distribuidoras do que propiamente pelo aumento do preço do biocombustivel
Preços

Dados da ANP mostram que, da semana encerrada no dia 25 de dezembro até a semana terminada no último dia 15, o preço do litro do diesel registrou um aumento de 0,4%, ao passar de R$ 1,983 para R$ 1,991, em média, no País. Esses valores devem registrar maiores aumentos nas próximas semanas.

Considerando os estados, no período, a maior alta ficou com o Rio Grande do Norte, cujo litro do diesel passou de R$ 1,960 para R$ 1,977 – uma elevação de 0,86%. Em São Paulo, os consumidores encontraram, até a última semana, o valor do litro ficou 0,85% mais caro, em média, de R$ 1,999, contra R$ 1,982. No Rio de Janeiro, a alta foi de 0,76%, com o litro do diesel passando de R$ 1,982 para R$ 1,997.

Sergipe, por outro lado, registrou a maior queda no período, de 0,9%. O preço do combustível passou de R$ 1,999 para R$ 1,981. Além dele, apenas outros quatro estados, dos 25 estados analisados, mais o Distrito Federal, apresentaram queda: Ceará (-0,15%), Paraíba (-0,1%), Pernambuco (-0,2%) e Santa Catarina (-0,1%). Outros seis estados registraram estabilidade.

Projeto Biodiesel Osasco chega a 100 mil litros de óleo coletado

Implantado em 2008 pela Secretaria de Meio Ambiente de Osasco, sob a coordenação do secretário Carlos Marx Alves, o projeto Biodiesel Osasco acaba de bater a marca de coleta de 100 mil litros de óleo de cozinha usados, impedindo, assim, a contaminação de rios, córregos e do aterro sanitário por meio do descarte incorreto do fluido em pias, sacolas e vasos sanitários. (clique na imagem)

Captados em mais de 800 pontos de coleta na cidade, os 100 mil litros de óleo de cozinha foram encaminhados para a produção de biodiesel na usina da Cooperativa Remodela, localizada em Campinas.

Por meio do projeto Biodiesel Osasco, o óleo de cozinha coletado é transformado em biodiesel, deixando de poluir o meio ambiente, além de contribuir com o desenvolvimento do Brasil no que se refere à produção de biocombustíveis, um combustível mais limpo ambientalmente, com menor emissão de poluentes.

De acordo com o secretário Carlos Marx Alves, o objetivo do projeto é disseminar a responsabilidade de cada cidadão, de modo que todos entendam a importância de suas ações individuais para reverter o processo de degradação ambiental. “Aos poucos estamos chegando a grandes resultados e temos a convicção de que este projeto, somado a todas as ações globais a favor do meio ambiente, trará impactos positivos ao planeta”, afirma.

Desde a implantação do projeto, a cidade de Osasco conta com uma equipe de palestrantes, coletores e gestores que se uniram com o objetivo de conscientizar a população sobre a degradação ambiental causada pelas ações sem planejamento do homem, como a grande poluição dos recursos hídricos, solo e ar, e também sobre as formas de se combater esse problema, incluindo o projeto Biodiesel.

Para estimular a participação da sociedade na campanha, a secretaria também oferece 10 litros de água sanitária ou de detergente, ou ainda 5 litros de óleo de cozinha novo, a cada doação de 50 litros de óleo de cozinha usado.

Dentre os 813 pontos de coleta na cidade estão os instalados em empresas parcerias, como o Osasco Plaza Shopping, Indústrias Anhambi, Hotel Vollare, Belgo Bekaaert e Supermercado Sena.

Em 2010, alunos de escolas municipais, estaduais e particulares também contribuíram com o projeto por meio da “GinKana Interescolar do Projeto Biodiesel”. Entre o 1º e 2º semestre, período em que foram realizadas as gincanas, foram coletados mais de 11 mil litros de óleo. Atualmente, a média mensal, considerando todos os pontos de coleta (escolas, restaurantes, empresas privadas etc) é de aproximadamente 5 mil litros.

Voluntários interessados em participar do projeto, estudantes e a sociedade em geral podem obter informações pelo telefone 3652 9041, pelo e-mail sema@osasco.sp.gov.br, ou ainda pelo site www.osasco.sp.gov.br/bio.

Fonte:

Biodiesel na Argentina

A demanda por biodiesel da Argentina deve superar a oferta ao fim deste ano, com a adoção do B10 no segundo semestre e uso em geração de energia. A estimativa é que haja uma demanda de 3,25 milhões de t e oferta de 3,071 milhões de t. O déficit de 179 mil t de biodiesel terá de ser importado. As informações são de relatório da Câmara Argentina de Energias Renováveis.

A capacidade instalada deve fecha RO ano em 3,084 milhões de t, crescimento de 24% quando comparado com 2010.

Duas companhias serão as responsáveis pelo aumento da capacidade do país vizinho. A companhia americana Cargill anunciou recentemente que pretende construir uma planta de biodiesel na província de Santa Fé com capacidade de produzir 240mil t/ano do biocombustível. A Unec Bio pretende instalar, também na província de Santa Fé, uma planta com capacidade de produzir 220 mil t/ano.

Em julho do ano passado, a Argentina aumentou a concentração de biodiesel presente no diesel mineral para 7% (B7). A adoção do B7 consumiu 1,073 milhão de t de biodiesel em 2010, 43% na produção do país. Mais da metade da produção (51%) foi destinada à exportação, enquanto a cogeração de energia consumiu 150 mil t (8%).

Fonte:

sábado, 3 de julho de 2010

Embrapa e Novozymes fazem parceria em estudos para agroenergia

Parceria vai buscar enzimas e microrganismos para agroenergia


A Embrapa e a Novozymes discutiram diversos temas para efetivar parcerias de modo a executar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em agroenergia. Foram discutidas várias possibilidades de atuação conjunta das empresas, realizando projetos de exploração de novas fontes de enzimas e de microrganismos e identificando aplicações em diferentes aspectos da produção de alimentos, fibras e biocombustíveis.

A reunião ocorreu na Embrapa Agroenergia e, por parte dessa Unidade, estiveram presentes o Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Esdras Sundfeld, o Chefe de Comunicação e Negócios, José Manuel Cabral e uma equipe de pesquisadores que trabalham em diferentes aspectos da produção de etanol e de biodiesel. Por parte da Novozymes, participaram o Presidente Regional para América Latina, Pedro Luiz Fernandes, e Henrik Bisgaard-Frentzen e Tomas Sorensen, respectivamente Diretor Geral e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da corporação mundial.

Em relação aos biocombustíveis, Esdras Sundfeld ressaltou que a Embrapa trabalha em toda a cadeia de investigação, desde aspectos da genômica e proteômica das matérias-primas e microrganismos, até aos processos de produção de etanol e biodiesel e de agregação de valor aos coprodutos e resíduos. “Como a Novozymes tem vários interesses, a parceria proposta poderá se beneficiar da diversidade de Centros de Pesquisa da Embrapa, em que muitas facilidades de trabalhos em laboratórios e em campos experimentais já estão instalados”, observou.

Os próximos passos para a cooperação entre as empresas será a definição, por parte da Novozymes de alguns assuntos prioritários para cooperação. A partir daí, serão realizadas reuniões técnicas entre as equipes de pesquisa das empresas, para definir projetos conjuntos, que poderão ser realizados no Brasil ou em outros países, dependendo da disponibilidade de infraestrutura e pessoal qualificado.

Em termos globais, a Novozymes é a empresa líder no campo de enzimas industriais e microrganismos, com participação de 47% do mercado mundial. Tem cerca de 700 produtos, vendidos em 130 países para aplicações em laboratórios, nas indústrias de detergentes, têxteis, alimentos e rações. Com um total de 5.200 empregados, tem fábricas na Dinamarca, Estados Unidos, China e Brasil e em 2009 obteve um volume de vendas de US $ 1,5 bilhão. No Brasil, a sede da empresa, os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento e as instalações industriais estão situados no Distrito Industrial de Araucária, no Paraná, empregando 180 funcionários.

De acordo com Pedro Fernandes, a base para todas as pesquisas da empresa é o estudo de processos biológicos. “O uso de microrganismos e enzimas se tornará mais e mais difundido com o aumento da consciência global da necessidade de preservação dos recursos naturais e respeito por nosso meio ambiente”, destacou o Presidente Regional da Novozymes durante a reunião.

Fonte: Agora MS

Biodiesel ainda esta só engatinhando

Apesar dos avanços obtidos no segmento de biodiesel nos últimos cinco anos, o Brasil ainda precisa superar obstáculos e trabalhar novas alternativas de matéria-prima para produção do combustível renovável. A preocupação com o futuro da produção de biodiesel é tema de um evento, que começou ontem e termina hoje em Ribeirão Preto, com a participação de 12 especialistas em agroenergia do País.

De acordo com o coordenador do evento, José Roberto Scarpellini, engenheiro agrônomo e pesquisador científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), entre as principais barreiras que a produção de biodiesel enfrenta hoje está definição de alternativas para a expansão nos volumes produzidos. “Para ampliar ainda mais a produção, precisamos trabalhar em matérias-primas e fomentar pesquisas nessa área. Não podemos ter uma produção de biodiesel centralizada em uma matéria-prima, como acontece hoje com a soja.”

Atualmente, segundo o pesquisador, cerca de 85% do biodiesel produzido no Brasil vem da soja. “Existe uma demanda muito grande pelo combustível, mas falta a ampliação da matéria-prima. Temos várias opções como o amendoim, milho e sorgo, mas ainda existem questões como a remuneração ao produtor, que, na maioria das vezes, é melhor se a produção for destinada à indústria de alimentos”, disse Scarpellini.

Para o professor da Universidade de São Paulo em Ribeirão (USP) Miguel Dabdoub, que participou ontem do evento, uma das grandes alternativas para a ampliação na produção de biodiesel, é a cana-de-açúcar. “Existem muitas matérias-primas para serem exploradas, mas o biodiesel resultante da reação química entre o álcool de cana e óleos vegetais também é uma alternativa interessante para o futuro.”

Segundo José Roberto Scarpellini, a evolução nas pesquisas desse tipo de matéria-prima faz com que a região de Ribeirão ganhe potencial na produção de biodiesel. “Por conta da força das usinas e do setor sucroalcooleiro existente aqui.”

Lavoura familiar pode ser a saída

A agricultura familiar também foi uma opção apontada por pesquisadores que participaram ontem do evento em Ribeirão, para o avanço na produção nacional de biodiesel. “Desenvolvemos um trabalho em todo o Estado com pequenos produtores familiares para o cultivo de sementes oleaginosas como o girasol, para que a produção de biodiesel tenha um avanço social também”, disse Dílson Rodrigues Cáceres, engenheiro agrônomo do Núcleo de Produção de Sementes da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). Segundo Cáceres, a produção de biodiesel em escala industrial teve início com o Programa Nacional de Produção de Biodiesel, pela Lei número 11.097, de 2005. “Em breve espaço de tempo, estamos com uma média de produção 1,6 bilhão de litros de biodiesel e satisfazendo a obrigatoriedade da adição de 4% de biodiesel ao diesel fóssil, por isso temos de ampliar as variedades cultivadas para a produção.”

Fonte:Gazeta de Ribeirão

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Concurso Petrobras Biocombustível - 2010

A Petrobras Biocombustível oferece 81 vagas imediatas e formação de cadastro de reserva para profissionais de níveis médio/técnico e superior. As remunerações variam de R$ 1,9 mil a R$ 5,6 mil. Inscrições de 26 de abril a 9 de maio. Provas previstas para 6 de junho. O concurso é organizado pela Cesgranrio.

Veja aqui o Edital do concurso

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bactérias para produzir biodiesel

A aposta no uso de microrganismos para melhorar a produção de biocombustíveis está em alta. Frequentemente surgem estudos com esse tema. O último reuniu pesquisadores de um ramo acadêmico inusitado para a área energética, como o Centro de Doenças Infecciosas e Vacinologia do Instituto de Biodesign da Universidade do Estado do Arizona. Eles desenvolveram uma cepa de cianobactéria, que possui cor azulada e capacidade de fazer fotossíntese, do gênero Synechocystis, para produzir ácidos graxos, substâncias gordurosas presentes em óleos, de soja, amendoim, dendê, que são a principal matéria-prima na produção de biodiesel. Os pesquisadores conseguiram retirar esses ácidos sem destruir a bactéria por meio da introdução de genes no DNA desses microrganismos para a produção de uma enzima chamada tioesterase. Ela facilita a secreção dos ácidos pela bactéria através da membrana celular. Os pesquisadores liderados pelo professor Xinyao Liu também introduziram modificações genéticas, ao longo de sucessivas gerações de cianobactérias, com adição de novos genes para provocar uma superprodução de ácidos graxos, além de eliminar estruturas celulares que não são essenciais para a sobrevivência da bactéria. O trabalho foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e os pesquisadores acreditam que as cianobactérias geneticamente modificadas são uma tecnologia promissora para a produção de biodiesel porque podem ser bem competitivas. Atualmente para produzir biodiesel é necessário cultivar plantas oleaginosas e depois fazer a extração do óleo por meio de solventes, além do alto gasto de energia elétrica.

Fonte:

sexta-feira, 9 de abril de 2010

CNPq recebe propostas para edital de apoio a cadeia produtiva do biodiesel

O CNPq está com as inscrições abertas até o dia 20 de maio para o edital 3/2010, que tem como objetivo apoiar projetos de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, mediante a seleção de propostas que visem ao desenvolvimento da cadeia produtiva do biodiesel. Os investimentos somam R$ 15 milhões, recurso proveniente do FNDCT/Fundos Setoriais.

A chamada contempla duas linhas de pesquisa. A primeira, Cadeia de Produção e Uso de Biodiesel, abrange as seguintes fases: produção e obtenção de matérias primas graxas; produção de biodiesel via rotas metílica e/ou etílica; caracterização e controle da qualidade do óleo e do biodiesel produzido e controle de processos de extração do óleo e obtenção dos mono-ésteres; estratégias e formas de armazenamento; e utilização de co-produtos das fases de obtenção de matéria prima, de extração do óleo e produção do biodiesel.

A segunda linha de pesquisa tem como foco a sustentabilidade ambiental, cujos projetos devem envolver uma das ações a seguir: recuperação de áreas degradadas com a utilização de culturas oleaginosas endêmicas e não convencionais como fonte de matéria prima para produção de biodiesel, envolvendo a extração do óleo e a utilização de co-produtos da fase agrícola; avaliação de impactos ambientais e estratégias de remediação ambiental; e análise do ciclo de vida de processos associados à produção de biodiesel.

O prazo de execução dos projetos é de 24 meses. Para participar, o proponente deve atender a alguns requisitos como possuir o título de doutor e ter seu currículo cadastrado na Plataforma Lattes; ter vínculo formal com a instituição de execução do projeto; ter experiência de pesquisa na área, o que será caracterizado pela autoria de patentes e/ou artigos científicos e tecnológicos publicados em periódicos indexados, entre outros.

O edital está disponível neste link.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Biodiesel - Curitiba mais uma vez sai na frente

A comissão de licitação do transporte coletivo de Curitiba abriu ontem os envelopes com as propostas de preços dos três consórcios que participam da seleção.

A licitação apresentou alguns avanços, principalmente na área técnica. Os três consórcios concorrentes se comprometeram a cumprir os índices máximos descritos no edital da licitação em termos de acessibilidade, motores modernos e uso de biocombustível, entre outros.

As empresas apresentaram que 75% dos ônibus terão motores Euro 3 e parte da frota contará com tanques de biocombustível (B100). A maioria dos veículos (80%) terá plataformas elevatórias e a velocidade média, para otimização da frota e do serviço, deve subir para 21 quilômetros por hora, contra os 16 quilômetros por hora atuais. Haverá ainda a redução na taxa de ocupação dos veículos. Os itens devem ser cumpridos em até 24 meses de vigência do contrato.

Mas o fator que talvez seja de maior destaque é a mudança na remuneração das empresas que vão operar o sistema. Atualmente, as empresas que possuem a permissão para o serviço recebem por quilômetro rodado.

Após a licitação, os repasses serão de acordo com a composição quilômetro rodado por passageiros pagantes. Isso significa que as empresas terão que trazer mais usuários para o sistema de transporte coletivo.

Fonte:

Fusão Shell-Cosan muda estratégia da Petrobras

Gabrielli, presidente da Petrobras, e Rossetto, que comanda a PBio, subsidiária de biocombustíveis.

Entrada de petroleiras estrangeiras na produção de álcool faz estatal preferir aquisição de usinas para crescer mais rápido.

Diante da ofensiva de empresas estrangeiras como a anglo-holandesa Shell no mercado brasileiro de etanol, a Petrobras Biocombustível (PBio) vai dar uma guinada na estratégia de negócios a partir deste ano, com maior agressividade na política de aquisições.

Uma fonte da companhia, subsidiária da Petrobras para etanol e biodiesel, afirma que a estratégia de crescer por meio da construção de novas usinas foi deixada em segundo plano.

"A chegada de uma grande concorrente, e já na liderança, está nos levando a focar as aquisições", diz a fonte, um alto executivo da PBio que prefere não se identificar.
A Shell e a Cosan fecharam em janeiro parceria por meio da qual vão transferir para uma nova companhia seus ativos de produção de etanol e açúcar e de distribuição de combustíveis no país.

O negócio incomodou a Petrobras. Na semana passada em São Paulo, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli deixou claro que vai disputar espaço no setor com a construção e a aquisição de empresas.

Guinada

O anúncio fez a PBio mudar de estratégia por vários motivos. Basicamente, a empresa entende que precisa crescer rápido e tomando oportunidades de grandes concorrentes do setor de petróleo, que começam a entrar no etanol.

Além da Shell e da Petrobras, a British Petroleum (BP) também está presente na produção de álcool no Brasil, com 50% da Tropical Bioenergia.

Era das petroleiras

No mercado de açúcar e álcool, fala-se na "era das petroleiras", com a expectativa de que novos investimentos cheguem ao setor. "Os biocombustíveis estão para as petroleiras como a ala das baianas está para as escolas de samba: não tem nada a ver com o enredo, mas quem não investir perde pontos", compara o diretor do Itaú BBA, Alexandre Figliolino. O executivo trabalha com fusões e aquisições de usinas.
Diante dessas perspectivas, as aquisições permitirão à PBio um crescimento mais rápido do que a construção de novas usinas, que leva no mínimo dois anos. É muito tempo, considerando a diferença entre as participações que Petrobras e Shell detêm no setor.

O único ativo da Petrobras em etanol é 40% na usina Total, de Bambuí (MG), pelo qual a estatal pagou R$ 150 milhões em dezembro de 2009. A Total tem capacidade de produzir 100 milhões de litros de álcool por ano, e crescerá para 200 milhões com os recursos da PBio.

Já a Shell ficará com uma participação de 50% das usinas da Cosan, que produzem 2 bilhões de litros de etanol por ano.

Mercado externo

Além disso, a fusão Cosan-Shell também afeta diretamente a estratégia de crescimento orgânico da Petrobras Biocombustível. Isso porque o plano de negócios prevê que o foco da estatal nas aquisições de usinas é o mercado interno.

Já a construção de novos projetos estaria voltada ao mercado externo, em sociedade com tradings e compradores internacionais.

Mas a força da rede de distribuição de combustíveis da Shell no mundo dá à joint venture com a Cosan uma capacidade imbatível de desenvolver mercados mundiais de etanol. Ficar esperando por parceiros para construir usinas perdeu o sentido, segundo a fonte da PBio.

Fonte: Brasil Econômico/Luiz Silveira e Ricardo Rêgo Monteiro

Ipea garate o futuro da produção de biocombustíveis

A diversidade de matérias-primas renováveis e o reaproveitamento de resíduos vão garantir o futuro dos biocombustíveis no Brasil, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As novas tecnologias, segundo o instituto, também vão contribuir para garantir o suprimento.

Ainda de acordo com o Ipea, a produção nacional de soja será capaz de atender a demanda crescente de biodiesel. O estudo alerta, no entanto, que se houver uma elevação de preço no mercado internacional, o mercado pode sofrer os mesmos problemas do açúcar e do álcool, com o desvio da produção para exportação e a falta de matéria-prima para produção de biodiesel localmente.

“É claro que, se os preços dos combustíveis fósseis retornarem aos patamares elevados do início deste século, o mercado de biocombustíveis será extremamente promissor, o que impulsionará o desenvolvimento de novos processos e tecnologias. O setor energético deve se preparar para a substituição da matriz energética e o setor agroindustrial exercerá papel importante nesta mudança”, diz o Ipea em nota.

Leia mais notícias de Economia e Negócios

A Inserção dos biocombustíveis na matriz energética brasileira á luz do princípio da precaução

Texto de final de curso de LARISSA TAVARES DE ALMEIDA

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Esalq e a Itesp têm projeto para produzir biodiesel de macaúba

Projeto inédito no país realizado em parceria entre a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e a Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) visa à produção de biodiesel a partir do óleo de macaúba.

De acordo com o professor responsável pelo Departamento de Ciências Florestais da Esalq, Paulo Kageyama, estudo preliminar realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) mostra que o fruto da palmeira produz entre 5 e 10 vezes mais óleo do que a soja por hectare. Além disso, a iniciativa pretende ajudar os agricultores familiares que vivem em mais de 100 assentamentos da região, contribuindo ainda para a recuperação ambiental de áreas degradadas.

Atualmente, 90% do biodiesel produzido no país é feito a partir do óleo extraído da soja. Com a macaúba, além do óleo para o combustível, Kageyama explicou que o produto também poderá ser utilizado para fins medicinais e na produção de cosméticos.

O projeto teve início há um ano e é financiado pelo MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário). Segundo o professor da Esalq, para iniciar uma plantação seria necessário esperar quatro anos para que a planta oferecesse o óleo. No entanto, na região nativa da espécie (Pontal do Paranapanema) já existe uma grande quantidade de plantação natural de macaúba que já permite a produção imediata do biodiesel. (Alessandra Santos)

Fonte: Jornal de Piracicaba

Leia a íntegra da reportagem na edição impressa do JP ou no JP Virtual