terça-feira, 30 de março de 2010

A Novozyme promove um "breakthrough" na hidrólise enzimática

Em 15 de fevereiro, a Novozyme, empresa de destaque na indústria de enzimas, anunciou que tinha chegado a uma redução no custo da enzima para produção do etanol de materiais celulósicos (Etanol Celulósico), levando-o para a faixa de 50 cents/ galão de etanol. Esse resultado permite atingir a famosa paridade com o etanol de milho americano – na faixa de US$ 2 / galão – que ainda é bem mais caro que o etanol brasileiro. Mas o que chama a atenção é a trajetória do progresso tecnológico. Não se deve esquecer que no final dos anos 90 o DOE “deu” US$ 15 milhões para a Novozyme tentar reduzir em 10 vezes o custo da enzima celulase. Isso foi feito em 3 ou 4 anos. Agora, é sobre essa base que a Novozyme anuncia ter conseguido uma redução adicional.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Brasil Ecodiesel reduz perdas em 2009

São Paulo, 23 mar (EFE).- A Brasil Ecodiesel, uma das líderes do mercado nacional na produção de biodiesel, reduziu suas perdas em 2009, com um saldo negativo de R$ 88,4 milhões, segundo dados da empresa. Este resultado se deve ao aumento de vendas de biodiesel nos leilões oficiais no segundo semestre de 2009.

A companhia, que passa por um processo de reestruturação financeira e de mudança estratégica, tinha registrado em 2008 um prejuízo de R$ 197,1 milhões. Esta reestruturação, no entanto, não foi suficiente para evitar um novo prejuízo anual que, no ano passado, fez a empresa recorrer a uma capitalização na Bolsa de Valores.
"A companhia viveu uma virada em 2009 e os números mostram a consolidação da reestruturação financeira e operacional", afirmou o diretor de Relacionamento com Investidores, Charles Mann de Toledo.

O balanço desfavorável foi influenciado por um impacto contábil negativo de R$ 63,7 milhões, produto de uma valorização de ativos e uma série de ajustes adotados pelo novo Conselho de Administração.

O ajuste do lucro bruto de exploração Ebitda (que mede os lucros antes de juros, taxas, impostos, depreciação e amortização) passou de R$ 58,6 milhões de reais negativos para R$ 45,8 milhões.

No ano passado, a empresa faturou R$ 404,9 milhões com a produção de 151,9 milhões de metros cúbicos do biocombustível, produzido de óleos de mamona e soja, entre outros.

A dívida de R$ 290,4 milhões, com o ajuste de disponibilidade e aplicações, passou a gerar um caixa líquido de R$ 37,2 milhões, segundo a empresa.

Com o novo direcionamento estratégico, duas usinas no Nordeste chegaram a ser desativadas, possibilitando reduzir ainda mais o prejuízo, para R$ 11,89 milhões.
No entanto, o MDA suspendeu o Selo Combustível Social da companhia no início do mês. Sem a certificação, a empresa não pode participar dos leilões da ANP voltados para o biodiesel produzido pela agricultura familiar.
A Brasil Ecodiesel é a principal fornecedora de biodiesel para a Petrobras.

Fonte: Fontes Diversas

terça-feira, 23 de março de 2010

Energia limpa não pode ser só retórica, afirma especialista

22/03/10 - "Hoje, fala-se muito sobre energia renovável, mas não se faz muito". Na opinião de Aldo Vieira da Rosa, 92, professor de engenharia da Universidade Stanford, na Califórnia, esse é um dos problemas impedindo o avanço das tecnologias que podem ajudar a substituir o uso combustíveis fósseis que alimenta o aquecimento global. Autor de um livro tido como referência no estudo de energia renovável, Rosa acaba de ser admitido na Ordem Nacional do Mérito Científico no Brasil.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Brasil poderá ter combustível à base de óleo vegetal

18/03/10 - Proposta que permite a comercialização e o uso de óleo vegetal refinado como combustível para veículos e máquinas agrícolas e para veículos de transporte público urbano foi aprovada nesta quinta-feira (18) pela CI (Comissão de Serviços de Infraestrutura), em decisão terminativa.

A permissão engloba máquinas e equipamentos agrícolas, geradores de energia, veículos de transporte de pessoas e de mercadorias, utilizados em atividades agropecuárias e florestais. Também se estende ao transporte rodoviário, hidroviário e ferroviário de produtos e insumos agropecuários e florestais, bem como aos veículos de transporte público e coletivo urbano.

O projeto de lei (PLS 81/08), de autoria do senador Gilberto Goellner (DEM-MT), também autoriza as indústrias refinadoras a produzir o óleo vegetal refinado para uso como combustível e a comercializá-lo diretamente ao consumidor. Isso "a fim de evitar o "passeio" desse combustível; ou seja, que ele seja transportado para outros centros de distribuição, onde, inevitavelmente, terá seu preço majorado devido aos custos desse deslocamento e mais outras despesas operacionais", explicou o autor, na justificação ao projeto.

A matéria já foi aprovada pela CCT (Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática) e pela CRA (Comissão de Agricultura e Reforma Agrária), com algumas modificações técnicas feitas pelos respectivos relatores.

Segundo o autor do projeto, a utilização do óleo vegetal como combustível ajudará na redução dos custos da produção do setor agropecuário, além de viabilizar ainda um novo mercado para esses produtos. Goellner também citou, como vantagem do uso do óleo vegetal como combustível, a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, o aumento de empregos na área e a dinamização dos setores econômicos ligados à produção de insumos, máquinas e equipamentos agrícolas e de transporte em geral.

Vantagens

Favorável ao projeto, o relator, senador Eliseu Resende (DEM-MG), explicou que diversos trabalhos científicos têm atestado as vantagens da utilização de óleo vegetal como combustível, principalmente em relação ao óleo diesel e aos veículos movidos a gasolina e a álcool.

"A era do petróleo vai terminar antes do petróleo. As fontes renováveis de energia vão modificar profundamente as matrizes energéticas para que possamos ter uma configuração no setor energético mais adequada à preservação do meio ambiente no planeta para a sua manutenção", defendeu o relator.

Eliseu explicou ainda que a substituição do diesel por óleo vegetal refinado nos motores dos ônibus, microônibus e vans urbanos resultará em significativa melhoria das condições do ar, com reflexos extremamente positivos na saúde e na qualidade de vida da população.

A aprovação do projeto recebeu elogios de todos os senadores que participaram da reunião da CI nesta quinta-feira. Para Neuto de Conto (PMDB-SC), a aprovação desse projeto abre caminho para que os custos da produção no Brasil sejam mais compatíveis com a economia nacional. Jayme Campos (DEM-MT) observou que o custo dos óleos vegetais é bem menor para as regiões produtoras.

Já Marconi Perillo (PSDB-GO) ressaltou que somente quem conhece as dificuldades do produtor rural sabe como esse projeto será importante para a atividade agrícola no País.

Fonte:

Da Agência

Espuma de sapo transforma energia solar em biocombustíveis e alimentos

Cientistas inspiraram-se em uma rãzinha para criar uma espuma que capta energia, pode produzir biocombustíveis ou alimentos, e ainda remove o excesso de dióxido de carbono do ar.

Cientistas da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, inspiraram-se em um pequeno sapo existente nas Américas Central e Sul, para criar uma espuma que capta energia, pode produzir biocombustíveis ou alimentos, e ainda remove o excesso de dióxido de carbono do ar.

Fotossíntese artificial

A pesquisa é mais uma em uma lista cada vez maior do campo chamado fotossíntese artificial, na qual os cientistas estão tentando imitar a forma como as plantas captam a luz solar para produzir sua própria energia.

Na fotossíntese natural, as plantas absorvem a energia do Sol e o dióxido de carbono da atmosfera, e os convertem em oxigênio e em açúcares. O oxigênio é liberado para o ar e os açúcares são usados como fonte de energia que mantém a planta viva.

Os cientistas, por sua vez, estão encontrando formas de aproveitar a energia do sol e o carbono do ar para criar novas formas de biocombustíveis, que poderão alimentar nossos automóveis.

Espuma de sapo

O trabalho resultou na fabricação de um material fotossintético artificial que utiliza enzimas de plantas, bactérias e fungos, tudo acomodado no interior de um invólucro de espuma. Exposta à luz do Sol e ao carbono da atmosfera, a espuma gera açúcares.

A espuma é uma escolha natural: além de concentrar os reagentes, o material poroso permite uma boa penetração do ar e da luz solar.

O projeto da espuma baseou-se nos ninhos de uma pequena rãzinha tropical (Physalaemus pustulosus), que cria espumas para seus girinos que apresentam uma durabilidade incrivelmente longa. Uma proteína produzida pela rã, a Ranaspumina-2, foi utilizada como base da espuma artificial.

Melhor do que plantas e algas

"A vantagem do nosso sistema, em comparação com as plantas e as algas, é que toda a energia solar captada é convertida em açúcares livres, enquanto esses organismos precisam desviar uma grande quantidade de energia para outras funções, para manter sua vida e se reproduzir," diz o Dr. David Wendell, que coordenou a pesquisa, referindo-se à energia líquida disponível que pode ser aproveitada a partir das plantas já crescidas para sua posterior transformação em biocombustíveis.

"Nossa espuma também não precisa do solo, não afetando a produção de alimentos, e pode ser utilizada em ambientes com alta concentração de dióxido de carbono, como nas chaminés das centrais elétricas a carvão," diz ele, ressaltando que dióxido de carbono em excesso paralisa a fotossíntese natural.

Biocombustível ou alimento

O produto da "espuma fotossintética", os açúcares, pode ser utilizado como insumo para uma grande variedade de produtos, incluindo o etanol e outros biocombustíveis. Mas nada impede que o material seja utilizado também para produzir alimentos.

"Esta nova tecnologia cria uma forma econômica de utilizar a fisiologia dos sistemas vivos, criando uma nova geração de materiais funcionais que incorporam intrinsecamente processos de vida em sua estrutura", diz Dean Montemagno, coautor da pesquisa, acrescentando que o novo processo iguala ou supera outras técnicas de produção biossolar.

Larga escala

O próximo passo da equipe será tornar a tecnologia adequada para aplicações em grande escala, como a captura de carbono nas usinas a carvão.

"Isto envolve o desenvolvimento de uma estratégia para extrair a cobertura de lipídios das algas (usada para o biodiesel) e os conteúdos citoplasmáticos, e reutilizar essas proteínas na espuma", afirma Wendell. "Estamos também estudando outras moléculas de carbono mais curtas que podemos produzir alterando o coquetel de enzimas na espuma."

Fonte:

Bibliografia:

Artificial Photosynthesis in Ranaspumin-2 Based Foam
David Wendell, Jacob Todd, Dean Carlo Montemagno
Nano Letters
March 5, 2010
Vol.: Article ASAP
DOI: 10.1021/nl100550k

Mapa apoia cadeia produtiva do Biodiesel

A produção nacional de biodiesel quadriplicou nos últimos 3 anos, passou de 400 milhões em 2007 para 1,6 bilhão de litros em 2009

O desenvolvimento do biodiesel traz benefícios ao meio ambiente. Foto: Divulgação
O zoneamento de risco climático para as principais oleaginosas e o desenvolvimento de tecnologias para o cultivo dessas plantas são algumas das ações do Ministério da Agricultura para atender ao crescimento da demanda por biodiesel. A produção nacional do biocombustível quadriplicou nos últimos três anos, passando de 400 milhões de litros em 2007 para 1,6 bilhão em 2009, conforme a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para 2010, estão previstos 2,4 bilhões de litros.

Já estão concluídos zoneamentos de risco climático para sete oleaginosas: algodão, amendoim, canola, dendê, girassol, mamona e soja. Está programada, ainda, a divulgação do estudo sobre o gergelim. O zoneamento indica os melhores períodos e as regiões mais aptas para o plantio, prevenindo perdas por eventos climáticos. As instituições financeiras e o programa de subvenção ao seguro rural usam o estudo como base para concessão de crédito.

Outra importante ação do Ministério da Agricultura é o investimento em pesquisas de desenvolvimento de oleaginosas que permitirão o maior acúmulo de energia, resultando em maior eficiência, por área plantada. Nessa linha, já estão em andamento na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade Agroenergia, estudos com pinhão manso e outros tipos de palmáceas.

Desde o começo deste ano, vigora a mistura de 5% (B5), que antecipou a meta do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel em três anos. Além disso, o aumento na mistura representa impacto significativo no consumo de óleo de soja no País.

Os agricultores são os grandes beneficiados com a medida, produzindo mais, gerando demanda para volume significativo de óleo. Considerando que o farelo e sua proteína são bastante utilizados na produção de rações, a quantidade de óleo necessária para o biocombustível fortalece a cadeia produtiva do grão, equilibrando a produção de biocombustível e a de alimentos.

Fonte: Tendências e Mercado

quinta-feira, 18 de março de 2010

Alemanha sai na frente e criar sistema de certificação para biocombustível

Toda a cadeia de produção de biocombustível terá que ser certificadaPaís é o primeiro a criar sistema de certificação para empresas da cadeia de biocombustível. Para ambientalistas, regras ainda são tímidas.

A Alemanha largou na frente da União Europeia como primeiro país do bloco a aprovar um sistema de certificação para biomassa e bioenergia.

A partir de julho de 2010, as empresas envolvidas do ramo terão que provar que o sistema de produção causa o mínimo impacto possível no meio ambiente. Na Alemanha, a produção de bionergia é feita especialmente a partir dos óleos de canola, palma e soja.

As regras estão sendo elaboradas pelo International Sustentability and Carbon Certification, ISCC. O órgão recebeu autorização para atuar no começo de março e ditará as normas para quem pretenda obter o selo de produção sustentável.

As empresas que quiserem se candidatar ao programa de redução de impostos do governo alemão terão, obrigatoriamente, que ser certificadas. "Isso tem um impacto claro no lucro dessas empresas", disse à Deutsche Welle o representante da ISCC Jan Henke, sobre o programa de certificação.

Caminho para certificação

Segundo as diretrizes da União Europeia, os países do bloco precisam garantir que a produção de biomassa não acarrete a degradação ambiental em outras nações. Em países como Paraguai e Malásia, por exemplo, grandes áreas de floresta tropical foram transformadas em plantações de palma, para a extração de óleo.

Outra exigência do bloco é que a produção de biocombustível reduza as emissões de gases do efeito estufa em até 35%, em comparação com o combustível fóssil.

"Com a aprovação do ISCC, somos o primeiro país a ter capacidade de seguir as regras sustentáveis de produção de biomassa", defende Julia Klöckner, do ministério alemão da Agricultura.

Efeito reverso

O sistema de certificação foi bem aceito pelas associações ambientalistas na Alemanha – como WWF e Nabu (Federação de Proteção Ambiental da Alemanha) – mas com ressalvas.

"Nós achamos que os critérios mínimos estipulados pela União Europeia são relativamente fracos", disse Dietmar Geliger, da Nabu. Para o ambientalista, não é preciso muito esforço para aderir ao percentual de 35% de redução de emissão.

Grit Ludwig, pesquisadora do Centro Helmholtz para Pesquisa Ambiental (UFZ), em Leipizig, acredita que as diretrizes da UE ainda são pouco para preservar ambientes naturais. "Elas não oferecem diretivas para quando a terra que produzirá biomassa já foi usada anteriormente para outros fins."

A preocupação dos ambientalistas é que a indústria de biomassa possa deslocar a produção de alimentos para áreas ecologicamente ricas – e assim causar danos ao meio ambiente e aumento das emissões que deveriam ser minimizadas pelos biocombustíveis.

Controle efetivo

Como a Alemanha não tem capacidade para produzir biomassa para suprir toda a demanda interna, o país precisa recorrer à importação – principalmente a nações em desenvolvimento. Este é um desafio considerável, já que todas as fornecedoras, inclusive as estrangeiras, precisarão do selo de certificação.

O próprio Jan Henke, do ISCC, ressalta as dificuldades: as agências particulares encarregadas de emitir geralmente não operam nos locais de produção e seus controles são esporádicos. "É questionável, por exemplo, se o avaliador conseguirá visitar fazendas extensas de países em desenvolvimento em poucos dias e checar se todos os critérios estão sendo seguidos."

Na Alemanha, cerca de 2 mil empresas estão na fila para conseguir a certificação e provar que são sustentáveis. Segundo Henke, será um desafio completar todo o processo até julho próximo, mas muitas companhias estão preparadas.

Autoras: Sabina Casagrande / Nádia Pontes
Revisão: Augusto Valente

Fonte:

Petrobras Biocombustível registrou um prejuízo de R$ 92 milhões em seu primeiro ano de operação

SÃO PAULO - A Petrobras Biocombustível S.A. registrou um prejuízo líquido de R$ 92 milhões em 2009, seu primeiro ano de operação. Criada para concentrar as operações com etanol, biodiesel e outros combustíveis renováveis da Petrobras e com investimentos previstos de US$ 2,5 bilhões até 2013, apenas a produção de biodiesel está em operação.

Segundo dados financeiros da empresa, o prejuízo foi provocado pelo fato das usinas de biodiesel terem entrado em operação plena apenas no segundo trimestre. Também é ressaltado no documento os custos advindos dos gastos adicionais de matéria-prima pelas usinas de biodiesel localizadas na região do semiárido brasileiro. A Petrobras Biocombustível possui hoje três usinas produtoras de biodiesel, em Candeias (BA), Quixadá (CE) e Montes Claros (MG) que totalizam uma capacidade de produção anual de 326 milhões de litros.

Em 2009, a Petrobras Biocombustível comercializou 11,46 milhões de litros de biodiesel, 852 mil litros de óleo e 11,12 milhões de litros de outros produtos, o que gerou um receita operacional líquida de R$ 231 milhões. Porém, o custo dos produtos vendidos foi de R$ 235,8 milhões, o que gerou um prejuízo bruto no período de R$ 5 milhões. O Ebitda da empresa foi negativo em R$ 94 milhões, com uma margem bruta de -2% e uma margem operacional de -40%.

A expectativa é de que em 2010 a empresa consiga melhores resultados com biodiesel em razão de ganhos de escala e com o aumento de produção. No caso do etanol, a empresa prevê a ampliação de sua participação neste mercado. Com 80% dos investimentos previstos até 2013 focados em etanol, até o momento a empresa tem apenas uma participação de 40,4% da Total Agroindústria Canavieira, em Bambuí (MG), com capacidade instalada de 100 milhões de litros de hidratado por ano. A capacidade pode ser elevada para 203 milhões de litros por ano, gerando um excedente de energia elétrica de 38,5 MW a partir de bagaço de cana.

Fonte:

Petrobrás pesquisa biodiesel para navios

Biocombustível pode reduzir emissão de poluentes e melhorar a qualidade do ar nas proximidades de portos brasileiros

A Petrobrás vai pesquisar a adição de biodiesel ao combustível usado por navios, conhecido no mercado pelo nome de bunker de navegação. O objetivo é tentar reduzir as emissões de gases poluentes do produto, que deve ter grande crescimento de consumo no Brasil nos próximos anos.
A pesquisa é um dos focos do laboratório Bunker 1, fruto de parceria da Petrobrás com a Coppe/UFRJ, que será inaugurado hoje. Com investimento inicial de R$ 6,7 milhões, o laboratório vai buscar novas tecnologias para a produção de bunker, com foco na eficiência de queima do combustível e nas emissões de gases poluentes.

Uma segunda etapa, orçada em R$ 5,9 milhões, já foi aprovada, com a compra de um segundo motor para testes de combustível. O primeiro, um motor alemão da MAN, com potência de 500 quilowatts (kW), já está na Coppe para a primeira fase do laboratório Bunker.

O bunker é um óleo combustível pesado, usado apenas em motores de baixa rotação. Segundo o coordenador do Laboratório de Máquinas Térmicas da Coppe, Albino Leiroz, apresenta dificuldades de queima e altas emissões, problemas que o laboratório espera reduzir. Ele diz que o objetivo é aumentar a eficiência do bunker produzido pelas refinarias brasileiras.

"Temos um grupo temático de estudos sobre combustíveis, com projetos na área de automóveis e motocicletas, por exemplo, mas percebemos que não havia conhecimento na área de bunker no Brasil", completa o pesquisador do Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes), Tadeu Cordeiro. "O Brasil é líder mundial em biocombustíveis e esse laboratório vai permitir a pesquisa de adição de biocombustíveis ao óleo combustível", completa.

O uso de biocombustíveis, diz, pode ser uma maneira de reduzir as emissões de fuligem na queima do bunker, melhorando a qualidade do ar no entorno dos portos brasileiros. A Petrobrás espera grande crescimento no consumo do produto, diante das encomendas de novos navios para o transporte de petróleo no País. "A frota de petroleiros está crescendo bastante, com as encomendas da Transpetro", diz Cordeiro.

Segundo Leiroz, da Coppe, o laboratório deve iniciar os testes em cinco meses. Antes disso, os pesquisadores vão trabalhar na preparação dos testes. "Trata-se de uma operação complicada, que envolve estocagem de combustíveis, operação de bombas e válvulas", comenta o professor.

Pesquisa. O investimento tem sido bancado com recursos da participação especial cobrada dos grandes campos produtores de petróleo. Segundo a lei, 1% dessa arrecadação deve ser destinada a pesquisa e desenvolvimento, medida que tem possibilitado a abertura de inúmeros laboratórios de pesquisa pelo País ? e iniciativas como a criação do Parque Tecnológico da UFRJ, que vai desenvolver pesquisas sobre o pré-sal.

Petrobrás e Coppe já assinaram um primeiro convênio para a operação do laboratório de bunker, ao custo de R$ 1,9 milhão e prazo de dois anos. O laboratório contará com dois professores, três engenheiros, seis técnicos e entre seis e dez alunos de pós-graduação do instituto, hoje reconhecido como um dos principais parceiros da Petrobrás no desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria petrolífera.

Fonte:

segunda-feira, 15 de março de 2010

IBAMA cria uma “nota verde” para os carros

A Nota Verde, criada pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, varia numa escala de 0 a 10. Quanto maior a nota de um carro, menor o seu índice de emissão de CO, hidrocarbonetos e NOx. Os dados disponíveis referem-se a modelos produzidos em 2008 e estão de fora os carros a álcool. O site Lista10 publicou o Top 10:

  1. Ford Focus – 9,4 pontos
  2. Honda New Fit EX – 9,2
  3. Nissan Tiida – 9,2
  4. Honda New Fit LXL – 9,1
  5. Ford Edge – 9,1
  6. Honda New Fit LX – 9,1
  7. Chrysler PT Cruiser – 9
  8. Fiat Uno – 9
  9. Fiat Uno Way – 8,9
  10. Honda Civic LXS – 8,8

Abastecer com gasolina ou álcool?

Para usuário de carro flex, abastecer com álcool só tem vantagem se o preço corresponder a no máximo 70% do valor da gasolina. Isso porque o álcool faz com que o carro tenha um rendimento, em média, 30% menor. Para saber se é vantajoso abastecer, o motorista deve dividir o preço do álcool pela gasolina e o resultado não pode ultrapassar 0,7.

Fonte:

sexta-feira, 5 de março de 2010

RS dá incentivo tributário ao Biodiesel

A governadora Yeda Crusius assinou ontem decreto ampliando o diferimento do pagamento do ICMS na saída de máquinas e equipamentos industriais, peças e componentes de unidades produtoras de biodiesel, álcool neutro e álcool combustível no Estado. Conforme o governo, a medida regulamenta lei anterior e permite que indústrias do setor, que se encontram em fase de instalação, organizem seus investimentos, chegando ao mercado de forma mais competitiva.

Fonte: Zero Hora

Sem o Selo Combustivel Social, ações da Brasil Ecodiesel caem 7%

SÃO PAULO - As ações da Brasil Ecodiesel caem com força no pregão desta sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Por volta das 13h10, o papel apresentava queda de 6,79%, a R$ 1,20, com mais de R$ 140 milhões negociados. Para efeito de comparação apenas três papéis de toda a bolsa movimentavam mais dinheiro.

A queda está relacionada com a perda Selo Combustível Social por quatro usinas da companhia. Sem a tal certificação, essas unidades não podem vender biodiesel por meio dos leilões com selo organizados pela ANP. As operações com o selo representam 80% do volume total leiloado pela agência.

"A companhia não concorda com a decisão tomada e está tomando as medidas judiciais necessárias para proteger os interesses da empresa e de seus acionistas", disse a companhia por meio de Fato Relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A perda do selo é resultado de processo administrativo envolvendo a companhia com relação ao cumprimento das normas em 2007. A decisão sobre a suspensão foi publicada hoje no Diário Oficial da União pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

As unidades afetadas foram Iraquara, Itaqui, Crateús e Floriano, sendo que as duas últimas já estão desativadas, segundo a companhia.

O Selo Combustível Social é um conjunto de medidas específicas que visa estimular a inclusão social da agricultura.

De acordo com as normas do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o selo será concedido aos produtores de biodiesel que compram matéria-prima da agricultura familiar em percentual pré-determinado, que façam contratos negociados com os agricultores familiares e assegurem assistência e capacitação técnica aos agricultores familiares.

A contrapartida às empresas são alíquotas diferenciadas de PIS/Pasep e Cofins e melhores condições de financiamentos junto aos agentes financeiros.

Eduardo Campos

Fonte:

quarta-feira, 3 de março de 2010

Biodiesel gera economia de US$ 1,3 bilhão com importação de diesel

RIO - O superintendente de abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Dirceu Amorelli, revelou que a mistura de 4% de biodiesel no óleo diesel comercializado no país significou uma economia de US$ 1,3 bilhão em divisas que seriam gastas na importação do derivado de petróleo.

No ano passado, o consumo de biodiesel apresentou a maior alta entre os combustíveis regulados pela ANP. Em 2009 foram consumidos 1,565 bilhão de litros do produto, 39,1% acima dos 1,125 bilhão de litros registrados em 2008.

Em contrapartida, o consumo de óleo diesel caiu 1%, passando de 44,764 bilhões de litros em 2008 para 44,298 bilhões de litros no ano passado.

Outros combustíveis que apresentaram queda no consumo no ano passado foram o GLP e o óleo combustível. O primeiro passou de 12,259 bilhões de litros em 2008 para 12,113 bilhões de litros no ano passado, um recuo de 1,2%. As vendas de óleo combustível retrocederam 3,2%, passando de 5,172 bilhões de litros para 5,004 bilhões de litros.

Estimulado pelo crescimento do setor de aviação, o consumo de querosene de aviação (QAV) cresceu 3,8%, passando de 5,227 bilhões de litros em 2008 para 5,428 bilhões de litros. Já a gasolina de aviação subiu 2,4%, de 61 milhões de litros para 62 milhões de litros.

Rafael Rosas

Fonte:

Leilão de biodiesel

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou ontem que o 17º leilão de biodiesel foi encerrado ontem (02/03) com a venda de 565 milhões de litros. Participaram da concorrência 43 unidades produtoras. Os preços médios ponderados praticados no leilão tiveram 2,74% de deságio, fechando em R$ 2,2369 por litro, contra preço de referência de R$ 2,3 por litro. No 16o leilão, em novembro, o deságio havia ficado em 1 por cento, com preço de venda de 2,33 reais o litro.

Das 33 empresas vencedoras, a Granol foi a que ofereceu o maior volume de biodiesel, 70 milhões de litros, sendo 40 milhões de litros da unidade produtora de Anapólis (GO).

O leilão teve a participação de produtores de 14 Estados brasileiros, sendo que a região Centro-Oeste foi a que teve o maior volume arrematado no leilão, cerca de 273,7 milhões de litros de biodiesel.

A região Sudeste ficou em segundo lugar, com 96,5 milhões de litros, seguida das regiões Sul (95,9 milhões de litros), nordeste (75,0 milhões de litros) e norte (23,8 milhões de litros).

O volume comercializado destina-se a atender resolução que estabelece em 5 por cento o percentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final (B5), a partir de janeiro deste ano.

O primeiro lote, de 452 milhões de litros, foi ofertado aos produtores de biodiesel autorizados pela ANP e detentores do selo "Combustível Social". Já o segundo lote, de 113 milhões de litros, foi ofertado aos produtores que não detêm o selo. O volume comercializado no leilão destina-se a atender a obrigatoriedade de mistura de 5% de biodiesel no óleo diesel vendido ao consumidor final. O período de entrega do produto à Petrobras e e à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) será de abril a junho de 2010.

Fontes: